Arquivo mensais:agosto 2011

30
ago

Mulheres X Mercado Esportivo

Tamanha foi a minha surpresa quando quis comprar uma camiseta feminina do UFC e não achei para vender aqui no Brasil, nem no site oficial da competição. Meu espanto foi maior, ainda mais após o evento esportivo ter acontecido em terras tropicais.

Mas a falta de modelos femininos não atinge somente o mercado esportivo relacionado a lutas, que é tradicionalmente um universo masculino. Há tempo as mulheres vêm se interessando mais por futebol, política e esportes no geral. Estamos no século XXI, a imagem de que a mulher se interessa só por assuntos relacionados à casa e aos filhos já caiu por terra há muito tempo, creio eu.

Além de lutas, eu gosto bastante de futebol e tenho 4 camisas de times em casa, o que é um número considerável pra uma mulher. A única modelo feminina, de fato, que tenho é a da Seleção Brasileira, que foi comprada em época de Copa do Mundo. As outras, do Internacional de Porto Alegre, do Corinthians e do Milan, são infantis.

O mercado esportivo não está acompanhando o crescimento e o interesse do público feminino, e está perdendo feio com isso. E a reclamação não é só minha. Tenho amigas que reclamam da mesma coisa. É bem estranho ir a uma loja de esportes e comprar camiseta infantil, pois não tem feminina.

Fica a dica para o mercado esportivo, que movimenta uma grande quantia e atrai mais consumidoras todos os dias, produzam alguns modelos femininos. Hoje, temos mulheres em todos os esportes, como praticantes ou torcedoras, e é seguro afirmar que elas compram os produtos.

Fabíola Cottet

26
ago

O lado perigoso do Twitter e do Facebook

Recebemos aqui na Talk um link que mostra como uma atitude descuidada no Twitter, no Facebook ou no Orkut pode levar alguém a perder o emprego e até a ser deportado numa viagem internacional. Como comunicadores, estamos sempre atentos no funcionamento destas ferramentas.

Por isso, achamos interessante compartilhar, pois muitas vezes não nos damos conta da repercussão de que apenas uma única frase pode causar nestes meios. Vale a pena dar uma olhada:

http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/o-lado-perigoso-do-twitter-e-do-facebook
Thalita Guimarães

23
ago

Dia Nacional do Voluntário

No próximo sábado (28/08) é o Dia Nacional do Voluntariado e, sempre que ocorre esse tipo de data, assim como Natal, Páscoa etc., é natural ficar mais sensibilizada e solidária ao próximo. Então, fico refletindo no que posso fazer para melhorar, de alguma forma, a vida da minha comunidade. Porém, o problema é que sempre encontro algo mais importante para fazer. Sei que é condenável pensar desta forma, mas é bem isso que acontece. Acho que isso é uma coisa que muitos de nós temos: o que é de nosso interesse fica em primeiro lugar e o próximo posso deixar para segundo plano e, por isso, não damos um passo adiante para o voluntariado.

Infelizmente eu me sinto desta forma, um pouco alheia ao problema dos outros, pensando sempre no que vai melhorar minha vida e nunca imaginando que lá fora existem pessoas que precisam da minha ajuda. Percebi que essa aflição não é somente minha, pois esses dias estava conversando com uma amiga e ela se sente culpada  da mesma forma: nunca sobra o tempo desejável para fazer mais pelo próximo.

Essa é a justificativa que mais se encaixa para não ter comprometimento com ações voluntárias e isso não significa ser egoísta e só pensar em si mesmo, acho que é uma questão de motivação e consciência. A verdade é que se fizéssemos um esforço sobraria um tempinho para se dedicar a esse tipo de trabalho, afinal, o pouco que cada um faz é muito para quem precisa.

Pelo menos, algumas empresas e pessoas conseguem despender um pouco de sua dedicação para o próximo. Desde 2005 a Karin desenvolve um trabalho voluntário para a Associação de Amigos do Hospital de Clínicas, o que acabou envolvendo o restante da equipe e sensibilizando a todos. Essa relação faz pensar o quanto entidades como essas precisam do nosso auxílio, seja ele qual for.

