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7
abr

Dia 7 de abril, Dia do Jornalista

Dia-do-JornalistaCresci sonhando em ser jornalista. Claro que, como toda criança, em algum momento pensei em ser aeromoça ou até paquita, mas a vontade de ser jornalista foi a que perdurou na adolescência. Hoje sou uma profissional realizada. Tenho certeza de que fiz a escolha certa e sou feliz com o meu trabalho todos os dias.

O jornalismo me proporciona muitas realizações e aprendizados. Circulo por setores bastante distintos e aprendo mais um pouquinho com cada um deles. Um dia meu irmão caçula me perguntou: “Você entende mesmo sobre tudo que escreve?”. Ele me contou que colocou meu nome no Google e encontrou matérias sobre gastronomia, saúde, transporte, gestão de pessoas, arte, moda, cultura, etc. Dei muita risada com a dúvida dele, mas em seguida expliquei que não sei um pouco sobre tudo, mas que o desafio está em buscar respostas e informações para tentar entender e depois escrever em uma linguagem em que o leitor entenda também. E isso é muito instigante.

Outra alegria como comunicadora é o relacionamento com as pessoas. Sou apaixonada por isso. Adoro conhecer gente e ouvir boas histórias. Aliás, são as boas histórias que costumam render as melhores matérias.

Neste dia 7 de abril, parabenizo a todos os colegas jornalistas.

Beijos,

Aline Cambuy

5
dez

Fátima Bernardes deixa o JN

Na semana passada a jornalista e âncora do maior telejornal do Brasil, o Jornal Nacional, Fátima Bernardes, anunciou sua saída do programa, que apresentava com seu marido William Bonner. A dupla já estava no ar há quase 14 anos.

A apresentadora deixará o cargo para assumir o seu próprio programa na emissora, que entrará no ar em 2012 e é mantido sob sigilo. Quem irá ocupar o seu lugar é a jornalista Patrícia Poeta, que começará na bancada amanhã (06/12). Patrícia terá que dar uma mudada no visual para apresentar o programa, que inclui um corte de cabelo bem diferente do usado atualmente. Quem entra no Fantástico definitivamente é a jornalista Renata Ceribelli.

Como jornalista, tenho lá as minhas dúvidas a respeito do sucesso da troca. Não que eu não acredite na Fátima Bernardes, pelo contrário, pois ela tem uma carreira sólida e já mostrou profissionalismo e competência ao longo de todos estes anos no JN. O que mais me deixa em dúvida é se a Patrícia Poeta tem perfil para apresentar o telejornal.

O figurino de Patrícia, segundo a figurinista Regina Martelli, irá mudar. A jornalista não usará o blazer formal, que não combina com ela e nem está na moda mais, mas também não poderá usar as roupas que usava para apresentar o Fantástico.

Bom, tenho lá as minhas dúvidas com relação ao troca-troca na Globo, mas mesmo assim, sucesso a todas elas na nova carreira. Só não posso deixar de admitir que sentirei falta da Fátima Bernardes na bancada do JN.

Fabíola Cottet

21
out

Ainda não é o fim do jornal impresso

Apesar de muitos optarem pela internet no momento de buscar informações sobre as notícias diárias, os jornais continuam a ser o principal canal de comunicação. Foi o que apontou uma pesquisa da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias. O estudo mostrou que o veículo impresso alcança 20% mais pessoas que a internet em todo o mundo.

É fato que os jornais diários registraram quedas de circulação nos últimos anos, como comprovou a pesquisa – desde 2009 os impressos perderam cerca de 2% do mercado. Porém, mesmo com esse índice, os jornais são lidos por 2,3 bilhões de pessoas, sendo que a internet alcançou a marca de 1,9 bilhão de leitores.

