Arquivo mensais:outubro 2012

26
out

Estriquinada

Quando forem ler este texto do blog não estarei aqui. Tirei uma semaninha de férias. Legal, certo? Sim, sempre muito bom ter um tempo para viajar com o maridão. Mas, então, qual seria o motivo para ficar tão “estriquinada” antes da partida?

É uma correia em casa, para deixar tudo organizado. Além disso, é um misto de ansiedade com nervoso de deixar minhas funções para outra pessoa, pois sempre bate aquele jeitinho inseguro do tipo “ninguém vai conseguir dar conta do trabalho”. Daí lá vou eu, deixar todo o trabalho de uma semana adiantado e, ainda assim, fico com aquele frio na barriga de que algo não sairá correto.

Será normal? Vejo tanta gente sair de férias e nem pensar no que ficou ou em como estará quando voltar. Mas não consigo ser assim. Não se enganem, adoro tirar férias, viajar, conhecer pessoas novas (faço isso pelo menos uma vez por ano). Só fico aflita com as minhas responsabilidades.

O negócio é tentar relaxar e voltar com ainda mais pique para o restante do ano.
Thalita Guimarães

23
out

Sabedorias

Chover no molhado afirmar que o Brasil é um retalho de vários países e que a gente não conhece a própria terra. Ainda mais quem vive no Sul Maravilha, acha mais interessante aproveitar o “bom momento” da economia e conhecer o exterior. Mas, quando decidimos descansar em bandas tupiniquins, percebemos que o estrangeiro mesmo é aqui.

 

Foi o que aconteceu comigo semanas atrás, em viagem aos confins nordestinos. Praias lindas, repletas de nativos e europeus quase nativos (moram lá há anos ou surfam lá todos os anos, durante as férias de dois ou três meses que eles costumam tirar). Este segundo grupo é uma questão lá do Velho Continente e não vale teclada aqui. Já o primeiro é compatriota e merece o pensar.

 

Em uma praia como Jericoacoara, da moda e badalada, uma casinha simples perto do mar chega a valer milhão ou até milhões. Só mora bacana? Pelo contrário, a maioria é de filho de pescador que hoje vive do turismo e herdou o casebre. E eles querem vender a casa, embolsar o dinheirama e, finalmente, virar o tal? Se eu vendesse, não saberia o que fazer com tanto dinheiro. E eu sou feliz aqui. Foi a resposta do bugueiro que me levou a uma lagoa que merece com todas as letras o nome de Paraíso, a cerca de meia hora de Jeri, como eles chamam a cidade por lá.

 

Aliás, este mesmo bugueiro, de apelido Novo porque era o caçula de uma penca de irmãos, é o filho de um dos mais notáveis pescadores da cidade. O pai, que já morreu, conseguia capturar em um único dia três peixões de dez quilos. No anzol. E num barquinho onde mal cabia o peixe. Lembrei de O Velho e o Mar. E na infância do Novo era peixe no café, no almoço e no jantar, numa época em que não havia luz e nem saneamento em Jeri. E o Novo tem a minha idade e parece amigo do meu filho.

 

No caminho para a lagoa, um velhinho caminhando nas dunas à la Saara, de chinelo de dedo, camisa e bermuda. E o novo me pergunta se pode oferecer carona. Claro! O senhor entra e explica que tinha ido a Jeri tentar fazer negócio com um cavalo. O negócio não deu certo e ele estava voltando pra casa. Um trajeto de 3 horas de ida e 4 de volta, por causa do sol a pino, da fome e do cansaço. Ah, só entendi a história porque o Novo “traduziu”, já que a fala do senhor era absolutamente incompreensível para o meu ouvido de jacu.

 

Na volta, o Novo me avisou que no dia seguinte iria chover um pouquinho, mas que o tempo bom iria continuar logo na sequência. O pai pescador ensinou a saber o tempo. Era Dia das Crianças e nenhuma criança da comunidade pareceu, nem de longe, triste por não ganhar presente.

Beijos,

Karin Villatore

19
out

O mendigo “gato” e as controvérsias

Tudo bem que só se fala sobre a foto do mendigo “gato”, o assunto repercutiu nas redes sociais e virou matéria dos jornais. Meio batido falar sobre o que todo mundo está falando, não é? Também acho. Mas analisando toda a repercussão que teve na mídia e na internet, percebi que eu também precisava me manifestar, pois refleti sobre algumas questões expostas por pessoas que adoraram o assunto e outras que repudiaram.

Vi muitos colegas escrevendo que é um absurdo toda essa atenção dada à história do tal mendigo, pois se fosse um mendigo “feio” simplesmente a mídia não teria ligado e a história não teria virado manchete. Concordo, em partes. Explico – realmente a sociedade continua a ditar valores de beleza e estereótipos e, infelizmente, o público gosta. A questão que envolve todo o problema das drogas é séria e deveria ser mais abordada nos meios de comunicação. Pois, independentemente da fisionomia, isso pode atingir qualquer família seja rica, pobre, feia ou bonita. Enfim, nesse caso qualquer um pode ser uma vítima.

Porém, como jornalista, também preciso defender de certa forma os meios de comunicação, e explicar algumas coisas que talvez muitos não entendam. Primeiro que os jornais são feitos de história de pessoas e, agradando ou não, é isso que faz com que o público se identifique com os diversos relatos e faça com que a mídia tenha mais proximidade com a comunidade. Não é isso que muitos questionam: uma mídia mais cidadã e próxima dos problemas da comunidade? Isso sem entrarmos em qualquer mérito de tema.