A Associação

A Associação dos Amigos do HC, como é mais conhecida, é uma instituição sem fins lucrativos que foi fundada com o objetivo de auxiliar na manutenção do Hospital de Clínicas, atualmente único hospital no Paraná que atende somente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A entidade desenvolve um trabalho extraordinário, tudo é feito com auxílio dos voluntários que se dedicaram e conseguiram firmar os 25 anos de trabalho que a instituição completa no mês de setembro. Se você quiser saber mais sobre o trabalho da Associação ou, de repente, se animou em participar como voluntário, acesse o site www.amigosdohc.org.br

Luanda Fernandes

16
ago

Será o fim do estacionamento pago?

Hoje me deparo com a notícia de que os shoppings centers irão contestar a lei do estacionamento gratuito. O vereador Jair Cézar do PSDB sugeriu uma proposta na Câmara Municipal de Curitiba, que será votada hoje, para a primeira hora ser gratuita para clientes dos grandes estabelecimentos comerciais.

Mesmo ainda sem nem ter sido discutido, é óbvio que o projeto já encontra resistência das entidades e empresas que representam o setor que lucra com os estacionamentos. Segundo a proposta, a segunda hora de permanência só seria gratuita se o cliente comprovasse que realizou compras no shopping. Além disso, será votada também a emenda da vereadora Julieta Reis (DEM) que prevê isenção a quem gastar dez vezes o valor do estacionamento nas lojas. Por exemplo, se o estacionamento pago no shopping for um valor de R$ 5 e o consumidor tiver gasto R$ 50 ou mais, ele não paga estacionamento.

Bem, dificilmente alguém que vá de carro ao shopping gasta menos do que R$ 50 na ida. Um pai de família, por exemplo, que tem somente um filho e resolve levar a esposa e o filho para o cinema, no final de semana, vai gastar em torno deste valor com os ingressos, variando de um cinema para outro. Além disso, sempre tem o lanche consumido na praça de alimentação, além de alguma coisa comprada nas diversas lojas. Todo esse gasto justifica, perfeitamente, o estacionamento gratuito. Obviamente, a pessoa que for ao estabelecimento de carro apenas para passear teria a obrigação de pagar os R$ 5.

O que ocorre é que em alguns shoppings a cobrança se torna um pouco absurda. No mês passado fui a um shopping de Curitiba, onde eu tinha comprado ingressos para uma sessão de cinema que começava às 23 horas. Chegamos, eu e meu noivo, por volta de 20 horas no shopping, fiz compras, jantei, olhei vitrines e ainda fiquei esperando uma hora para a sessão começar. O filme terminou por volta de uma da madrugada. Quando fomos pagar o estacionamento me deparei com o valor absurdo de quase R$ 15. E sem flexibilidade, era aquele valor e ponto. Alguns shoppings acabam cobrando tarifas exageradas, o que torna os clientes insatisfeitos.

Vamos esperar por essa votação e ver o resultado, esperamos um preço justo para todos os frequentadores dos shoppings centers.

 Fabíola Cottet

12
ago

Ninguém é substituível

Recebi um email esses dias com o título: “Ninguém é insubstituível” e achei muito
interessante. Por se tratar de um texto sobre ambiente corporativos, resolvi
compartilhar, pois acho que vale para todas as áreas. Espero que gostem:

“Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um
ameaça: ninguém é insubstituível! A frase parece ecoar nas paredes da sala de
reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a
cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
alguma pergunta?

Tenho sim. E Beethoven?

Como? O encara o diretor confuso.

O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven? Silêncio…

O funcionário fala então: ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal, as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? Entre outros?

O rapaz fez uma pausa e continuou: todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, mostraram que são, sim, insubstituíveis.Que cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos fortes e não utilizar energia em reparar seus erros ou deficiências?

Nova pausa e prosseguiu: acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranoico. O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Divagando o assunto, o rapaz continuava: se um gerente ou coordenador, ainda está focado em ‘melhorar as fraquezas’ de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de técnico de futebol, que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor olhava para baixo pensativo. E voltou a dizer nesses termos: seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos, não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados. Apenas peças.

E nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões foi pra outras moradas. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: estamos todos muito tristes com a partida de nosso irmão Zacarias e hoje, para substituí-lo, chamamos ninguém. Pois nosso Zaca é insubstituível”.