A pesquisa foi realizada em 69 países, que correspondem a 90% do mercado mundial de jornais. O estudo apontou que os padrões de consumo de mídia variam muito no mundo. Os dados mostraram ainda que, enquanto a circulação de impressos aumentou na Ásia (7%) e na América Latina (2%), os índices diminuíram na Europa (2,5%) e nos Estados Unidos (11%). A principal queda foi registrada em diários gratuitos, que passaram de 34 milhões, em 2008, para 24 milhões, em 2010.

A Islândia é o país onde os jornais têm maior alcance, de acordo com o estudo, chegando a 96% da população. Em seguida aparecem o Japão, com 92%; Noruega, Suécia e Suiça, com 82%; Finlândia e Hong Kong, com 80%. Em uma média global, os jornais atraem 8% do tempo dedicado pelas pessoas ao meios de comunicação em geral mas, mesmo assim, comportam 20% de toda a receita obtida pelas mídias de informação.

Isso reflete o comportamento do leitor que continua fiel à mídia imprensa. Acho que ainda podemos ter esperança para o futuro dos jornais, diferentemente da expectativa de muitos, que dizem que o veículo irá acabar com o advento das novas tecnologias.

Luanda Fernandes

19
set

Limpeza no Congresso

Hoje uma notícia chamou a minha atenção: foi a ação da ONG Rio de Paz, que colocou 594 vassouras, em plena Praia de Copacabana, em protesto contra a corrupção no Congresso Nacional. O número de vassouras corresponde a quantidade de deputados e senadores no país. A ação simbólica pede uma limpeza na corrupção.  Acho que vale a pena compartilhar a iniciativa:

ONG finca 594 vassouras em Copacabana e pede que Congresso limpe a corrupção

Vassouras são uma referência ao número de deputados federais e senadores do País

Voluntários da organização não governamental (ONG) Rio de Paz fincaram, na madrugada desta segunda-feira (19), 594 vassouras pintadas de verde e amarelo nas areias da Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. O ato representa um protesto contra a corrupção no país. O grupo também estendeu uma faixa com a inscrição “Congresso Nacional, Ajude a Varrer a Corrupção do Brasil”.

Segundo o líder do movimento, Antonio Carlos Costa, a ideia é conscientizar a população para cobrar mais transparência na utilização do dinheiro público, já que os desvios desses recursos são responsáveis pela morte de muitos brasileiros. Ele explicou que as vassouras são uma referência aos 513 deputados federais e 81 senadores, que integram o Congresso Nacional.

“Nós precisamos inaugurar uma nova fase no nosso país, marcada por um controle social maior das ações do Legislativo e do Executivo, porque hoje esse controle está sendo mediado apenas pelos partidos políticos, que se reúnem e tomam suas decisões, enquanto o povo observa de braços cruzados. É um movimento pacífico para mobilizar a população até vermos essa quantidade absurda de dinheiro [arrecadada pelos cofres públicos] ser canalizada para as obras de infraestrutura, escolas, assistência médica, entre outros”, afirmou.

Costa também informou que uma nova manifestação está marcada para esta terça-feira(20). O grupo vai fixar em Copacabana e no Aterro do Flamengo, também na zona sul da cidade, cartazes com a foto de uma bala de revólver e a inscrição “Corrupção Mata”.

Da Gazeta do Povo  

Luanda Fernandes

22
jul

Escândalo de Murdoch

Nestas últimas semanas nos deparamos com o escândalo dos grampos no tablóide de Murdoch, no Reino Unido. O multimilionário e executivo chefe da News Corporation está sendo acusado de ser responsável por cerca de 4 mil escutas ilegais que o grupo do News of the World fez. Escutas estas feitas com pessoas do cenário político, esportistas e atores, atitude que fez com que o tablóide mais vendido do Reino Unido fechasse.

E se isso acontecesse aqui no Brasil, o que seria feito? Qual seria a repercussão?  Em primeiro lugar, vale lembrar quem perde é a comunicação e o bom jornalismo, pois acabam ficando desacreditados junto à população. Quem nos garante que isso não acontece, de fato, no Brasil? Já tivemos vários casos de escutas ilegais também por aqui.

