Arquivo mensais:outubro 2011

31
out

Teoria da Conspiração

Em um mundo totalmente globalizado onde tudo e todos são informantes / informados, onde todos noticiam e podem ser noticiados, teorias da conspiração é que não faltam. A última veio do portal R7, ao citar o blog Brasil que Vai, que reproduziu documentos do site Wikileaks, dizendo que o jornalista William Waack, apresentador do Jornal da
Globo, seria informante do Governo dos Estados Unidos.

A Central Globo de Comunicação (CGCom) rapidamente se manifestou e alegou que esta informação é falsa. “A notícia é um completo absurdo”, disse a CGCom, em nota enviada ao Comunique-se. A emissora confirmou que o nome do jornalista é citado por três
vezes em documentos do governo norte-americano, mas disse que isso não faz de
Waack um informante. Além do nome do apresentador, são citados o diretor de
redação da revista Época, Helio Gurovitz, e os jornais Valor Econômico e O Globo, a respeito de reportagens sobre as eleições presidenciais de 2010.

De acordo com a emissora, Waack apenas participou de eventos promovidos pelo consulado norte-americano, ao lado de políticos e instituições brasileiras, como faria qualquer jornalista que cobrisse a editoria internacional, mas ressalta que os eventos não eram
sigilosos e que fazem parte da profissão. Muito pano para manga de quem adora uma boa teoria da conspiração.

Thalita Guimarães

28
out

Pátria Amada

Recebi esse email de um amigo e achei muito importante compartilhar. Fala sobre o que uma escritora holandesa falou do Brasil e, como boa patriota que sou, concordo em gênero, número e grau.

O que uma escritora Holandesa falou do Brasil!

Leia com atenção.

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.

Só existe uma companhia telefônica e pasmem: se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo – ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal – e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de ‘Como conquistar o Cliente’.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa. Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc… Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

9.Telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

É! O Brasil é um país abençoado de fato.

Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.

Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.

Bendita seja, querida pátria chamada

Brasil!

Fabíola Cottet

26
out

Dia do Desapego

Ganhei neste ano um presente sensacional de uma grande amiga, que de tão chegada chamo de Hermana. Há alguns anos ela decidiu trocar uma promissora carreira de jornalista (só para vocês terem uma ideia, ela era a mais jovem diretora da TV Globo no Brasil) por estudos em um centro de meditação na Índia.

Neste semestre ela veio aqui para Curitiba me visitar. Papos maravilhosos, descobertas, lembranças.

Minha querida Hermana trouxe as roupas numa pequena mala, do tipo que não precisamos despachar no avião. Lá pelo terceiro dia da visita, numa dessas conversas bacanérrimas, descubro: TODAS as roupas que ela tem hoje estão naquela mala. Como assim?!?! Nos centros de meditação que frequenta, existe uma roupa especial e igual para todo mundo. Como viaja muito, acha melhor não ter coisas demais. Além disso, aprendeu nestes anos que o que vale é o que somos e não o que temos. Aprendeu também a desenvolver uma virtude, o tal do desapego às coisas materiais.

Não que ela tinha dito isso, mas foi o que eu aprendi e assimilei. E este foi um aprendizado que valeu como um presente sensacional.

Dias desses, pensando na pequena mala, fiz uma limpeza como nunca tinha feito em meu armário. Não daquelas de final de ano, só para constar nas boas ações natalinas, mas uma geral mesmo, de deixar um monte de cabide sobrando. Fazia tempo que não me sentia tão leve e em paz. Que delícia foi meu Dia do Desapego! Que prazer, depois, ver a felicidade das pessoas que receberam as roupas como doação.

Se der na telha, tente fazer o seu Dia do Desapego também. Para mim, valeu a pena demais!

Karin Villatore

21
out

Ainda não é o fim do jornal impresso

Apesar de muitos optarem pela internet no momento de buscar informações sobre as notícias diárias, os jornais continuam a ser o principal canal de comunicação. Foi o que apontou uma pesquisa da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias. O estudo mostrou que o veículo impresso alcança 20% mais pessoas que a internet em todo o mundo.

É fato que os jornais diários registraram quedas de circulação nos últimos anos, como comprovou a pesquisa – desde 2009 os impressos perderam cerca de 2% do mercado. Porém, mesmo com esse índice, os jornais são lidos por 2,3 bilhões de pessoas, sendo que a internet alcançou a marca de 1,9 bilhão de leitores.

