Arquivo mensais:abril 2014

30
abr

Boa Noite

Passamos um terço da nossa vida dormindo, mas estamos dormindo muito menos do que dormíamos há 20 anos. Quanto menos dormimos, mais propensos estamos a engordar. Se exagerarmos, podemos começar a ter alucinações e até morrer.

Atualmente, dormir mal já virou normal no cotidiano da sociedade moderna e está piorando. De acordo com pesquisa do Instituto do Sono de São Paulo, os brasileiros dormem 1h30 a menos do que há 20 anos. São, em média, 6h30 por noite. Isso é muito menos do que gostaríamos de dormir ou deveríamos, 8h10. Além disso, 63% da população têm problemas para dormir.

Dormimos por três razões: economizar energia, fazer a manutenção do nosso corpo e consolidar a memória. Enquanto dormimos não nos movemos, ficamos tranquilos, relaxados. Por isso, nosso corpo consome menos energia. Quando dormimos mal temos que consumir um número maior de calorias, pois gastamos mais energia. Segundo estudo da Universidade Nortwestern dos Estados Unidos, quem dorme pouco ou mal tende a ingerir quase 250 calorias a mais por dia.

Dormir mal também afeta a memória, pois, quando dormimos, também eliminamos memória. O corpo libera ácido gama-aminobutírico, uma substância que apaga algumas das memórias obtidas durante o dia para liberar espaço para aprender coisas novas. Pessoas que não dormem o que precisam, em média 8 horas, podem ter problemas em guardar as memórias do dia-a-dia, lembrar-se de um compromisso, de um prazo ou de uma tarefa.

Ficar sem dormir pode ser tão prejudicial à saúde a ponto de causar danos irreversíveis, portanto, a longo prazo, dormir menos que o necessário pode encurtar o tempo de vida, e ficar muitos dias sem dormir pode até matar.

Na década de 80, cientistas da Universidade de Chicago comprovaram que não dormir mata, fazendo experimentos em ratos. Eles ficaram duas semanas sem dormir e, então, morreram. Apareceram manchas e feridas que não curavam até que, simplesmente, apagavam de vez.

Enfim, para ter um tempo maior de vida, ajudar o seu corpo a manter o metabolismo da mesma forma e sua memória intacta, arrume um tempo e lembre-se de dormir.

Gustavo Scaldaferri

22
abr

A TV continua sendo preferida nos lares brasileiros

tv-pilotOs meios de comunicação passam por uma espécie de transformação no Brasil. Pode se dizer que a cada década o comportamento dos brasileiros em relação às mídias muda de alguma forma. Mas, mesmo diante do crescimento de usuários de internet no país, a TV continua sendo o veículo de comunicação mais utilizado entre a população. Foi o que constatou a primeira edição da Pesquisa Brasileira de mídia, realizada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Na pesquisa cerca de 97% dos entrevistados afirmaram assistir à TV com frequência.

Logo depois da telinha, aparecem o rádio, com 61% de audiência, e a internet, com 47%. O jornal e a revista, como já havia sido constatado em outros estudos, ficam bem abaixo com apenas 25% e 15% dos entrevistados, respectivamente, afirmando que têm o habito de ler os periódicos.

Ainda segundo o estudo, o padrão se confirma quando os entrevistados foram questionados sobre qual meio de comunicação preferido. A TV aparece em primeiro lugar com 76,4%, seguido da internet (13,1%), do rádio (7,9%), dos jornais impressos (1,5%) e das revistas (0,3%). Isso demonstra que, apesar da facilidade de utilizar as plataformas móveis, o brasileiro continua tendo a TV como principal meio de comunicação.

Porém, a pesquisa também apresenta uma mudança de comportamento entre os mais jovens. Na faixa entre os 16 e 25 anos de idade, a preferência pela TV cai 70%, enquanto que a internet sobe 25%, ficando o rádio com 4% da preferência e os demais veículos com pontos abaixo de zero. Seguindo a tendência de outros países, os meios digitais devem ganhar ainda mais espaço na rotina dos brasileiros.

A pesquisa é bem interessante e vale a pena conferir outros itens. Para veririfcar na íntegra, acesse: http://pt.slideshare.net/BlogDoPlanalto/pesquisa-brasileira-de-mdia-2014?ref=http%3A%2F%2Fblog.planalto.gov.br%2F

Luanda Fernandes

11
abr

Novidades

Bom, vou aproveitar este meu primeiro post para me apresentar. Sou a mais nova integrante da equipe Talk. Meu nome é Aldy Coelho, sou jornalista (e atriz nas horas vagas) do interior de São Paulo e cheguei recentemente em Curitiba em busca de novidades. Na verdade, coisas novas são o que me move, me fazem sair da entediante rotina, me põem em contato com a diversidade, e me mostram diariamente que não vim para este mundo a passeio.

Não sei se todas as pessoas pensam desta forma, conheço gente que não sai da rotina de jeito nenhum. Já eu, pago pra não entrar nela. Sou daquelas que gostam de experimentar comidas exóticas (com ressalvas, claro!), de mudar radicalmente o corte de cabelo, de mudar de gosto musical, de sair sem destino só para ter o prazer de descobrir lugares e pessoas diferentes.

