Arquivo mensais:junho 2013

25
jun

Para descontrair

Muito tem se falado sobre a onda de protestos que acontecem no Brasil. Eu mesma acabo fazendo com que este tema seja a pauta das minhas discussões. Críticas para com a imprensa só crescem e fico me perguntando onde foi parar a espontaneidade dos jornalistas.

Eis que me deparo com um dos repórteres mais autênticos que conheço. Não tem nada a ver com os protestos, com discussões sérias ou com temas que irão ajudar a mudar a realidade do Brasil, que tanto precisa de mudanças.

É apenas para descontrair em meio a tanta turbulência,ok?

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Thalita Guimarães

20
jun

Para não dizer que não falei de flores

protesto Seria impossível, como jornalista, fazer um texto para o blog sem falar dos protestos nas ruas brasileiras – por isso o nome do post. De tudo que já li sobre os acontecimentos dos últimos dias – e olha que é bastante coisa, mal dá para se manter atualizado no Facebook – fico analisando cada notícia nova e na minha cabeça passa um trailer como o de um filme em tempo real. Depois de tantos anos o povo resolveu ir para a rua novamente reivindicar seus direitos e mostrar para os governantes que nós não estamos alheios ao que acontece no poder.

Isso foi como um sopro de liberdade, que estava adormecido, como aquele sentimento que há tempos estava guardado e que num impulso emergiu se mostrando mais forte do que nunca. E quando você se depara está junto da multidão, gritando um coro uníssono que só aquele bando de gente desconhecida consegue entender. Difícil de explicar, mas foi isso que eu vi e senti na segunda-feira, quando uma multidão de pessoas atravessava a Praça Rui Barbosa, com suas bandeiras, apitos, megafones e cartazes nas mãos. E naquele momento eu pude ver o filme passar diante dos meus olhos, foi bonito de presenciar.

A maioria eram jovens que mostravam o rosto e gritavam por mudanças, exigindo respeito e dignidade para a população, o mínimo que poderia se exigir de um governo democrático. Diante desta cena, os coletivos deram espaços para as pessoas e uma revoada de pombinhas brancas cruzou o céu da praça, simbolizando a esperança daqueles jovens que estavam ali querendo ser ouvidos.

Luanda Fernandes

18
jun

Rebeldes com causa

Postei o texto abaixo aqui neste blog no dia 09 de março de 2012, ou seja, há mais de um ano. E hoje ele se mostra mais atual do que nunca.
Beijos,
Karin

Rebeldes com causa
Desde os tempos da faculdade sinto uma espécie de inveja branca daqueles que enfrentaram a Ditadura Militar no Brasil. Fiz minha monografia de graduação sobre este tema, cheguei a estudar 1,5 ano do curso de História buscando informações, li tudo que apareceu na frente sobre esta época, conheci algumas pessoas que fizeram parte dos movimentos contra o governo militar. Hoje entendo que, no fundo, queria saber o motivo de a minha geração ser, se comparada com a turma dos anos rebeldes, tão apagada, tão politicamente desinteressada. Queria encontrar a minha causa.

Pelo que acompanho, os ex-guerrilheiros que não continuam atuantes na política são hoje mais do que engajados em questões ambientais ou do terceiro setor. Parecem ser pessoas que não conseguem acordar sem uma meta bem definida, sem ter pelo que lutar. Acho digno. Mas, e a minha geração sem causa?

Passados quase 27 anos do final do regime militar, começo a ver um fio de luz no fim do túnel. Tarifa de ônibus aumenta em Porto Alegre ou em Vitória e estudantes fazem barricada nas ruas. Economistas fazem previsão de que 2012 vai ser o ano das greves no Brasil. Políticos perdem cargo porque são flagrados em variados tipos de cambalachos. Mobilizações de todos os tipos pipocam de tudo que é lado. Há quem critique e alegue que isso é um atraso de vida. Algumas ações até podem ser.

Mas não podemos esquecer de que estamos começando a expressar nosso reconhecimento à nossa jovem democracia de 27 anos, começando a perceber que temos um certo poder, que até podemos deixar apreensivo um governante na hora de ele tomar uma decisão que impacte diretamente na população. E aí, vai que a causa dessa minha geração é a da nova democracia de fato, sem governo de farda, mas com um sentido igualmente amplo de coletividade. E vai que daqui a pouco eu vou pra rua num estilo europeu de protestar sem medo, com discurso bom e meu filho do lado compartilhando dessas minhas idéias. Vai que.
Beijos,
Karin Villatore

13
jun

Como reter talentos

gestão de pessoas Na área de Gestão de Pessoas, antes chamada de RH, uma das discussões eternas é sobre como reter talentos. De técnicas motivacionais ao uso do eufemismo de colaborador para definir o funcionário, os consultores se esmeram em entender os motivos que levam uma pessoa – principalmente agora, com essa divisão das gerações por letras que determinam perfis – a não abandonar um emprego por causa de um aumento de 5% no salário.