A pesquisa foi realizada em 69 países, que correspondem a 90% do mercado mundial de jornais. O estudo apontou que os padrões de consumo de mídia variam muito no mundo. Os dados mostraram ainda que, enquanto a circulação de impressos aumentou na Ásia (7%) e na América Latina (2%), os índices diminuíram na Europa (2,5%) e nos Estados Unidos (11%). A principal queda foi registrada em diários gratuitos, que passaram de 34 milhões, em 2008, para 24 milhões, em 2010.

A Islândia é o país onde os jornais têm maior alcance, de acordo com o estudo, chegando a 96% da população. Em seguida aparecem o Japão, com 92%; Noruega, Suécia e Suiça, com 82%; Finlândia e Hong Kong, com 80%. Em uma média global, os jornais atraem 8% do tempo dedicado pelas pessoas ao meios de comunicação em geral mas, mesmo assim, comportam 20% de toda a receita obtida pelas mídias de informação.

Isso reflete o comportamento do leitor que continua fiel à mídia imprensa. Acho que ainda podemos ter esperança para o futuro dos jornais, diferentemente da expectativa de muitos, que dizem que o veículo irá acabar com o advento das novas tecnologias.

Luanda Fernandes

17
out

Criando asas

No último dia 29 de agosto meu filho embarcou para uma temporada de um semestre no Canadá. Cinco meses, na verdade – nestas ocasiões um mês a menos faz toda a diferença.
Demorei para citar o assunto aqui no blog porque o moçoilo é filho único e somos grudados que nem chiclete.

Da experiência de uma mãe que assiste (a) – neste caso, verbo transitivo direto e indireto ao mesmo tempo – um filho criar asas no alto de seus 16 anos, o mais relevante que tenho a relatar é que nunca aprendi tanto sobre a função de mãe em tão pouco tempo. Por meio de papos no admirável mundo do Skype, vejo claramente um rapazinho virar gente grande.

Adulto de cuca legal, num clima do livro do Menino Maluquinho. E eu, expectadora da melhor obra da minha vida, babo na tela de orgulho dos feitos do meu guri-adulto.
Não porque ele está namorando e foi premiado por ter sido o melhor jogador de futebol americano da escola. Não por eu receber dezenas de emails elogiosos da “mãe” que o está hospedadndo. Mas porque ele absorve tudo que está acontecendo de um jeito tão especial e cresce a cada dia.

Hoje vejo meu filhote como na foto anexa (ele é o que mais gargalha na foto, de camiseta preta, à direita). Um Power Ranger que ele idolatrou quando era criança pequena e que o diverte agora, nos seus dias de amadurecimento. Tigre dente de sabre pra você também!

Karin Villatore

14
out

A união faz a força

Hoje resolvi escrever sobre o meu casamento. Não sei se é porque faltam exatamente 29 dias para a festança ou se porque, esta noite, fiquei pensando que esse evento (um dos mais importantes da minha vida e de meu noivo) não seria possível sem a união de todos.

Digo isso porque todo mundo se uniu para tornar este dia possível. E, cada vez mais, eu percebo que a união faz a força. É permuta sendo feita, chefe que vai pegar o vestido, amiga que vai levar a grinalda, mãe que faz os doces, irmã que chora no skype quando vê a prova do cabelo, sogra que mesmo longe ajuda sempre, amigas que entendem a correria, amigas que não querem saber nenhum detalhe, amigas que querem participar de todos os detalhes, amiga que faz os bonequinhos do bolo, amiga designer, prima fotógrafa, prima cerimonial, primo DJ, primo maquiador, madrinhas e padrinhos empenhados, família que ajuda, amigos que ajudam, todo mundo com um único objetivo: tornar o casamento de Thalita e Luiz Fernando uma ótima celebração para todos.

Por isso, agradeço todo mundo pelo empenho. Nada disso seria possível sem a ajuda de todos. E isso me deixa muito feliz. Como é bom poder saber que podemos contar com este mundaréu de gente que se empenha ao máximo e faz parte do nosso dia-a-dia. Como é bom saber que não estamos sozinhos. Como é bom saber que poderemos sempre contar com vocês.

