Arquivo da tag: Notícia

31
jan

Complexo Hidrelétrico de Belo Monte

Recebi um email nesta semana abordando a pressão política para autorizar a licença ambiental de um projeto que especialistas consideram um completo desastre ecológico: o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. Há anos a hidrelétrica de Belo Monte, hoje considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, vem sendo alvo de intensos debates na região, desde 2009, quando foi apresentado o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA), intensificando-se a partir de fevereiro de 2010, quando o Ministério do Meio Ambiente concedeu a licença ambiental prévia para a construção.

Segundo ambientalistas, a usina de Belo Monte irá cavar um buraco maior que o Canal do Panamá no coração da Amazônia, alagando uma área imensa de floresta e expulsando milhares de indígenas da região. Com tantas discussões em prol do meio ambiente, questiono como o governo brasileiro ainda tem a coragem de aprovar um projeto como este. Pelo jeito está faltando cuidado com um dos principais patrimônios do Brasil. Se não ficarmos atentos, projetos absurdos como estes vão sendo aprovados e vamos ficando à mercê das decisões que os nossos representantes eleitos, que tenham interesse ou não, tomam.

De acordo com o email que recebi, a mudança de Presidência do IBAMA poderá abrir caminho para a concessão da licença, ou, se nos manifestarmos urgentemente, poderá marcar uma virada nesta história. O texto que recebi pede para que seja assinada a petição de emergência parar este projeto, que será entregue em Brasília, para a Presidenta Dilma. Eu já fiz minha parte. Vamos lutar juntos pelo nosso país? Assine a petição:
https://secure.avaaz.org/po/pare_belo_monte/?vl
Thalita Guimarães      

25
jan

Quem cala consente

Existe uma área muita estudada da Comunicação Social chamada Gerenciamento de Crise em Comunicação. Ela só existe quando o problema se torna público. Enquanto só os executivos internos estiverem a par da situação, ela ainda não passou a fazer parte desta esfera.

Crise não é só demissão. Se sua empresa vai passar por um processo de fusão ou aquisição, se um funcionário teve um acidente grave no trabalho, se um fornecedor se envolveu em alguma falcatrua, sua imagem também poderá estar em xeque. Os analistas do Gerenciamento de Crise em Comunicação se esforçam ao máximo para que o trabalho se centre na prevenção. Mas normalmente eles só são acionados quando o pânico está em estado bem adiantado. E o que fazer numa hora dessas?

Em primeiro lugar, não fique em silêncio. Lembre sempre da máxima “quem cala consente”. Mas isso não quer dizer que você deva sair falando sem um preparo prévio e sem medir as palavras. Procure um profissional especializado com a máxima urgência e tenha certeza de que o tempo está correndo contra você. 

Karin Villatore

17
jan

Tragédia

Imagens da tragédia que aconteceu devido à chuvas intensas que caíram na Região Serrana do Rio de Janeiro nos últimos dias chocam quem assiste aos noticiários. Diante deste cenário a solidariedade (quem não se lembra das imagens de uma mulher resgatada por uma corda puxada por vizinhos?) e a vontade de ajudar afloram e devem ser levadas adiante.

Para ajudar, a Prefeitura de Curitiba lançou a campanha SOS Rio e a intenção é arrecadar água mineral, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal para os desabrigados pelas enchentes. Os donativos podem ser entregues em todas as regionais da Rua da Cidadania, na sede central da Prefeitura de Curitiba e na Fundação de Ação Social (FAS). Lotes de grande quantidade de donativos podem ser informados pelo telefone 156, para que a coleta seja providenciada.
Além disso, todos os postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná também estão recebendo donativos e vão encaminhar as doações para a PRF do Rio de Janeiro, que ficará responsável pela distribuição do material.

Quem quiser ajudar em Curitiba pode procurar:

• Hospital da Cruz Vermelha – Avenida Vicente Machado, 1310, Batel – (41) 3016-6622.
• Prefeitura de Curitiba – Avenida Cândido de Abreu, 817 – Centro Cívico
• Fundação de Ação Social – Rua Eduardo Sprada, 4.520 – Campo Comprido
• Ruas da Cidadania:
Regional Bairro Novo – Rua Tijucas do Sul, 1700 – Sítio Cercado
Regional Boa Vista – Avenida Paraná, 3600 – Boa Vista
Regional Boqueirão – Terminal do Carmo
Regional Cajuru – Rua Luiz França, 2032 – Cajuru
Regional CIC – Rua Manoel Valdomiro de Macedo, 2460 – CIC
Regional Matriz – Praça Rui Barbosa
Regional Pinheirinho – Rua Winston Churchill, 2033 – Pinheirinho
Regional Portão – Rua Carlos Klemtz, s/nº – Fazendinha
Regional Santa Felicidade – Via Vênete, s/nº – Santa Felicidade
Thalita Guimarães        

14
dez

Projeto Escola Pública‏

Esta semana recebi um email informando sobre um projeto de Lei do Senado, de n.° 480, que determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014. Confesso que achei o máximo este projeto do Senador Cristovam Buarque, uma vez que acredito que o resultado seria muito positivo para a educação brasileira.