Sempre que leio ou escuto algo sobre o tema, lembro-me de uma palestra a que assisti anos atrás. A história relatada pelo palestrante, um executivo mais do que experiente no setor de Recursos Humanos, era algo mais ou menos assim.

Era uma visita dele a uma fábrica cujo dono, além da maioria dos funcionários, fazia parte de uma determinada igreja. A certa altura da visita, o diretor avisou que teria que fazer um intervalo. Pediu para o executivo esperar num cantinho da indústria e anunciou para todos: “Pessoal, parem as máquinas, por favor. Vamos todos dar as mãos e rezar para nosso colega fulano de tal, que trabalha aqui com a gente e que, neste momento, está começando uma cirurgia para a retirada de um tumor”. Todos atenderam prontamente o pedido e rezaram juntos, voltando ao trabalho na sequência.

O executivo que contou essa história na palestra disse que nunca antes havia visto uma empresa tão unida como aquela. E a conclusão é sua, leitor deste post.

Beijos,

Karin Villatore

10
jun

EU QUERO TER UM MILHÃO DE AMIGOS E BEM MAIS FORTE PODER CANTAR!

happy_tree_friends
Quando eu era criança, como todas as outras, meu maior terror era perder minha mãe. Só que meu medo era exagerado, eu sabia disso ao me comparar a outras crianças. Aliás, elas deixavam isso bem claro.
Talvez o motivo desse exagero fosse aquela vez, quando eu tinha três anos e estava sendo muito malcriada porque não queria mais andar e queria colo, e minha mãe me “abandonou” à própria sorte na rua, sumindo na curva, e o tamanho da minha boca e das minhas cordas vocais não foi suficiente para deflagrar meu desespero. Claro que ela estava escondida, me olhando, e viria correndo em segundos, mas eu sabia disso? Também teve a vez em que tocaram a campainha e ela disse que eram ciganos que iam levar a mim e ao meu irmão, mas que, se eu ficasse escondida e bem quietinha e fosse boazinha, ela diria que não havia crianças naquela casa. A vida era uma aventura.
E ainda é, mas agora não posso mais abrir o berreiro. E você também não. Não temos permissão para nos sentirmos indefesos e abandonados, muito menos de chorarmos e gritarmos chamando a mãe, o pai ou a Deus. Depender de acreditar em Deus não tem mais graça.
Somos fortes e se não formos ninguém vai querer andar conosco, nem nos dar um emprego ou nos encarar com respeito. Engole o choro, levanta a cabeça, encolha a barriga!
Só que somos fracos. Um tanto a mais de sol, um arranhão em que a bactéria pule, o novo vírus, o ladrão, o carro… e já era. A solidão, a prestação, o fora… a cabeça se manda. E se não for, vem a velhice, o enfado… Aí, só o Roberto Carlos. O Rei mesmo. Ele, que tem TOC, que já sofreu tanto e está ficando velhinho, ele sabe que quem tem amigos, não morre pagão. Se você não tem amigos, eu sinto muito porque é o jeito. Quando não dá pra gritar pelo pai e pela mãe (ou quando a gente grita e não adianta), e como Deus não tem olhos, voz e abraços que a gente possa ver e tocar, é o amigo que a gente tem e que a gente é.
O Rei é que sabe das coisas: “Eu quero amor decidindo a vida, sentir a força da mão amiga! O meu irmão com um sorriso aberto, se ele chorar, quero estar por perto! Quero levar o meu canto amigo a qualquer amigo que precisar… Eu quero ter um milhão de amigos e bem forte poder cantar!”

Letícia Ferreira

7
jun

O julgamento desnecessário

inveja Dias desses li um artigo de uma mulher que contou uma história com a qual me identifiquei muito. Ela começa o texto assim:

“ ‘Adorei o seu sapato’, disse uma amiga para mim certa vez. ‘Legal, né? Eu comprei em uma feira de artesanato na Colômbia, achei superlegal também’, eu respondi, de fato empolgada porque eu também adorava o sapato. Foi o suficiente para causar reticências quase visíveis nela e no namorado e, se não fosse chato demais, eles teriam dado uma risadinha e rolariam os olhos um para o outro, como quem diz ‘que metida!. Incrível é que posso afirmar com toda convicção que, se tivesse comprado aquele sapato em um camelô da 25 de março, eu responderia com a mesma empolgação ‘Legal, né? Achei lá na 25!’. Só que, aí sim, eu teria uma reação positiva, porque comprar na 25 pode”.