Para todos, muito obrigada de coração. Até o dia 14 de novembro!

Thalita Guimarães

 

10
out

Que país é esse?

Tamanho foi o meu espanto nas últimas semanas com notícias do tipo “Secretária de Políticas para Mulheres quer tirar comercial de Gisele Bündchen do ar”, “Band pune Rafinha Bastos por piada que fez com Wanessa Camargo” e também alguns rumores de que a mesma secretária, a Ministra Irany Lopes, teria se pronunciado a respeito de cenas constrangedoras em novelas e em um quadro do Programa Zorra Total.

No caso da Gisele, a propaganda rebaixava a mulher brasileira, segundo a Ministra, pois dizia para elas usarem seu charme para alcançar seus objetivos. No caso da modelo, usando lingerie no comercial. Aí eu me pergunto se esse pessoal que quer censurar a propaganda já assistiu ao Pânico na TV e às novelas das emissoras abertas. Deixo bem claro que não tenho nada contra o comercial e nem nenhum destes quadros. Só acho que quem não gosta pode mudar de canal, não é mesmo?

Já o Rafinha Bastos, do programa CQC da Band, fez uma piada de mau gosto com a Wanessa Camargo e com seu filho. Tá, a piada não foi das melhores, mas ele, além de ser jornalista, considera-se comediante, humorista e faz shows de comédia stand up pelo país inteiro. Se a piada foi boa ou não, cabe ao público julgar. Agora, a Band retirar ele do programa por influências externas (o marido da Wanessa é sócio da empresa do Ronaldo e mais um monte de blá, blá, blá que resultam em interesses comerciais) é censura e isso é algo que, desde o início, o programa foi contra. Quer dizer que formador de opinião falar mal de lixeiro em jornal nacional da emissora é permitido, humorista fazer piada, não é. Me pergunto, novamente, qual é a lógica dessa atitude. Os lixeiros não são expressivos o suficiente (não representam uma classe que pode vir a prejudicar financeiramente a Band)?

Volto a fazer a pergunta do início, que país é esse? Volto a dizer, nada contra as opiniões de seja lá quem for, posso não concordar com elas, mas creio que todos têm o direito de dizê-las.

Fabíola Cottet

7
out

Uma mente brilhante que se foi cedo, mas que deixou muito

Nesta quarta-feira recebemos a notícia de que uma das mentes mais brilhantes da contemporaneidade faleceu e deixou um legado de inovações que revolucionou a era tecnológica. Steve Jobs (56) não foi simplesmente o fundador de uma das empresas mais reconhecidas no mundo, foi também um homem que tinha visão no futuro e foi considerado por muitos como um gênio criativo e inspirador. E, apesar de toda a sua trajetória de sucesso, Jobs não resistiu ao câncer, já que a doença foi implacável.

Porém, a vida de Jobs pode ser considerada um exemplo para muitos, não somente no mundo dos negócios pela ideias e estratégias geniais, mas também pela maneira como era fora da empresa. Pelo talento e o modo como pensava ele conseguiu ser admirado mundialmente.

Um pouco da história –

Jobs conseguiu reinventar a tecnologia quando criou o computador pessoal em 1970 e, em seguida, o Macintosh, na década de 1980. Mas, apesar de tudo que já havia feito, ele ficou afastado da Apple depois de uma disputa sobre o direcionamento estratégico da empresa, em 1985.  Retornou uma década depois e, por isso, foi considerado fundador da Apple por duas vezes. Ele voltou como consultor da companhia que tinha ajudado a fundar, mas não demorou muito e ele já estava à frente da empresa, revolucionando novamente. Pois em 2001 lançou o iPod, que foi sucesso mundial, em 2007 o iPhone e em 2010 o tão esperado iPad, que levou filas de consumidores às lojas para a espera do lançamento.

Então, como não respeitar uma trajetória de superação como a de Jobs, que mesmo enfrentando o câncer por anos, tentava continuar à frente da companhia que amava. Acredito que uma das grandes decepções e sofrimento dele foi ter que deixar em definitivo o comando da empresa, por conta da doença. Esse foi o sinal de que ele estava perdendo a luta.

Para aqueles que admiram e querem conhecer um pouco mais da história de Steve Jobs, sua biografia será lançada em 24 de outubro no Brasil.