É só imaginar o cenário. Quando os políticos se virem obrigados a colocar os filhos na escola pública duvido que vão deixar de investir na qualidade do ensino público como vem ocorrendo e, consequentemente,  a qualidade da educação brasileira irá melhorar. Conversando sobre este assunto, tive o desprazer de discutir com alguns amigos que acharam um absurdo a proposta.

Ora, talvez quando eu for muito rica e tiver apenas um filho para que eu possa pagar todo o ensino para ele e não me importar com o próximo eu realmente ache este tipo de proposta um erro. Mas, enquanto eu  verificar que no Brasil os menos abastados não têm vez e dependem de um sistema cada vez mais corrupto que não investe na qualidade do ensino por não querer formar seres pensantes e críticos, vou lutar para que haja melhorias a serem feitas. Nem que seja apenas colocando pressão para que este projeto seja aceito.

Nada contra quem tem condições de pagar saúde, escola e outras coisas. Só acho que quando nossos representantes tiverem que usar o serviço que oferecem (educação, saúde, pagamento de impostos – que deveriam pagar, mas sabemos que muitos só reembolsam-  etc) o Brasil iria se tornar um país digno para todos.
Thalita Guimarães        

2
dez

Como não fazer uma entrevista

Estava lendo o blog da Angel e me deparei com cenas ridículas que merecem ser vistas por outras pessoas. O motivo é simples: estar preparado para uma entrevista, principalmente quando é com alguém de tamanha repercussão internacional, é fundamental. Ter jogo de cintura também. Veja os vídeos abaixo e saiba do que estou falando.

Thalita Guimarães

* Marília Gabriela entrevistando Madonna:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=CGJN2niL7dA&feature=player_embedded]

* E Glória Maria entrevistando o Freddie Mercury:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=4N8MKb01_D8&feature=player_embedded]

29
nov

Melhor prevenir do que remediar

Quando falamos em crise pensamos em um momento crítico, onde tudo aquilo que construímos pode vir abaixo. Também associamos esses períodos à confusão, demissão, quebra de corporações. Enfim, as crises estão relacionadas somente às coisas ruins. Pelo menos é o que a mídia mais ressalta. Mas uma coisa é certa, elas vão e vem e se não tiver o mínimo de prevenção, sua empresa, sua imagem, seus produtos, correm o risco de não sobreviver.

Pesquisas mostram que 43% das empresas despreparadas, que atravessaram grandes crises, nunca reabriram seus negócios e 29% fecharam as portas dois anos depois. O gerenciamento de crises começa antes mesmo dela aparecer. Um preconceito é achar que só atinge organização de determinado porte. Não! Ela pode ser prevenida em qualquer empresa, seja pequena, grande ou média. A agilidade, em tempos de crise, é primordial para reverter a situação ou até mesmo tê-la a seu favor e isso só acontece se já houve um planejamento anterior a ela.

Outro preconceito com relação a esses momentos é recuar ou até mesmo cortar investimentos em comunicação, como se fosse algo supérfluo, desnecessário. É preciso ter a crise a seu favor e nesse momento muitos setores podem ter a oportunidade de aparecer. Detalhes como ter um porta-voz já treinado e que esteja a par dos fatos para falar com a imprensa, um plano emergencial, envolvendo todos seus públicos, como os colaboradores, fornecedores, comunidades no entorno da organização, podem contar a favor da imagem e demonstrar um real envolvimento em encontrar soluções que beneficiem a todos.

É importante que perceba que as organizações que valorizam o planejamento não só enfrentam menos crises, como também são mais lucrativas. Consequentemente, o gerenciamento de crises não é somente a coisa certa a se fazer, mas é bom para o negócio.