Com o acontecido, outro debate que voltou ao foco foi a regulamentação da mídia e o poder ilimitado desses conglomerados de comunicação.  Esse episódio fornece fatos suficientes para sustentar a tese dos defensores da premissa de que as práticas do jornalismo devem ser revistas, assim como a discussão dos oligopólios midiáticos e do controle da informação por eles. Os especialistas na questão dizem que a regulação da mídia no Brasil é inadiável, mas isso só não acontece porque as grandes empresas do setor não têm o menos interesse.

Voltando ao caso, todas as escutas são ilegais e as investigações da Scotland Yard? já apontaram vários envolvidos do grupo. Murdoch disse em audiência que a culpa é da sua equipe, em quem confiou, e chamou a atitude de fiasco. O objetivo do tablóide com as escutas era conseguir notícias exclusivas antes dos outros veículos. Se a moda pega aqui no Brasil, políticos e outras pessoas influentes terão muito o que explicar.

Fabíola Cottet

2
mai

Desrespeito à imprensa

Aqui no Paraná a fama de louco do Requião já é normal. Por isso ainda fico abismada quando o “político” – que para mim de político não tem nada – ganha eleição para alguma coisa, como ocorreu agora quando disputou um cargo para o Senado. Ideologias políticas à parte, esta semana mais um ataque contra a imprensa foi cometido por este que foi eleito para nos representar.

O parlamentar, não gostando de uma pergunta feita pelo jornalista Victor Boyadjian sobre a aposentadoria que recebe desde que deixou o governo do Paraná, tirou o gravador das mãos do jornalista e ainda o ameaçou. “Já pensou em apanhar, rapaz?”, disse Requião, em frente a um grupo de repórteres, antes de ir embora com o aparelho. Victor Boyadjian seguiu o parlamentar pelos corredores do Senado, insistindo para que Roberto Requião lhe devolvesse o equipamento, sem sucesso. O político só devolveu o aparelho depois de apagar o conteúdo.

Mais tarde, Requião teve a coragem de afirmar que teria tomado o gravador numa atitude de censura ao repórter. Ele informou que é preciso acabar com o abuso, com o bullying público que todos sofrem pelo simples fato de ganhar uma eleição e assumir um mandato.

Tudo bem que bullying está na moda. Só se fala disso nos últimos tempos, mas ter a cara de pau de inventar uma justificativa para censurar uma resposta que todos têm o direito de ouvir foi demais para mim. Aliás, não só como jornalista, mas como cidadã livre de um país democrático, abomino qualquer tipo de censura. Não é a primeira vez que este parlamentar ataca um jornalista. Além disso, no fim do ano passamos nos deparamos com uma proposta do governo, batizada de Lei Geral da Comunicação Social que, para sermos francos, representaria uma censura a rádios e TVs muito duvidosa.

Temos que lembrar que a liberdade de imprensa é uma conquista da democracia brasileira e não podemos deixar ações como esta acontecerem. Que a população possa refletir melhor sobre o assunto e pensar nisso quando for escolher seus representantes nas próximas eleições.

Thalita Guimarães         

25
abr

Notícias de Nova Iorque – Parte 5

Na quinta-feira o ítalo-americano Joseph Lepore não negou ter sangue latino nas veias. Pescoço vermelho, pés batendo o tempo todo, nervosismo aparente, foi um bombardeio de contradições em seu depoimento.  Uma boa parte do que a máquina-monstro Paladino falou foi desdito por Lepore. Na pequena sala, mudaram a disposição da mesa para eu não poder encarar o réu tão de frente. Por conta da matéria do The New York Times, vários jornalistas norte-americanos apareceram no segundo dia. A Assessora de Imprensa dos pilotos também apareceu.