Depois ela continua afirmando que experiências como essa fazem com que ela mantenha seus hábitos de vida restritamente ao círculo familiar e de amigos, aqueles poucos que contamos mesmo nos dedos. No meu caso, sim, gosto de estudar Inglês (por mais que já tenha terminado um curso, perdi a fluência e continuo querendo aprender), Francês e outras línguas. Gosto de gastar meu dinheiro com livros, cinemas e de escutar histórias de pessoas diferentes e de ler jornal. Mas prefiro mesmo não comentar nada disso com o risco de parecer metida (ler livros agora é correr o risco de ser intelectual demais). Isso sem mencionar que eu e meu marido somos cogitados como ricos, pois viajamos uma vez por ano. Mas isso ocorria desde que éramos estagiários e passávamos férias em Morretes, sem o menor problema.

Passamos o ano todo economizando, não gastando com a roupa da moda ou sei lá mais o que, para nos darmos de presente uma viagem nossa, para colecionarmos lembranças ao longo da vida. Não estou julgando ninguém. Acho que cada um deve fazer mesmo o que quer e como pode. Não somos ricos ou metidos, somos apaixonados pela ânsia do novo, do desconhecido, do poupar para celebrar, de conhecer novas culturas. Aliás, cultura não é sinônimo de dinheiro. Minha mãe possui um conhecimento enorme, sabe de coisas que eu nem faço ideia sem nunca ter saído do país.

Essa censura alheia pelo o que o outro faz da vida me entristece um pouco. Concordo com outra parte do texto que cita que a mediocridade faz com que muitos torçam o nariz para tudo aquilo que não conhecem, mas que socialmente é considerado algo de um nível de cultura e poder aquisitivo superior. E assim você vira um arrogante.

Hoje, tudo está ao alcance de todos. Basta julgar menos e fazer mais. Para quem se interessou, segue o artigo da outra moça: http://ansiamente.wordpress.com/2012/05/10/a-arrogancia-segundo-os-mediocres/

Thalita Guimarães

3
jun

Conhecendo as belezas do Paraná

WP_20130531_005O título não é o nome de um programa de televisão, apesar de ser bem sugestivo. Na verdade, neste feriado conheci um lugar que há tempo ouvia as pessoas falarem sobre a imensidão e as belezas das praias: a ilha de Superagui. Realmente não tem como descrever o local. Se você pretende ir para um lugar para descansar e fugir da agitação, pode ter certeza de que não tem lugar melhor do que Superagui.

A Ilha é uma reserva natural desde 1989, mas somente em 1997 é que o Parque Nacional foi ampliado para abranger outras áreas. O local é conhecido pelas praias desertas e de belezas rústicas. Também tem a vegetação de bromélias e o mico-leão-da-cara-preta, que infelizmente não deu o ar da graça; devia ser o frio.

O termo reserva natural é aclamado por todos os moradores da ilha que integraram o conceito ao modo de vida. Como o exemplo do belo depoimento que recebemos do Seu Lopes ao chegar ao restaurante que ele e a mulher administram: “No passado nós plantávamos arroz, café e milho, mas agora que é reserva não pode mais. Mas isso é bom, porque hoje não vemos mais essas áreas verdes por aí”.

A sabedoria do Seu Lopes deixava no chinelo muita mocidade, como ele mesmo se referia aos mais jovens, ao dizer que era dali que tirava o sustento, mas que para isso era preciso respeitar o que a terra oferecia para eles. Pois é, além de lindo o lugar, ainda tivemos esses fantásticos relatos de pessoas que vivem de maneira simples. Porém, sabem dar muito mais valor às pequenas coisas. E o que dizer da comida? Era simplesmente uma delícia, feita no fogão à lenha com tudo o que o mar pode oferecer de bom: peixe, camarão e ostras. E ainda tivemos a bela surpresa de avistar alguns botos-cinza. O passeio não poderia ter sido melhor.

Para quem for conhecer a Ilha, fica a dica do restaurante:
Restaurante Barbados (do Seu Lopes) – (41) 9208-9495
Luanda Fernandes