Assim concluiu o rapaz e o silêncio foi total.

Thalita Guimarães

5
ago

Sempre o frio

Não existe coisa mais clichê que falar sobre o frio nesses dias de baixas temperaturas, principalmente para os curitibanos. Mas vamos ser sinceros, nós odiamos esse inverno rigoroso, porém, adoramos falar sobre ele. Esse é um fato constatado. Basta observar algumas mídias sociais. As mensagens sobre o frio rendem diversos comentários e vão desde os que adoram aos que odeiam.

Para falar a verdade gostamos de nos gabar do nosso frio, pois é só ouvir uma pessoa que mora mais ao norte do país dizer que está um gelo na cidade em que mora porque o termômetro está marcando uns 15° graus, que já soltamos uma risadinha sínica e tratamos de comentar sobre a temperatura que está fazendo ou fez aqui – que com certeza é muito mais baixa.

Acho que isso é uma personalidade nossa sulista e, quando falo isso, estou me referindo especificamente aos moradores de Curitiba, pois é incrível como esse assunto rende conversa. Por exemplo, é só ficar alguns minutos parado no ponto ônibus, logo chega alguém comentando algo do tipo: “nossa esse vento está de matar”, ou então, “não aguento mais esse frio”. Apesar de não admitirmos, esse é nosso assunto predileto e não importa o tipo do clima, faça chuva, sol ou frio. Acho que talvez seja uma maneira de interagirmos com desconhecidos. Afinal, além de tudo, ainda somos considerados um povo frio, o que particularmente discordo, pois como sorrir em dias como os de hoje? Os músculos do rosto praticamente não se mexem!

Porém, não para na questão de comentar ao acaso com um estranho. Os jornais também adoram o assunto. Basta gear em um canto qualquer do Estado que lá está uma equipe de jornalismo para fazer fotos e imagens, além de entrevistar aqueles que estão tendo que enfrentar a geada e, ainda, o repórter tem que provar que realmente é gelo pegando na mão, para ninguém desconfiar.

Mas tudo bem nós odiarmos o nosso frio e reclamarmos dele. Agora, se chega um paulistano ou carioca falando mal aí, sim, o bicho pega. Ninguém pode sair falando mal do clima alheio. Ora, isso é destinado exclusivamente ao morador e tem que ser com raízes de ao menos uns dez anos de residência. Só assim podemos abrir uma exceção.

Luanda Fernandes

2
ago

E a Copa do Mundo?

É o assunto do momento. Por onde você anda no Brasil, nos quatro cantos, do Oiapoque ao Chuí, fala-se da Copa do Mundo de 2014. Até aí tudo bem, supernormal. Não podemos deixar passar o grande evento que é o mundial, além do mais quando ele terá sede no nosso país. Mas e agora?

A presidenta Dilma Roussef disse recentemente em uma entrevista que o Brasil trabalha para fazer a melhor Copa do Mundo de todos os tempos. Pois é, eu realmente gostaria de saber onde e como isso está acontecendo. Vamos começar pelos aeroportos. Viajo muito a trabalho e sofro com atrasos e cancelamentos frequentes, dado mais que visível do esgotamento dos mesmos. Não há voos suficientes nem para suprir a necessidade do país, quem dirá em um evento como a Copa.

Outro ponto básico são os hotéis. Mesmo as grandes metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília sofrem demais com a falta de acomodações diárias. Durante o ano, tirando o período de férias, já é bem difícil conseguir um hotel para duas diárias quando surge uma viagem urgente nos arredores de Congonhas, por exemplo.

Estes são só dois dos problemas. Mas um evento como esse envolve muito mais. Vai desde restaurantes, hotéis, aeroportos e toda a parte de infraestrutura até legislação e segurança. Precisamos estar preparados para tudo, tanto para receber os turistas como para um possível ataque terrorista.

O Brasil tem muito que se preparar para a Copa do Mundo de 2014. Além disso, tem outra preocupação: o que faremos com toda a infraestrutura que deverá ser criada após o evento? Se soubermos aproveitar, teremos uma melhora grande em vários aspectos.

Só vou torcer bastante para que dê tudo certo, para que as obras não sejam superfaturadas e para que todas as construções não virem os conhecidos elefantes brancos depois.

Fabíola Cottet