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7
abr

Dia 7 de abril, Dia do Jornalista

Dia-do-JornalistaCresci sonhando em ser jornalista. Claro que, como toda criança, em algum momento pensei em ser aeromoça ou até paquita, mas a vontade de ser jornalista foi a que perdurou na adolescência. Hoje sou uma profissional realizada. Tenho certeza de que fiz a escolha certa e sou feliz com o meu trabalho todos os dias.

O jornalismo me proporciona muitas realizações e aprendizados. Circulo por setores bastante distintos e aprendo mais um pouquinho com cada um deles. Um dia meu irmão caçula me perguntou: “Você entende mesmo sobre tudo que escreve?”. Ele me contou que colocou meu nome no Google e encontrou matérias sobre gastronomia, saúde, transporte, gestão de pessoas, arte, moda, cultura, etc. Dei muita risada com a dúvida dele, mas em seguida expliquei que não sei um pouco sobre tudo, mas que o desafio está em buscar respostas e informações para tentar entender e depois escrever em uma linguagem em que o leitor entenda também. E isso é muito instigante.

Outra alegria como comunicadora é o relacionamento com as pessoas. Sou apaixonada por isso. Adoro conhecer gente e ouvir boas histórias. Aliás, são as boas histórias que costumam render as melhores matérias.

Neste dia 7 de abril, parabenizo a todos os colegas jornalistas.

Beijos,

Aline Cambuy

21
jan

Será que vai?

arenaComo era esperado, o assunto Copa de 2014 ainda vai dar muito no que falar. A notícia fatídica é que Curitiba pode ser excluída como cidade-sede do mundial. Pois é, depois de tanto dinheiro investindo num estádio que parece estar na mesma há uns três anos, a Fifa estipulou prazo até 18 de fevereiro para definir se a bola vai rolar ou não por aqui.

A notícia não me espanta, já que desde o começo a obra faraônica parecia ser uma artimanha para levantar dinheiro público. Uma vergonha isso acontecer faltando menos de seis meses para o mundial. Na verdade, qualquer pessoa que passe em frente à Arena pode perceber que a coisa está para lá de atrasada. Não bastassem os diversos acertos de contratos e o dinheiro se esvaindo como água – as obras já ultrapassaram mais de R$ 100 milhões do valor estipulado inicialmente –, a alegação é que serão necessários mais R$ 45 milhões, pelo menos, para finalizar o estádio. Não precisa ser um gênio em finanças para perceber que tem algo de errado nesses cálculos.

Isso sem mencionar todo o dinheiro já gasto pelo município e pelo estado para obras de melhorais urbanas para receber a Copa. Além dos inúmeros transtornos na cidade com canteiros em todos os lados. Quem mora na região da Linha Verde e da Avenida das Torres sabe bem o que é isso. E ainda tem o tal do viaduto estaiado que custou uma fortuna. Afinal, vai ter alguma função diferente daquele esperado para um viaduto qualquer? O legado da Copa está muito longe de ser um benefício futuro para a população. Ficarão o legado das dividas e o rombo no orçamento público, que poderia ter investido o dinheiro em projeto mais eficazes.

Luanda Fernandes

10
dez

A barbárie continua nos estádios

brigaPor mais que tenha se tornado uma cena cada vez mais comum nos jogos de futebol, ainda fico pasma ao ver imagens como as de domingo, em que as torcidas do Atlético e do Vasco se enfrentaram como se estivessem em uma praça de guerra. Custo a aceitar que isso ainda aconteça, porque não consigo entender o que esse tipo de pessoa tem na cabeça. Seria um fanatismo desenfreado capaz de cegar qualquer percepção de certo ou errado? O jogo não deveria ser um momento de lazer e de descontração? Então, por que essas pessoas levam isso tão a sério a ponto de quase se matarem dentro de um estádio?

Talvez ninguém possa entender os motivos, até mesmo os fieis torcedores que acompanham todos os jogos do time preferido. O que não é o meu caso. Acho que essa pode ser uma das causas da minha revolta. Não sou fã de futebol, mas também não critico quem gosta – cada um com suas preferências. E por isso me pergunto: até quando isso vai acontecer? As pessoas não evoluem? Pelo menos não essas, que ferem outros por motivos totalmente banais: um jogo de futebol – é isso mesmo??