Luanda Fernandes

4
out

Talk Comunicação recebe homenagem da Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas

No dia 28 de setembro a jornalista Karin Villatore, diretora da Talk Assessoria de Comunicação, recebeu uma homenagem da Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas, na Câmara Municipal de Curitiba, às 20h. A solenidade foi realizada em comemoração aos 25 anos da Associação e a homenagem foi um reconhecimento da entidade a algumas pessoas e empresas parceiras que auxiliam no trabalho realizado pela Associação.

Na ocasião, a diretora da Talk Assessoria de Comunicação fez um discurso que reflete bem o prazer do trabalho voluntário:

“No último dia 28 de agosto comemoramos o dia nacional do voluntariado.  Esta data foi instituída em 1985 pelo governo federal pela lei 7.352. Mas, afinal, o que é o voluntariado? Gostei de uma definição que encontrei em um trabalho acadêmico e que dizia: ‘é uma ação que tem como função ser mediadora na condução das questões sociais, ancorada no princípio da solidariedade e que, por esta razão, tem a capacidade de gerar transformações na busca da justiça como resgate da dignidade do ser humano.

Nós, brasileiros, somos, por natureza, solidários. A procura por essa geração de transformações sociais faz parte da nossa cultura. Pesquisas mostram que 1 em cada 5 adultos é voluntário em nosso país e que cada problema social que enfrentamos é uma oportunidade de ação cidadã. Uso o termo oportunidade porque o trabalho voluntário não é uma atividade fria e impessoal. É uma rica oportunidade de se fazer amigos, de viver novas experiências, de conhecer outras realidades. Nesta via de mão dupla, o voluntário doa sua energia e criatividade, mas ganha em troca contato humano, aprende coisas novas, tem uma enorme satisfação por se sentir socialmente útil. Além de um ato humanitário, ajudar o próximo é um ato de autoajuda.

Infelizmente, problemas sociais não faltam em nosso país.  Problemas como o do hospital de clínicas do paraná, que tem um orçamento anual de cerca de 100 milhões de reais e um déficit de, aproximadamente, 1 milhão por mês. Nós, voluntários da associação dos amigos do hospital de clínicas, homenageados hoje, somos igualmente uma pequena parte do grupo de centenas de pessoas que ajudam o hospital. Pessoas que lembram, por meio do voluntariado, que o que é público é nosso.  Quando nos identificamos com a nossa família, cuidamos do bem-estar dela, quando nos identificamos com nossa empresa, cuidamos do sucesso dela, quando nos identificamos com nossa comunidade e com o planeta, nos tornamos administradores sociais e ambientais. Sentimos como se fossem nossos os sucessos e os fracassos daqueles com quem nos preocupamos. Por que, então, não cuidarmos de nossos hospitais, nossas praças, nossas creches e demais espaços públicos, para que eles efetivamente se tornem parte do que somos?

Em nome de todas as pessoas homenageadas de nosso grupo, desejo que, nesta nova era, em que se faz urgentemente necessária a presença ativa da sociedade civil na discussão das soluções para as prioridades sociais, o voluntariado crítico, movido pela solidariedade, tenha um papel cada vez maior na construção de uma sociedade comprometida com o bem-estar de seus membros e de um estado com a participação efetiva dos cidadãos nas decisões de interesse coletivo.  Desejo, também, que muitos outros mais venham participar desta trajetória voluntária, pois as necessidades são enormes. A decisão ética, cidadã e humanitária de participação tem impacto decisivo na vida de outros. Estamos, todos nós, construindo um legado. Desejo que consigamos abrir os nossos corações e a nossa consciência para absorvermos esse aprendizado.

Por fim, agradecemos à câmara de vereadores de curitiba, em especial à vereadora julieta reis, por este momento tão representativo em nossas vidas. Em especial, tomo a liberdade de fazer um agradecimento pessoal à amiga maria elisa ferraz paciornick, diretora da associação dos amigos do hospital de clínicas, uma das mais admiráveis pessoas com quem convivo e que o trabalho voluntário me oportunizou conhecer.  Maria elisa, mais do que ninguém que conheço, consegue incorporar a definição que citei no início deste discurso sobre o que é voluntariado, e tem, efetivamente, a capacidade de gerar transformações na busca da justiça como resgate da dignidade do ser humano”.

Karin Villatore