Arquivo mensais:outubro 2015

23
out

O futuro já começou

Se você esteve na superfície da Terra com acesso a algum meio de comunicação nesta semana, já deve estar careca de saber que a última quarta-feira, 21 de outubro, é a data em que Marty McFly, Doc Brown e Jennifer Parker chegam ao “futuro” idealizado no segundo filme da trilogia De Volta para o Futuro, lançado em 1989.

greatA internet enlouqueceu, e no mundo inteiro pipocaram festas e homenagens ao future day – ainda que o 2015 real seja bem diferente daquele imaginado por Robert Zemeckis na película. Eu mesmo, que há 9 anos e meio lidero uma banda chamada DeLorean (o carro transformado em máquina do tempo no filme), organizei uma dessas festas – no Sheridan’s, com direito a um DeLorean de verdade. Claro que bombou (e isso que era quarta-feira!).

Toda essa repercussão é fruto do fascínio exercido desde sempre na humanidade pelas viagens no tempo em geral – e a possibilidade de conhecer o futuro em particular. Muitas histórias já fizeram sucesso explorando o tema, como A Máquina do Tempo, O Exterminador do Futuro, Dr. Who, O Homem do Futuro e Bill e Ted, por exemplo.

Claro que (pelo menos por enquanto) uma viagem como a feita pelo DeLorean Time Machine não passa de ficção. Mas um bom conselho para controlar a ansiedade daqueles que sofrem tentando desvendar o futuro foi dado pelo próprio Doc Brown neste vídeo promocional da trilogia, que circulou no dia 21 na internet: “O futuro só depende de você. Então faça direito!”. 😉

Confira o vídeo completo aqui: http://on.fb.me/1MTLFPj

16
out

Vida sentimental em tempos de Tinder

x s2Cada vez mais tenho escutado de amigos frases como “está tão difícil encontrar alguém legal pra namorar”. Eles reclamam que hoje em dia não se pode levar ninguém a sério, já que todo mundo que está solteiro, eles dizem, fala ao mesmo tempo com duas, quatro, seis pessoas ao mesmo tempo. Só que os mesmos que dizem isso também estão de papo com suas cinco ou seis pessoas, solteiros na pista, prontos pra qualquer negócio.

Essas, me parecem, são as características mais marcantes da geração que está solteira em tempos de Tinder, Whatsapp e Facebook Messenger. A oferta é muito grande; a possibilidade de conversas paralelas, infinita.

Refletir sobre esse assunto me levou a um texto bastante interessante, publicado na revista americana Vice e replicado, no Brasil, pela Folha de S. Paulo, cuja leitura recomendo. Em “Por que o Facebook sugere que você adicione os matches do Tinder?”, a autora disserta acerca desse cardápio humano que é o aplicativo de relacionamentos Tinder, e comenta, como o título já indica, sobre como o Face anda sugerindo “amizades” com pessoas com as quais você tenha tido matches – mesmo aquelas mais chatinhas, ou ainda aquelas com as quais você teve um encontro e percebeu que eram completamente diferentes pessoalmente em relação às fotos.

A mim, chamam atenção nesse tópico pelo menos dois fatores. 1) O quanto um website como o Facebook sabe sobre nossa vida. E 2) como é marcante esse sentimento de insatisfação sentimental da geração Tinder/Whats, pelo excesso de ofertas.

Quem quiser ler o texto da Vice na íntegra, pode conferir no link http://bit.ly/1LooWGv 

Daniel Felipe

8
out

Quero largar tudo! Será mesmo?

Tenho uma confissão a fazer: já quis ser uma nômade digital. Em meu favor, posso dizer que quase todo mundo da minha geração já deve ter pensado nisso. É muito tentadora a opção de chutar o balde, trabalhar de qualquer lugar do mundo, nas horas em que quiser, sem precisar pagar aluguel, conhecendo novas culturas e saindo da mesmice. É claro que a internet ajuda nisso, pois realmente existem trabalhos que podem ser plenamente exercidos remotamente e ser redatora é um deles. Acontece que há um lado dessa vida pelo mundo que é pouco mostrado por quem adere ao movimento e, no entanto, é crucial: enquanto esse pessoal está hawaiiviajando, também precisa trabalhar! É meio óbvio, mas parece que a gente se esquece quando pensa na maravilha que seria trabalhar em uma praia no Havaí. Bem, você está lá, no seu escritório na praia e, claro, seus prazos não deixam de existir – não importa em que lugar do mundo você esteja. Então, a parte da responsabilidade vai existir em qualquer lugar, afinal, você ainda precisa se sustentar. E isso muda tudo, porque boa parte da sua viagem deixa de ser lazer.