Por esta e muitas razões (que deixariam este post longo demais) saí da pequena cidade de Taubaté e vim para Curitiba experimentar o novo. Mas como disse um amigo, sem antes fazer uma escala em Dublin, na Irlanda, onde passei dez meses e retornei em janeiro deste ano.
Agora, pensando num futuro próximo, quero ainda mais desbravar esta capital, mergulhar neste trabalho de comunicação que eu adoro, me especializar ainda mais neste campo, construir uma base sólida, porque mesmo com o espírito aventureiro, pretendo um dia criar raiz.

Quero desde já agradecer a Karin que me abriu as portas, e espero poder compartilhar com vocês, leitores deste blog, o que de novo e interessante eu já vi e descobri, seja aqui ou pelas minhas andanças.

E, para fechar minha apresentação, segue um texto dela, que eu adoro, Clarice Lispector, sobre o novo.

MUDANÇA

Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.

Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama… Depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv, compre outros jornais… leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida.
Tente.
Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado… outra marca de sabonete, outro creme dental…
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude. Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena !!!

Beijo!

Aldy Coelho

1
abr

Perda

evento-escola-joao-paulo-ii-993Em abril de 2012 escrevi o texto abaixo aqui para o blog da Talk. Hoje, às 16h, no Cemitério Água Verde, será o enterro do Professor Belmiro. Eu e, imagino, um grupo enorme de pessoas perdemos nosso principal espelho. E chove em Curitiba, sem parar, desde domingo.

Feliz aniversário

Hoje, dia 26 de abril, é o aniversário de 70 anos de uma das poucas pessoas que admiro sem absolutamente nenhuma ressalva. Tive a sorte de ter sido aluna e orientanda do Professor Belmiro Valverde Jobim Castor no final da década de 90, e com ele aprendi muito mais do que conceitos de Administração.

Neste ano, a amiga Michelle Thomé nos trouxe de volta este precioso convívio com o Professor. E passamos a divulgar para a imprensa o projeto belíssimo que ele toca no Centro de Educação João Paulo II, que atende mais de 200 crianças e adolescentes carentes de Piraquara. Centro que faz hoje, também, aniversário de dois anos, e tem um padrão de ensino igual dos países desenvolvidos, com uma jornada escolar diária de mais de oito horas. Se você ainda não conhece a escola, vale a pena dar uma olhada no site www.joaopaulosegundo.org.br

Ficamos, eu e toda a equipe aqui da Talk, orgulhosas em fazer parte deste projeto. E reflito: quem dera todos os PhDs, vice-presidentes de grandes empresas ou secretários de governo tivessem o perfil do Professor Belmiro. Quem dera todos nós tivéssemos um pedaço deste senso de coletividade que ele tem, e que conseguíssemos aplicar na prática o pouco conhecimento (se comparado com o vastíssimo conhecimento do Professor Belmiro) que vamos adquirindo com o passar do tempo.

Parabéns, Professor! E que privilégio ter você como espelho!

Beijos,

Karin Villatore

1
abr

Choque de realidade

dc3a9bora-2Eu admito: às vezes, reclamo da vida. Muito mais do que eu deveria, é claro, como muitos de nós. Mas hoje tive um choque de realidade. Na verdade, mais um. Mas por que esquecemos tão rápido dos choques de realidade? Porque não os registramos. – Alguns respondem- Porque a vida segue! Porque as coisas têm que continuar! – Mas continuar não quer dizer não mudar, não é?! Então, por que não seguir a vida, mas com uma mudança de atitude? Por que não melhorar?

Hoje passei minha manhã e minha tarde inteiras na raia olímpica da USP fazendo a cobertura da primeira etapa da Copa do Brasil de Paracanoagem. 50 paratletas no mesmo local, 50 histórias de superação, de esperança, de fé. Não só a fé religiosa mas, principalmente, a fé em si próprio, que cada uma daquelas pessoas me mostrava quando passavam por mim em suas próteses, cadeiras de rodas e sorriso no rosto.

Me emocionavam também as famílias, os treinadores, os amigos. Os atletas não estavam lá sozinhos, eles estavam cercados de gente que os amavam e os apoiavam, vibravam e incentivavam. Eu vi rivais nas provas se encontrando na chegada, dizendo parabéns uns para os outros, abraçando-se e se divertindo.

Eu vi a Débora, com má formação nos pés, que se movia sentada no chão e não parava de sorrir. Ajudava seu companheiro a entrar no caiaque. Ela havia acabado de vencer uma prova e, como comemoração, fez uma supermanobra levantando seu corpo sobre o barco e, depois, jogando-se na água. Vi a Maria, a primeira deficiente visual da paracanoagem. Remava sendo seguida por um guia. Quando perguntei a ela- Como você chegou até aqui? -, ela me disse- Não importa quem você seja ou o que você tenha, não há algo que você não possa fazer, você sempre acha algo em que se realizará, e eu achei aqui e vou abrir portas pra outras pessoas acharem também.

Não havia o que se dizer, só concordar e perceber o quão egoísta eu sou quando digo que tenho preguiça, quando acho que não sou capaz de algo, quando me sinto inseguro. Só percebemos isso quando tomamos um choque de realidade. Eu vi ex- dançarino, ex-modelo, ex-lutador. Na verdade, eu vi 50 lutadores, desses que não brigam, mas lutam, pelo esporte, por uma nova vida realizada. Eu registro aqui. Eu não quero me esquecer.

Gustavo Scadalferri