O caso aqui não deveria ser se faltou policiamento ou segurança para conter os ânimos mas, sim, a falta de cultura, educação e senso de que todos compartilhamos o mesmo planeta. Em uma sociedade normal a polícia não teria que fazer esse tipo segurança, afinal cabe às pessoas definirem o que é certo e errado. O Estado tem lá sua parcela de culpa por todo o histórico cultural, que não cabe mencionar agora. Desculpe os simpatizantes do esporte, mas acho que o problema também está em julgar tão importante uma partida de futebol, tudo gira em torno disso. Tem pessoa que prefere faltar ao trabalho ou outro compromisso importante para ir ao estádio, o que me parece uma tremenda inversão de valores. Alguém já viu briga com torcedores de vôlei ou de basquete no Brasil? Então, acho que isso já diz muito.

Luanda Fernandes

22
mai

O mundo pelas crianças

É sucesso no Facebook. Um professor colombiano passou dez anos coletando definições de alunos e, como resultado, obteve um dicionário com verbetes pra lá de interessantes. São definições que nos fazem refletir sobre a importância da inocência.
Para quem ainda não viu, vale a pena dar uma olhada:

Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos);

Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos);

Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos);

Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos);

Camponês: Um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos);

Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos);

Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos);

Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos (Ana María Noreña, 12 anos);

Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos);

Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos);

Guerra: Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos);

Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos);

Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos);

Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos);

Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos);

Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos);

Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos);

Solidão: Tristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos);

Tempo: Coisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos);

Universo: Casa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos);

Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos).

Fonte: livro Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças, de Javier Naranjo.

Thalita Guimarães

9
mai

Educação é tudo

A falta de educação das pessoas ainda me impressiona. Li ontem que quatro brasileiros foram algemados e presos pela polícia americana dentro de um Boeing 777-200, na pista do aeroporto de Miami, quando protagonizaram uma briga com socos e golpes dignos de uma luta de UFC dentro do voo 995, que fazia o trajeto Miami-São Paulo.

Tudo começou quando o avião decolou de Miami com destino a São Paulo e foi obrigado a retornar para socorrer uma passageira, também brasileira, que passava mal. Quando a aeronave estava no solo, entraram paramédicos, bombeiros e policiais para prestar atendimento à mulher e, nesse momento, dois jovens com idade entre 20 e 25 anos reclinaram seus assentos e acabaram acertando a cabeça da passageira que estava no banco de trás, deitada no colo do marido. O homem não gostou e se levantou para tirar satisfação. Começou, então, uma gritaria dentro do avião. Um terceiro rapaz, que estava sentado numa poltrona mais à frente, saiu correndo pelo corredor e deu um soco no rosto do homem que havia reclamado.

Enfim. O que me deixa extremamente indignada é que a pessoa acerta o rosto de outra que está passando mal e se acha no direito de brigar. Pior que isso, acaba envergonhando todos os brasileiros que certamente estavam no avião e que viram a cena desnecessária. Não sei o que se passou na cabeça destes cidadãos na hora, mas não é porque está voltando de um voo de Miami que se pode tudo. Aliás, hoje em dia qualquer um pode viajar para qualquer lugar. Tem promoções, passagens parceladas e albergues à disposição de todos os interessados.

A falta de educação me choca em qualquer lugar e em qualquer situação. Não importa se você tem dinheiro, se não tem, se acha que está certo ou se está de TPM. Você não tem direito de destratar quem quer que seja, independentemente da situação. Infelizmente, muitos ainda precisam aprender esta lição.

Thalita Guimarães

24
jan

Entrevista incluída

entrevistaDias desses acompanhei uma entrevista de uma aluna de um grupo educacional que atendemos aqui na agência. Não era uma estudante qualquer. Era uma mulher cega e cadeirante que tinha acabado de se formar no curso de Marketing. Este grupo que atendemos tem um Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais. A pauta era o Serviço e a aluna era o personagem da matéria.

