Arquivo mensais:dezembro 2010

20
dez

Retrospectiva…

O ano acabou e mesmo com a Simone cantando “Então é Natal” insistentemente em todas as lojas em que eu entro está difícil de me situar na penúltima semana de 2010. Ano animado este. No melhor estilo retrospectiva vou lembrar o que no universo das notícias foi destaque neste final de 2010, em minha opinião.
A presidente eleita Dilma Rousseff foi diplomada nesta semana pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a promessa de defender a liberdade de imprensa e de culto. Com essa chamada qualquer desavisado poderia pensar que essa é uma eleição após ditadura recente. A promessa tem fundamento. A discussão sobre liberdade de imprensa foi assunto recorrente em 2010.  Dilma deverá decidir sobre o projeto de regulamentação da mídia proposto pelo Ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, o mesmo que já comentei aqui.
No mundo, a organização WikiLeaks causou furor com a divulgação de documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos, digamos, “sensíveis”. Tudo isso transformou o diretor e idealizador do site, Julian Assange, em celebridade e engrossou o debate a respeito de censura, poder, governo e meios de comunicação.
Aqui na agência tivemos um ano bom, clientes novos, retomada com alguns clientes antigos, ótimos resultados, trabalho reconhecido através dos prêmios ganhos do Sindicato dos Jornalistas do Paraná. Ficou um gostinho de que 2011 tem muito mais.
Então, bom Natal e um Ano Novo também! (plagiando a Simone). Que o ano novo seja movimentado, com muito trabalho e boas notícias para todos!

Cristiane Tada

14
dez

Projeto Escola Pública‏

Esta semana recebi um email informando sobre um projeto de Lei do Senado, de n.° 480, que determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014. Confesso que achei o máximo este projeto do Senador Cristovam Buarque, uma vez que acredito que o resultado seria muito positivo para a educação brasileira.

É só imaginar o cenário. Quando os políticos se virem obrigados a colocar os filhos na escola pública duvido que vão deixar de investir na qualidade do ensino público como vem ocorrendo e, consequentemente,  a qualidade da educação brasileira irá melhorar. Conversando sobre este assunto, tive o desprazer de discutir com alguns amigos que acharam um absurdo a proposta.

Ora, talvez quando eu for muito rica e tiver apenas um filho para que eu possa pagar todo o ensino para ele e não me importar com o próximo eu realmente ache este tipo de proposta um erro. Mas, enquanto eu  verificar que no Brasil os menos abastados não têm vez e dependem de um sistema cada vez mais corrupto que não investe na qualidade do ensino por não querer formar seres pensantes e críticos, vou lutar para que haja melhorias a serem feitas. Nem que seja apenas colocando pressão para que este projeto seja aceito.

Nada contra quem tem condições de pagar saúde, escola e outras coisas. Só acho que quando nossos representantes tiverem que usar o serviço que oferecem (educação, saúde, pagamento de impostos – que deveriam pagar, mas sabemos que muitos só reembolsam-  etc) o Brasil iria se tornar um país digno para todos.
Thalita Guimarães        

9
dez

Novos tempos

Em janeiro do ano que vem faço 20 anos de Jornalismo. Encontrei dias desses lá em casa, em meio a um monte de papelada, um documento assinado pelo Lobão, hoje colunista da Gazeta do Povo e naquela época um dos chefes da sucursal da Folha de Londrina, a cartinha registrando meu primeiro estágio. Tinha recém-feito 19 anos, estava cursando o terceiro ano de Jornalismo da PUC e queria mudar o mundo.

Aprendi a trabalhar com máquina de escrever, diagramador reclamando do fechamento atrasado, telex fazendo um barulho infernal na redação, todo mundo fumando o tempo todo, quase nenhuma fonte de pesquisa disponível além de um livro ou o jornal concorrente,  jornalistas boêmios e salários medonhos.

Quase tudo mudou. Se para melhor, realmente não sei.

Nestes 20 anos passei por jornais, emissoras de TV, revistas, comunicação interna e externa de empresas. Hoje tenho uma agência e sou professora universitária. Ainda tenho vontade de mudar o mundo, mas de um jeito diferente. Hoje eu me sinto responsável pelas pessoas que trabalham aqui na agência, pela formação dos meus alunos e pela consolidação e pelo zelo da imagens dos clientes da agência. Acredito que, por meio do meu trabalho, consigo criar algum impacto positivo neste grupo. O que já é bastante.
Quem sabe seja o jeito maduro de remodelar uma meta, né?

Karin Villatore

6
dez

E o Rio de Janeiro continua…

Eu vi cariocas comentando que o que aconteceu no Rio de Janeiro foi como o 11 de setembro deles. Bom, a TV noticiou como tal. Programação interrompida e transmissão das ações da polícia direto das comunidades. Realmente foi uma cobertura de guerra. Teve especialistas comentando a ação dos bandidos, o planejamento do governo. Repórteres nas ruas, cobertura passo-a-passo, do tiroteio até entrevistas sobre o dia-a-dia dos moradores. A população aderiu à causa. Estavam todos torcendo para a polícia expulsar os bandidos. Parecia uma versão estendida do Tropa de Elite ao vivo. Eu geralmente olho com muita desconfiança quando a TV faz da violência urbana um show. Desde quando há alguns anos passava uns dias em São Paulo com meus pais durantes os ataques do PCC a algumas agências bancárias. Eu via pela TV um caos que não passava pela janela do carro ou do apartamento em que estávamos. Na verdade eu tenho mesmo é medo dessa incitação à histeria coletiva.  Isso sempre me lembra a invasão marciana de Orson Welles, quando milhares de pessoas ouviram o radioteatro protagonizado pelo ator e diretor de cinema norte-americano e acreditaram realmente que estavam sendo invadidos. Não que eu acho que a luta contra os bandidos não aconteceu e acontece nas nossas grandes capitais. Mas parece um regozijo para as emissoras. E toda essa dramatização sempre conta um só lado da história. Essa foto estava sendo divulgada pelo Facebook. Achei uma metáfora interessante. O autor da foto é Urbano Erbiste, do Jornal do Brasil.

Cristiane Tada

2
dez

Como não fazer uma entrevista

Estava lendo o blog da Angel e me deparei com cenas ridículas que merecem ser vistas por outras pessoas. O motivo é simples: estar preparado para uma entrevista, principalmente quando é com alguém de tamanha repercussão internacional, é fundamental. Ter jogo de cintura também. Veja os vídeos abaixo e saiba do que estou falando.

Thalita Guimarães

* Marília Gabriela entrevistando Madonna:

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* E Glória Maria entrevistando o Freddie Mercury:

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