Com L epore e o fracasso de seu depoimento o dia foi menos angustiante. Pareceu que as verdades foram um pouco reveladas.
No entra-e-sai dos intervalos da audiência, acabei virando amiga do filho da Dona Maria das Graças, segurança da entrada da Corte Federal. Ganhei até um número fixo para guardar meu celular. Era 57. E nas últimas vezes já não pediram mais para eu abrir a bolsa para conferir se o metal provinha do meu porta-cartões. No hotel sabiam o meu nome. E várias pessoas que passaram em frente à Corte e perguntaram o que estávamos manifestando por meio das faixas disseram “que a justiça seja feita para vocês; os pilotos merecem ser presos”. Enfim, em nenhum lugar todo mundo é ruim ou bom.

Aprendi muito com essa viagem. Eu, mais do que nunca, hoje me considero uma amiga de vítima. Agora esperamos a sentença. Deve ser definida no início de maio. Se puder, torça por nós. 

 Karin Villatore

14
mar

O sotaque da discórdia

Sempre ouvi durante a faculdade sobre a exigência das emissoras de televisão para que os apresentadores e repórteres não falassem com nenhum tipo de sotaque regional. Ouvi até mesmo da imposição da pronúncia igual à fala carioca ou paulista. Em casos excepcionais podiam destoar do padrão apenas alguns gênios como Paulo Francis ainda que não que seu modo peculiar não fosse um sotaque Porém com o aparecimento de matérias com jornalistas como Márcio Canuto da Rede Globo acredito que emissora decidiu aproveitar o carisma arretado  do profissional para ganhar a simpatia dos telespectadores. Mas com uma situação como essa que acontece nesta entrevista que rodou pela internet nos últimos dias acho que nem o jornalista nem a emissora contavam. 

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Cristiane Tada

9
mar

O que está acontecendo com o mundo?

Esta semana estava vendo o jornal Bom Dia Brasil quando o apresentandor Renato Machado perguntou o que estaria acontecendo para ter aumento nos índices de violência dentro das próprias casas dos brasileiros. Tendo como destaque o caso da menina Lavínia, assassinada pela amante do pai, a equipe do jornal procurou uma especialista para avaliar o x desta questão.

Fiquei espantada quando uma psicóloga afirmou que o problema está dentro de casa, em relação à educação e aos valores familiares, que muitas vezes parecem perdidos. Nos jornais atuais é noticiado diariamente pai que mata filho, filho que mata mãe, neto que bate na avó. Confesso que até mudo de canal. Mas hoje este fato me chamou atenção, pois diante do comentário da psicóloga, consegui fazer um link com uma história que presencio.

Faço Inglês com um adolescente muito mal educado. Nem preciso falar que ele leva para aula, no auge dos seus 14 anos, um ipad, iphone, tênis do estilo “quanto mais caro, melhor”, entre outros fatores que já me chamaram atenção por imaginar que tipo de educação os pais pretendem dar. Mas me surpreendi por um dia, quando chamado a atenção, este menino confessou para a teacher que nunca havia escutado um não.

E eu fiquei lá com aquela cara de: como assim? Depois as pessoas ficam surpresas com as barbaridades que acontecem. Alguém que nunca presenciou o limite, respeitou as regras ou soube dar valor aos pequenos atos, não pode mesmo ficar contente ao não ter aquilo que deseja. Por isso estamos também vendo tantas histórias horrorosas de crimes familiares. Isso sem mencionar os jovens homofóbicos e revoltados que vemos por aí.

Claro que nem todos são assim e também nem toda a educação do mundo basta quando alguém é desequilibrado mesmo. Mas que a educação familiar e a importância do certo e errado dentro de casa fazem diferença, ah, fazem sim! Não sou nenhuma santa, mas o medo misturado com respeito que eu tinha da minha mãe me ajudaram a ser uma pessoa adulta mais correta. Talvez esteja faltando mais pulso firme e menos complacente com os erros e pedidos sem sentido de presente dos filhos.

Thalita Guimarães