Ela chegou de táxi, sozinha, no horário combinado e no maior alto astral. Contou pra repórter que decidiu fazer o curso pra aprender técnicas pra melhorar os negócios. A concorrência anda forte. Vende cosméticos da Avon e da Natura. Aproveitou nessa hora pra mostrar um hidratante de mãos e outros produtinhos ótimos que tinha trazido de pronta entrega. Já fez umas vendas. Distribuiu cartões pra repórter, pra mim, pro fotógrafo, pra Thalita aqui da agência.

Contou que veio do interior e que mora numa instituição para cegos. Que foi legal fazer faculdade e que quer saber mais. E que ser deficiente não é fácil. Mas que acha engraçada essa onda do politicamente correto. Banheiros adaptados do tamanho de uma quitinete. Termos mil para não chamá-la de cega ou deficiente. Excessos em geral.

Encantou a plateia, pediu para pedirem um táxi e foi embora. Quando precisarem de Avon ou de Natura, lembrem-se de mim, que a concorrência anda forte. Talvez eu não precise de Avon ou de Natura, mas me lembro sempre dela.

Beijos,

Karin Villatore

8
nov

Salve Geral

Não sei se é impressão minha, mas esta onda de violência em São Paulo parece estar recebendo uma cobertura cheia de dedos da nossa imprensa. As notícias aparecem de um jeitão tão maquilado que até vale uma retrospectiva que ajude a tentar entender a história.

Em 2006, uma quebradeira acionada pelo salve geral do PCC (Primeiro Comando da Capital) deixou mais de 150 mortos (entre policiais, carcerários, presos e civis inocentes), mais de 80 ônibus incendiados, quase 20 agências de banco atacadas com tiros e bombas, rebeliões em 74 cadeias, demissão do secretário da Administração Penitenciária de SP.

O episódio virou lenda entre a bandidagem, ganhou filme do Sérgio Rezende e causou síndrome do pânico pós-traumática em um monte de paulistanos.  Em 2006, a imprensa brasileira e até internacional fez um bafafá danado no relato dos atentados e, já que não tinha informação oficial, cobria o que via.  Resultado: o governo de São Paulo ameaçou abrir processo contra vários veículos de comunicação por “práticas jornalísticas abusivas”. E neste ano foi apreendida no bairro de Paraisópolis, um desses lugares cantados nos raps do Racionais, uma carta com um novo salve geral dando a ordem de que dois PMs deveriam ser executados para cada integrante do PCC morto.

Como explicou o Estadão numa das poucas matérias mais elucidativas que encontrei sobre o assunto, “era uma das peças que faltavam para ajudar a compreender as causas da atual tensão vivida em São Paulo”.  Em 2006 os ataques aconteceram de uma vez só e agora são em doses homeopáticas. E, se não vem tudo de uma vez, difícil imaginar quando vai acabar. Mas, pelo que tenho conseguido acompanhar da estranha cobertura da imprensa, neste ano os ataques se centram mais na periferia. E os jornalistas, estão esperando contar toda essa história com detalhes e clareza quando? Salve geral, colegas.

Beijos,

Karin Villatore

30
ago

Diário de Classe…

Essa semana uma estudante de apenas 13 anos de idade chamou a atenção da mídia e da sociedade depois de criar uma página no Facebook, chamada Diário de Classe, para relatar os problemas enfrentados por sua escola. Isadora Faber estuda na Escola Municipal Maria Tomázia Coelho, em Florianópolis, e decidiu criar o perfil para tentar melhorar as condições estruturais do colégio.

Claro que muita gente não gostou da estória, já que o perfil atingiu mais de 180 mil pessoas em poucos dias. Além disso, Isadora saiu em tudo quanto é veículo de comunicação. Embora tenham surgido muitos descontentes com a repercussão do assunto, a façanha da menina surtiu efeito, pois a prefeitura – mais do que rapidamente – disse que vai providenciar a manutenção do colégio.

