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14
dez

Projeto Escola Pública‏

Esta semana recebi um email informando sobre um projeto de Lei do Senado, de n.° 480, que determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014. Confesso que achei o máximo este projeto do Senador Cristovam Buarque, uma vez que acredito que o resultado seria muito positivo para a educação brasileira.

É só imaginar o cenário. Quando os políticos se virem obrigados a colocar os filhos na escola pública duvido que vão deixar de investir na qualidade do ensino público como vem ocorrendo e, consequentemente,  a qualidade da educação brasileira irá melhorar. Conversando sobre este assunto, tive o desprazer de discutir com alguns amigos que acharam um absurdo a proposta.

Ora, talvez quando eu for muito rica e tiver apenas um filho para que eu possa pagar todo o ensino para ele e não me importar com o próximo eu realmente ache este tipo de proposta um erro. Mas, enquanto eu  verificar que no Brasil os menos abastados não têm vez e dependem de um sistema cada vez mais corrupto que não investe na qualidade do ensino por não querer formar seres pensantes e críticos, vou lutar para que haja melhorias a serem feitas. Nem que seja apenas colocando pressão para que este projeto seja aceito.

Nada contra quem tem condições de pagar saúde, escola e outras coisas. Só acho que quando nossos representantes tiverem que usar o serviço que oferecem (educação, saúde, pagamento de impostos – que deveriam pagar, mas sabemos que muitos só reembolsam-  etc) o Brasil iria se tornar um país digno para todos.
Thalita Guimarães        

10
nov

Discurso invertido

Voltei das férias. Descansar é sempre bom. O que me entristeceu com minha chegada foi a notícia de que nossos queridos representantes eleitos já estão pensando em criar novos impostos (como a volta da CPMF) sem ao menos discutir uma reforma tributária. Dizem que este imposto em especial, que seria chamado de Contribuição Social da Saúde, a já famosa CSS, é para ajudar a Saúde Pública do Brasil.

Será? Tenho a impressão de que não seria necessária a criação de mais impostos, visto que pagamos muito já (cerca de R$ 1 trilhão desde o início do ano até o momento). O que se precisa é desviar menos. Sim, porque sinto muito, muito mesmo em dizer que não acredito em políticos honestos (podem até existir, mas são poucos, raros e desconheço todos).

Também é de conhecimento geral que quem paga mais impostos no Brasil é a classe média. Isto quer dizer que, com a eleição de Dilma e estas propostas que estão vindo (que não são as mesmas utilizadas na campanha) sobre a tributação brasileira, não preciso nem dizer quem vai sair perdendo mais uma vez.

Que fique claro que Não sou Dilma ou Serra. Na verdade não votei nesta última eleição. O que sou contra é aumentar impostos para enriquecer ainda mais a corrupção no Brasil.

Thalita Guimarães 

13
ago

Fazer-se entender e ter um dicionário sempre por perto

Capa da Revista Veja desta semana é sobre falar e escrever bem.  A revista fez uma análise do primeiro debate dos candidatos à Presidência da República exibido pela rede de televisão Bandeirantes. Veja defende que os pleiteantes a cargos públicos deveriam falar, no mínimo, corretamente para conseguirem ser bem entendidos. Aquilo que nós, assessores de imprensa, temos como premissa básica e oferecemos todo dia para os nossos clientes. A matéria mostra as diferenças, o que é aceitável ou não no Português falado e no escrito. Segundo a apuração da revista Dilma levou a pior, não pontua as frases quando fala, perdendo o sentido das mensagens. Serra comete erros, mas tem treinamento em oratória e, por isso, consegue transmitir seu recado. Marina, apesar de erros graves, atinge o telespectador porque fala de forma simples e direta.
Além da análise da fala desarticulada dos candidatos a matéria mostra como utilizar a língua corretamente pode ser benéfico principalmente para a vida profissional. Apresenta alguns dicionários e versões reeditadas como o ótimo Dicionário Analógico da Língua Portuguesa do autor Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Comprei já faz uns meses , aconselhada por Chico Buarque (é dele o prefácio da nova versão) e adorei.
Desde criança tenho uma mania por dicionários. Naquela época era uma atração pelo glamour de saber novas palavras, a sedução de uma fala à la Odorico Paraguaçú, que Veja traz como o mais famoso representante na dramaturgia do discurso empolado e errado. Já hoje, pela consciência de que saber palavras difíceis é preciso, mas com o intuito contrário: de simplificar e, assim, ser bem entendida.

Cristiane Tada

8
jul

A falta de informações sobre as propostas dos candidatos

Faltam menos de 3 meses para as eleições e eu pergunto: você já sabe em quem vai votar? Pois é, há algumas semanas o dever de procurar propostas dos presidenciáveis me fez gastar muito tempo na internet e, frustrada, conclui pela segunda vez que estas informações são meros detalhes para os candidatos dentro do processo eleitoral.
A primeira vez que passei, por isso, ainda na faculdade, fui incumbida da pesquisa dos planos de governo para matéria do Jornal Laboratório. Sem sucesso enviei email para os principais candidatos pedindo informações e recebi sinceros retornos eletrônicos com o texto: Obrigada pela sua colaboração. Iremos analisar sua sugestão com atenção. O candidato Fulano agradece!
Na última segunda-feira foi o prazo final para entrega dos planos de governos e o que se viu foi falta de esclarecimento. Ainda sem acesso aos textos tudo que vi divulgado hoje foram genéricos tópicos que não pude avaliar.
Os planos de governo são as intenções dos candidatos e as promessas que se propõe a cumprir como governantes. Como poderemos escolher sem saber?
Os candidatos ao Senado, então, parecem ainda pior. Aliás, quem sabe exatamente quais ideias defendeu o Senador que elegeu na última eleição?

Cristiane Tada