Segundo que não podemos desconsiderar o poder de disseminação das redes sociais e, nessa era digital, os meios de comunicação devem estar atentos a esses acontecimentos. Pois não tem como ignorar o fato de que milhares de pessoas compartilharam um mesmo assunto em menos de um dia. Para um comunicador isso é praticamente impossível.

Então, não é que eu concorde plenamente com essa repercussão, pois tenho meus valores e opinião crítica sobre os meios de comunicação. Mas meu olhar profissional, também não deixa negar que é uma “ótima” história para estampar os jornais da semana.

 Luanda Fernandes

11
out

O Trabalho de um Assessor de Imprensa

Infelizmente, algumas pessoas simplesmente não conseguem entender o propósito ou o trabalho de uma Assessoria de Imprensa. Lendo sobre esta área de trabalho importante da comunicação, percebi que alguns autores defendem que a ascensão das Assessorias de Imprensa está relacionada com o fato de elas influenciarem a agenda dos meios de comunicação e a dependência, pelas redações, das informações fornecidas por essa rede de divulgação jornalística.

O próprio manual de Assessoria de Imprensa adotado pela Federação Nacional de Jornalistas profissionais mostra a importância desta profissão para atingir uma melhor comunicação com o público–alvo. Neste manual os profissionais de AI contribuem para o aperfeiçoamento da comunicação entre instituição e a opinião pública. E, bem resumidamente, é isso mesmo. Fora que atualmente temos que monitorar a imagem do cliente nas mídias sociais, dar um treinamento de como melhorar a comunicação entre empresa e comunidade, além de estar sempre alerta para tudo o que envolve o cliente.

A atividade de Assessoria de Imprensa é vista como a ponte entre as informações corporativas (sejam elas de empresas, entidades ou até mesmo pessoas) e a mídia. Devido uma crescente preocupação em se aproximar do público-alvo, esta atividade vem sido cada vez mais procurada para se atingir este fim. Não é um trabalho fácil como muitos pensam. Longe disso. Mas é maravilhoso ser a ponte de informações.

 Thalita Guimarães

8
out

Eu te amo, Chico

Dizem que as mulheres brasileiras são divididas em duas espécies: as que amam e as que não se importam com o Chico Buarque. Faço parte da segunda categoria. Minha mãe acha que o Chico não é bonito. Concordo com ela. Ele é lindo. Irresistível aquela timidez no palco, aquela voz meio desafinada, aqueles olhos verdes, aquele sorriso malandro.

Fui a apenas um show do meu ídolo. Gritei várias vezes, com todas as minhas forças, “Chico, eu te amo”. Eu e praticamente todas as mulheres da plateia. Inesquecível. Assim como não me esqueço de um dos melhores presentes que já ganhei, o pendrive com a discografia completa do Chico, que há tempos não sai do som do meu carro.

Mas vamos combinar que marcantes mesmo são as letras poéticas que ele cria. Até em trabalhos sob encomenda, como a trilha sonora do balé O Grande Circo Místico, ele arrasa. Descobri dias desses, vendo um livro que conta a história das letras do Chico, que em “Beatriz” a nota mais grave cai na palavra “chão” e a mais aguda em “céu”. Genial! E falando em canção com nome de mulher, meu sonho mesmo era ser a Luísa, a Carolina, a Bárbara ou qualquer uma dessas musas que ele criou cantando.

Não tenho ciúme do Chico. Admirava a Marieta mesmo na época em que eles eram casados. Só fico um pouco chateada quando descubro que alguma bacana também é fã dele. Xô, Luana Piovani! Xô, Camila Pitanga! O Chico é meu. E convenhamos que homem nenhum neste mundo deve ter ciúme do Chico. Pular muro com este monstro sagrado da sedução não é uma traição, é praticamente um dever de uma mulher. O que me faz lembrar de um episódio de uma mulher que chegou em casa e viu, grudada na parede em frente à cama, uma página de jornal com uma foto gigantesca do Chico. “O que é isso?”, perguntou ao marido. “Hoje vai rolar”, ele respondeu.

Beijos,

Karin Villatore

1
out

Comportamento nas redes sociais

As redes sociais invadiram nossos lares e estão cada vez mais presentes no dia a dia de muitos profissionais. O problema é que, às vezes, ferramentas como o Facebook são utilizadas de maneira errada e até mesmo imatura, principalmente para aqueles que estão iniciando no mercado de trabalho. Não precisa ser um especialista em recursos humanos para constatar isso. É comum encontrar um ou outro perfil na rede com comentários indevidos e fotos que poderiam ser evitadas.

Outra questão que também não é mais novidade é que, depois da entrevista, muitas empresas fazem uma pesquisa no perfil do Facebook do candidato à vaga para verificar quais as preferências dele. Pode-se saber de tudo, apenas com uma pequena análise nos grupos que a pessoa participa e no tipo de comentário que ela posta. Por isso, não adianta ser o do contra e dizer que o que está na rede é pessoal, porque há muito tempo deixou de ser.

Os erros mais comuns são aqueles tipos de comentários: “Passei a noite na balada, tomei todas e vou arranjar uma desculpa para não ir trabalhar”, ou aquelas fotos em que a pessoa se expõe demais. Infelizmente, esse tipo de atitude abre precedentes para o julgamento do comportamento que, às vezes, foi por descuido ou desconhecimento. Nesse caso, não existe outro conselho a não ser pensar antes de colocar alguma coisa. Mas aqueles que dizem que não se importam com que os outros acham ou pensam, realmente são muito incoerentes. Pois o Facebook é um canal aberto para que as pessoas vasculhem e procurem informações. Nada impede que aquela empresa que pretende te contratar olhe o perfil. Para isso é necessário ter um pouco de bom senso com aquilo que você coloca na rede.

Luanda Fernandes