Recentemente vi na internet a história de um casal que largou trabalho para conhecer o mundo e trabalhar com o que encontrasse pelo caminho. O blog deles tinha fotos maravilhosas dos lugares mais incríveis, só que, já na provável reta final da viagem, eles contaram que enquanto não estavam fazendo as fotos estavam trabalhando duro, limpando banheiros, plantando e colhendo em lavouras, se alimentando de biscoitos, às vezes sem ter nem como tomar banho. Claro, estavam conhecendo o mundo, mas a que preço?! Será que vale sempre à pena?

Não estou aqui para condenar quem escolhe viver viajando, só quero dizer que muitas vezes a gente só pensa no lado bom das nossas escolhas. A Fernanda Neute, blogueira do felizdavida.com, depois de dois anos acabou de declarar o fim da sua era nômade digital. Disse que pesou o cansaço, a falta de tempo para cuidar da saúde, as dificuldades em precisar se adaptar sempre a um lugar novo, desde a cama até as amizades. Claro que ela teve experiências incríveis, mas apontou o lado difícil que poucos levam em conta ao chutar o balde. Ela também disse que quase todos seus amigos nômades estão deixando a vida de viajar e trabalhar ao mesmo tempo para se estabelecer nas cidades em que mais gostaram de viver. 

O que eu tiro de tudo isso é que viajar é incrível e que, sim, cada vez que eu puder pegar minha mala e sair pelo mundo eu irei e encorajo a todos que façam o mesmo. Mas não devemos acreditar que vai ser tudo fácil e lindo. A grama do vizinho sempre parece mais verde, mas às vezes é só Photoshop.

Luciana Penante

2
out

Folgas, participação nos lucros e cursos: a gestão de pessoas no século XXI

gestao

Uma recente pesquisa feita pela multinacional holandesa de recursos humanos “Randstad” apontou o Brasil em oitavo lugar no ranking de países com funcionários mais satisfeitos: segundo o levantamento, 75% dos trabalhadores brasileiros estão felizes em seus empregos. Mas, partindo da máxima de que funcionários felizes trabalham melhor e produzem mais, como tornar uma equipe satisfeita? Incentivos que vão além da contrapartida financeira fazem parte da resposta.

Outra pesquisa recente, realizada pela revista Exame PME (Pequenas e Médias Empresas), em parceria com a Deloitte, trouxe outro dado interessante: as pequenas e médias empresas que mais crescem no País tentam unir desempenho e qualidade de vida. Para isso, oferecem incentivos como bonificações por resultados em grupo.

Um estudo de caso

A Talk Assessoria de Comunicação se enquadra na categoria de pequena empresa e também adota o modelo de premiação financeira por resultados à equipe, mas acredita que se deve ir além: é preciso valorizar as pessoas, pois não é só o dinheiro que importa. Claro, incentivos como participação nos lucros são importantes. Mas há outros benefícios que agregam qualidade de vida ao colaborador.

Entre os incentivos adotados pela empresa está o estímulo à formação. Nós oferecemos aos funcionários a possibilidade de participar de cursos relacionados à profissão custeados parcial ou integralmente pela empresa. Eu, atualmente, estou fazendo um curso de inglês. Outro benefício adotado pela empresa é a folga na sexta-feira à tarde. Há uma escala de folgas para os funcionários em forma de rodízio – toda sexta alguém tem a tarde livre para fazer o que quiser, desde ir a uma consulta médica até ao cinema. Consideramos importante proporcionar bem-estar à equipe. Aqui, essa medida tem contribuído, inclusive, com o índice zero de faltas ao trabalho.

Aline Cambuy