Karin Villatore

19
nov

Violência nas ruas

A violência virou um tema tão banal que ninguém mais se surpreende com notícias sobre aluno agredindo professora, briga no trânsito ou militares agredindo gays. Triste, muito triste. Eu ainda me choco, e muito! Somente nos últimos dias foram muitos os fatos que me deixaram espantada com a banalização da violência:

• Uma professora foi violentamente agredida por um aluno dentro de uma escola técnica particular em Porto Alegre e teve os dois braços quebrados e ferimentos no rosto;

• Cinco adolescentes agrediram três gays na Av. Paulista. Dos agressores, quatro são menores de idade, entre 16 e 17 anos, e um de 19 anos;

• O Exército prendeu dois militares (aqueles que supostamente deveriam nos proteger) suspeitos de envolvimento no episódio em que um estudante de 19 anos foi ferido na barriga após a Parada Gay, em Copacabana, no último domingo (14);

• Um motorista foi agredido com uma barra de ferro depois de uma discussão de trânsito, no Centro de Curitiba.

Estas são só algumas das milhares de notícias que poderia escrever aqui. Aliás, eu mesma esta semana tive que separar uma briga de colégio ao passar por uma via muito movimentada na cidade. Não estou aqui para pregar o amor ao próximo, mas ao menos respeito. Se você está nervoso, desconte no travesseiro. Se sua mulher te enche o saco, separe. Se não gosta de gays, negros ou possui qualquer tipo de preconceito, não saia de casa.

E, principalmente, vamos educar nossos filhos para serem cidadãos conscientes. Que saibam dos seus direitos e cumpram com seus deveres e respeitem a vida alheia. Não estou dizendo para fugir das brigas. Discussões são saudáveis. Mas continuarão sendo saudáveis quando não precisarem partir para a violência.

A violência é o argumento dos que não têm razão!!!!!!!!!!!!

Thalita Guimarães       

16
nov

Feliz crise nova

Mais um ano chega ao fim. E que ano foi este! A crise econômica que abateu o mundo ano passado exigiu um equilibrismo em 2010 no mundo dos negócios. O tira-daqui-põe-ali fez que as empresas repensassem suas estratégias de investimento de recursos este ano. E a comunicação foi primordial durante a crise.

Saber administrar as dificuldades sem deixar que a boataria tome conta e apavore ainda mais clientes, parceiros, funcionários e colaboradores foi de extrema importância para voltar a controlar as rédeas.  Aparecer positivamente em tempos de incerteza pode ser um fator determinante para melhorar a imagem perante a sociedade e para ampliar os negócios. Investir em comunicação em tempos de crise demonstra maturidade para gerir um negócio ou uma empresa.

É no momento de fragilidade econômica que a informação deve ser manuseada para trazer transparência e credibilidade. Quem usou da comunicação para reorganizar as estratégias, evidenciar o que se tem de melhor e ver o que pode ser aproveitado utilizou bem do momento. Quem usou esta estratégia, ganhou.

Comunicação e informação são as matérias-primas para enfrentar a turbulência. A  instabilidade do mercado é a realidade na qual convivemos. Quem souber lidar com o momento pode ampliar as perspectivas, ganhar mercado e até comemorar. Partindo desta premissa, a idéia é desejar uma feliz crise nova a todos!

Karin Villatore

12
nov

A mídia em pauta

O assunto do momento agora é o projeto de regulamentação da mídia proposto pelo Ministro da Comunicação Social, Franklin Martins. Marcelo Tas ponderou no Twitter: se ninguém é contra a liberdade de imprensa por que tanto congresso e seminário para debater o assunto? Concordo com ele. O anteprojeto deve chegar ao Lula neste ano ainda, mas quem deve resolver a parada dura com certeza vai ser a Dilma. Para o mundo todo é um desafio regulamentar a comunicação. Acho que termos como normatização e comunicação são altamente antagônicos. Não há como moderar previamente a produção da imprensa sem censurá-la. Ou melhor, quem vai moderar?  A preocupação maior é com o conteúdo da internet, mas daí fica ainda mais complicado. Com a velocidade que se propaga tudo neste campo (e está aí sua maior virtude) não existem mecanismos para “controlar” o que circula.
O que o Ministro pondera e que é aceito pelas entidades de empresas de comunicação é que a legislação atual é antiga e precisa de atualização. Se essa regulamentação for apenas para evitar conteúdo obsceno e passar longe do conteúdo editorial pode ser uma boa ideia. O que me preocupa são as tentativas de manter conteúdo “equilibrado” e “imparcial”. Esses termos podem ter vários tipos de definições dependendo de quem julga.

Cristiane Tada