Arquivo mensais:janeiro 2014

21
jan

Será que vai?

arenaComo era esperado, o assunto Copa de 2014 ainda vai dar muito no que falar. A notícia fatídica é que Curitiba pode ser excluída como cidade-sede do mundial. Pois é, depois de tanto dinheiro investindo num estádio que parece estar na mesma há uns três anos, a Fifa estipulou prazo até 18 de fevereiro para definir se a bola vai rolar ou não por aqui.

A notícia não me espanta, já que desde o começo a obra faraônica parecia ser uma artimanha para levantar dinheiro público. Uma vergonha isso acontecer faltando menos de seis meses para o mundial. Na verdade, qualquer pessoa que passe em frente à Arena pode perceber que a coisa está para lá de atrasada. Não bastassem os diversos acertos de contratos e o dinheiro se esvaindo como água – as obras já ultrapassaram mais de R$ 100 milhões do valor estipulado inicialmente –, a alegação é que serão necessários mais R$ 45 milhões, pelo menos, para finalizar o estádio. Não precisa ser um gênio em finanças para perceber que tem algo de errado nesses cálculos.

Isso sem mencionar todo o dinheiro já gasto pelo município e pelo estado para obras de melhorais urbanas para receber a Copa. Além dos inúmeros transtornos na cidade com canteiros em todos os lados. Quem mora na região da Linha Verde e da Avenida das Torres sabe bem o que é isso. E ainda tem o tal do viaduto estaiado que custou uma fortuna. Afinal, vai ter alguma função diferente daquele esperado para um viaduto qualquer? O legado da Copa está muito longe de ser um benefício futuro para a população. Ficarão o legado das dividas e o rombo no orçamento público, que poderia ter investido o dinheiro em projeto mais eficazes.

Luanda Fernandes

14
jan

Sobre as quarentonas

juliaSe tivesse hoje que arriscar os três filmes que mais devem receber indicação para o Oscar, apostaria minhas fichas em Álbum de Família, Gravidade e A Vida Secreta de Walter Mitty. Com exceção deste último, baseado em um conto de James Thurber, os outros dois têm um fato em comum: atrizes quarentonas boas de bola. Sandra Bullock, 49, exibe um shape invejável como a astronauta protagonista. Já Julia Roberts, 46, faz questão de mostrar a raiz grisalha e as rugas, à lá bonitinha não ordinária.

Li dias desses uma entrevista do Washington Olivetto, publicada na revista da minha academia de ginástica, em que ele anunciava que estava estudando esta nova mulher de 40 anos. Se você pesquisar, vai descobrir que não é só ele quem está pensando no assunto.

Numa rápida pesquisa na Internet, achei os seguintes comentários: A quarentona de hoje não aparenta a idade que tem. Ela é atraente, saudável, confiante, moderna, ativa e consciente de que pode viver mais 40 anos. Ela, aliás, sabe que está preparada emocional e psicologicamente para prolongar a sua vida. A mulher de 40 está no auge, em plena forma física e intelectual, como a mocinha de 20 anos de antigamente. A nova mulher de 40 é mais desafiadora, independente, centrada e crítica. Usa a experiência em prol da felicidade.

Eu, feliz quarentona, adorei. E você, o que acha dessa geração de novas balzaquianas?

Beijos,

Karin Villatore

6
jan

Previsões auspiciosas para 2014

previsões auspiciosas para 2014

As pessoas, eu entre elas, gostam de significar datas. Penso que não é só para organizar o tempo que a gente faz isso, mas para dar sentido aos acontecimentos, marcar os períodos, ter a sensação de renovação ou de continuidade. E o ano novo é isso porque, sem levar em conta a fé – em religião, astrologia ou em si mesmo –, na verdade, nada muda só porque à meia-noite de 31 de dezembro nasce mais um ano. Por nada, entenda-se nada além das mudanças que já acontecem no dia a dia, que são inúmeras, mas nem sempre celebradas. Quem consegue celebrar todas as manhãs com a mesma alegria das manhãs de Natal ou todas as noites com a mesma animação da véspera de Ano Novo? E teria graça se sentir assim todos os dias? Sem o dia especial? A noite de abrir o espumante e ganhar o presente? Seria chato e cansativo ter especiais todos os dias, precisaríamos inventar outra coisa que distinguisse UM dia para que pudéssemos chamá-lo de O dia.

Assim, espero que 2014 seja um ano normal, feliz, como se diz, mas, sim, com vários dias especiais. Dias de muito brilho, corações batendo mais rápido – de alegria –, suspiros de paixão, comidas gostosas, clima ameno, roupas e sapatos bonitos, músicas emocionantes, dança e vinho branco espumante.

Que nesses dias e em todos os outros haja, ao menos em doses, livros e filmes muito interessantes, crianças, animais de estimação, mar, campo, cidade, bom trabalho, lar, família, amigos, dinheiro que chegue, arte e fé… Que não falte saúde, em ano nenhum, nem na hora da morte. São as nossas previsões apesar da inflação, do desmatamento e da poluição, da corrupção e da violência. E com a Copa do Mundo e muitos protestos populares.

Letícia Ferreira