Na rede social a estudante posta fotos, vídeos e comentários sobre as condições da escola que, convenhamos, não são das melhores. O que também pode se concluir que é um reflexo de como é tratada a educação brasileira. No perfil ela incentiva mais estudantes a terem a mesma iniciativa e deixa a mensagem: “estou fazendo essa página sozinha, para mostrar a verdade sobre as escolas públicas. Quero melhorar não só pra mim, mas pra todos”. E complementa: ”Cada um tem que fazer sua página, na sua escola. Eu vou ajudar a divulgar. Todos juntos podemos mudar a educação no Brasil”.

Quem dera nossos governantes tivessem o mínimo de consciência e de preocupação com a educação, assim como demonstrou Isadora. Isso mostra como o ensino público no nosso país está desamparado, pois é necessária a mobilização de uma estudante do sétimo ano e a repercussão na imprensa  para que a prefeitura tomasse alguma providência com relação ao colégio. Quantas outras Isadoras não devem sofrer com o mesmo problema no Brasil afora?

Luanda Fernandes

21
ago

Começou definitivamente a campanha eleitoral

Hoje começou o horário eleitoral gratuito, para a alegria e a tristeza de muitos. Para aqueles que não perdem um capítulo da novela, vão ter que esperar um pouco mais para assistir à saga de Avenida Brasil. Mas para os eleitores mais interessados, esse também será o momento de verificar os candidatos a vereadores e à prefeitura.

Não sei se é impressão minha, mas me parece que o discurso dos candidatos não mudou muito desde as últimas eleições até a campanha deste ano. Se verificarmos os candidatos à prefeitura, todos falam em melhorar as condições de mobilidade da cidade, com o incentivo ao uso de bicicleta, a implantação do metrô, deixar o transporte público mais eficiente para que as pessoas deixem de sair de carro e blá, blá, blá.

Ok, isso tudo é muito importante, mas e aí pessoal. como vocês pretendem realmente fazer isso? Não adianta somente fazer buraco nas ruas em toda parte da cidade (como está acontecendo agora; nunca vi tanta obra em Curitiba como nos últimos meses) e mostrar que a prefeitura está trabalhando a apenas dois meses das eleições.

As ações precisam ser efetivas e contínuas. Ficar fazendo joguinho político para conquistar voto comigo não funciona e acredito que, para muitos, também não. Realmente tenho a esperança de que as coisas vão começar a mudar no Brasil e que os eleitores não vão simplesmente votar naquele candidato que acharam o santinho no meio da rua no dia da eleição. Vamos torcer!

Falando em propaganda que continua com a mesma “lenga lenga”, essa matéria do Jornal Gazeta do Povo define exatamente isso:

http://www.gazetadopovo.com.br/blog/interrompemos/conteudo.phtml?tl=1&id=1288575&tit=Propaganda-eleitoral-e-a-mesma-ha-vinte-seculos

Luanda Fernandes

7
ago

Olimpíadas de Londres

Como o assunto do momento são as olimpíadas de Londres, nada melhor do que abordar o tema nesta postagem. Tinha um tempo que eu era fã de carteirinha dos jogos olímpicos, acompanhava tudo o que conseguia e sempre estava a par do saldo de medalhas. Bom, hoje já é outra história, mal consigo ver quem está ganhando o quê, quais equipes já foram classificadas ou desclassificadas.

Mas, fazendo uma análise do que está saindo nos jornais, posso dizer que a atuação do Brasil está bem fraca, muitos atletas que eram promessas perderam competições e voltaram para casa sem, ao menos, conseguir disputar o bronze.

Esses dias cheguei em casa a tempo de acompanhar um jogo de vôlei da seleção feminina. As brasileiras estavam bem aquém das seleções passadas. Tudo bem que era contra a Coreia, uma equipe muito boa. Mas, assistindo ao jogo, percebi que faltava um pouco de garra da equipe e qualquer jogadinha da equipe coreana se convertia em ponto. Isso me desmotivou mais ainda e, resumindo, troquei de canal.

Talvez antigamente eu ficasse mais empolgada com esse tipo de evento porque acompanhava com mais frequência, porém, atualmente não consigo sentir aquele espírito de determinação dos atletas. Pode ser que eu esteja sendo injusta com eles, mas o que realmente está marcando as olimpíadas deste ano é o choro incontrolável dos atletas que voltaram mais cedo para casa.

Luanda Fernandes