Arquivo mensais:janeiro 2016

28
jan

Histórias da Carochinha no século XXI

irmaos_GrimmSabe aquelas histórias fofas que ouvimos desde pequenos com personagens que passam pela hoje tão falada “jornada do herói” – velha conhecida dos que trabalham com o conceito de storytelling? Originalmente, elas eram muito mais sombrias do que as conhecemos hoje. Contos dos irmãos Grimm e de outros escritores famosos do gênero eram cheios de assassinatos, sangue e violência. Com o tempo eles foram adaptados para crianças, mas continuaram com uma pegada essencial: dar uma lição de moral no fim da história – com o intuito de preparar os pequenos para o mundo adulto, que, convenhamos, não é sempre cheio de alegria e feito somente de pessoas com boas intenções.

Percebi que hoje não é diferente, mudou o meio de propagação. Claro, as histórias infantis perderam a pegada violenta para proteger as crianças da maldade – mas percebo um movimento interessante nas mídias sociais: a proliferação de histórias muitos próximas aos contos de antigamente, também com o intuito de educar os jovens. Primeiro, antes mesmo da internet, vieram as lendas urbanas – quem nunca teve medo de acordar em uma banheira cheia de gelo sem um rim? Mas hoje, com tantas maneiras de comunicar e espalhar histórias e estórias (quem é dos anos 80 ou antes conhece essa palavra, que caiu em desuso), contos da vida real do século XXI pipocam no mundo virtual.

Semana passada, na farmácia, ouvi as moças do caixa conversando. Uma dizia: “Você viu? A menina saiu com um cara que conheceu na internet, foi abusada e encontrada morta”. A colega: “Eu vi! Também recebi um recado num grupo do WhatsApp que disse pra tomar cuidado com o nosso copo de bebida na balada, porque uma menina foi drogada e roubada”. E as histórias são muitas. Você mesmo já deve ter recebido alguma, principalmente se for mulher. Bem, quem sou eu para julgar? É bom estar atento, saber com quem anda e cuidar da saúde. Mas cuidado para não ficar espalhando boato por aí…

Luciana Penante

22
jan

A “gourmetização” da coxinha

Coxinha_Galinha_attimo_divulgacaoBom, para quem não sabe, uma das minhas grandes paixões é a gastronomia. Alta, baixa, média, eu gosto mesmo é de comer e cozinhar. Quem sabe um dia eu abra um café! Quando tranquei o curso de Direito, cheguei a cogitar a ideia de fazer curso de Chef. Porém minha mãe não gostou nadinha da ideia na época. Aí resolvi fazer Jornalismo, que era uma coisa que eu também gostava.

Um ou dois anos depois a profissão explodiu. Agora é moda ser “chef de cuisine”, assim como é moda ser fotógrafo (outra das minhas paixões). Mas até aí ok! Não é sobre isso que eu quero falar e, sim, sobre essa onda de querer transformar toda e qualquer comida em algo “gourmet” e cobrar os “olhos da cara” por isso.

Onde já se viu gourmetizar a minha coxinha? Cara, coxinha é coxinha! Por favor, não inventem moda! Ela foi criada aqui no Brasil (não me lembro o período) para dar conta de uma nobre criança fofinha, que só queria saber de comer as coxas do frango. Coxinha é feita pra comer com a mão e sua variação máxima é com ou sem catupiry. Parem de quer inventar coxinha de pato, jacaré, ganso, brigadeiro, colocar o título “gourmet” e cobrar 10 reais por isso.

E essa onda se espalhou por outros pratos como hambúrguer, cachorro quente, brigadeiro, pastel, comidas que foram feitas para ser simples, gostosas e baratas. Comidas pra gente comer com a mão mesmo e ficar cheio de gordura nelas. Até o churros anda gourmet e vem num apoio de papel se você quiser comer com garfo e faca. Que coisa mais sem graça!

Na minha humilde opinião essa onda de “gourmetização” das coisas está acabando com toda a diversão e alegria da vida.

 Bruna Bozza

18
jan

Trem das Cores

2745

Diz a lenda que a dona do mel desses olhos luz é Sônia Braga, com quem Caetano Veloso teve um namorico. E que os dois lados da janela foram vistos na viagem sobre os trilhos que os dois fizeram de São Paulo para o Rio, no final dos anos 70.

Lançado em 1982, no álbum “Cores e Nomes”, a música é um riquíssimo objeto para estudos sobre metáforas, e até virou sugestão de aula do MEC para crianças cor de romã (http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=54945).

Aliás, esta sugestão de aula termina com um aviso peculiar, que destaca um dos trechos de que mais gosto em “Trem das Cores”:

Professor, é provável que o “papel de seda azul que envolve a maçã” não faça parte do imaginário dos alunos, isto é, é provável que os alunos não conheçam esse costume. Explique a eles que as maçãs argentinas, alguns anos atrás, eram embrulhadas, individualmente, em papel de seda azul para serem comercializadas.

Fato é que não me canso de ouvir esta canção. Como moro em Curitiba, fico imaginando como deve ser curtir este som sob o céu de um azul celeste celestial. Um dia chego lá e, quem sabe, numa viagem colorida de trem.

Beijos,

Karin Villatore

 

14
jan

Cinema nacional no YouTube

 

cinema

É difícil encontrar parte significativa dos filmes mais importantes do cinema brasileiro em DVD. No entanto, muitas dessas obras podem ser conferidas na íntegra no YouTube.  Confira algumas sugestões:

  • Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha

https://www.youtube.com/watch?v=OlgBrV-E0v0

Trata-se do filme mais reverenciado de Glauber. Uma bela introdução à sua estética da fome.

  • Obra completa de Rogério Sganzerla

https://www.youtube.com/channel/UC6CGSdGv6WiiciwXg1VlF6g

Sganzerla é mais conhecido por ter realizado o clássico “O Bandido da Luz Vermelha”. Mas possui várias outras obras extremamente ousadas, que não ficam para trás. Vale a pena navegar pelo canal.

  • Bang Bang (1971) e Serras da Desordem (2006), de Andrea Tonacci

https://www.youtube.com/watch?v=NaVnuFdtgWM e https://www.youtube.com/watch?v=R4ju_qxCca4

O clássico Bang Bang foi realizado no período chamado de “Cinema Marginal”, do qual o supracitado Sganzerla também era representante; já Serras da Desordem é, possivelmente, o que de mais relevante foi feito no Brasil desde o período da retomada.

Daniel Felipe

7
jan

Seja bem-vindo, 2016!

 

Voltamos! Após um breve período de descanso, já que ninguém é de ferro, com nossas energias renovadas. Estamos prontos para continuar inventando moda. Com as cucas frescas e cheias de novas ideias. Aguardem! Logo faremos nove anos de mercado e a receita do sucesso está em manter a nossa essência: qualidade e inovação. Focados nesses pilares, vamos em frente, pois temos um ano inteiro e intenso. Seja bem-vindo, 2016! Que este novo ano seja repleto de desafios, conquistas, paz, saúde, alegria e amor.

Aline Cambuy