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10
nov

Discurso invertido

Voltei das férias. Descansar é sempre bom. O que me entristeceu com minha chegada foi a notícia de que nossos queridos representantes eleitos já estão pensando em criar novos impostos (como a volta da CPMF) sem ao menos discutir uma reforma tributária. Dizem que este imposto em especial, que seria chamado de Contribuição Social da Saúde, a já famosa CSS, é para ajudar a Saúde Pública do Brasil.

Será? Tenho a impressão de que não seria necessária a criação de mais impostos, visto que pagamos muito já (cerca de R$ 1 trilhão desde o início do ano até o momento). O que se precisa é desviar menos. Sim, porque sinto muito, muito mesmo em dizer que não acredito em políticos honestos (podem até existir, mas são poucos, raros e desconheço todos).

Também é de conhecimento geral que quem paga mais impostos no Brasil é a classe média. Isto quer dizer que, com a eleição de Dilma e estas propostas que estão vindo (que não são as mesmas utilizadas na campanha) sobre a tributação brasileira, não preciso nem dizer quem vai sair perdendo mais uma vez.

Que fique claro que Não sou Dilma ou Serra. Na verdade não votei nesta última eleição. O que sou contra é aumentar impostos para enriquecer ainda mais a corrupção no Brasil.

Thalita Guimarães 

28
out

De Juridiquês à Biotecnologia

Nesta semana, devido a uma pauta com um cliente, tive que acompanhar uma reunião que tratou de contratos complexos, licitações, processos judiciais e por aí foi. Fiquei pensando na importância de entender minimamente todo aquele processo para poder encaixar bem o meu trabalho, ou seja, como poderíamos divulgar aquilo. Devido à minha experiência até que entendo um pouco de juridiquês, mas mesmo assim me senti uma estrangeira.
Volta e meia eu reflito sobre a diversidade de assuntos em que tenho que me meter, entender, escrever e usar meu feeling para saber o que pode virar notícia ou não. Neste mês mesmo estava eu em outro cliente assistindo a uma palestra sobre Biotecnologia com pesquisadores renomados. Ouvindo sobre terapia gênica, pesquisa com células tronco e sobre a história dos alimentos geneticamente modificados eu lembrei um dos motivos que me fez escolher jornalismo como profissão: essa curiosidade de saber um pouco de tudo, que é uma obrigação no ramo. Por isso, não importa a correria, tenho sempre que vasculhar jornais, sites e revistas. Se não for procurando notícias, apenas me atualizando. Para se ter uma ideia, por incrível que pareça, para mim hoje foi importante profissionalmente saber da denúncia sobre a fraude na licitação do metrô em São Paulo.

Cristiane Tada

21
out

O colaborador é sempre o último a saber

Sua empresa lançou um produto, teve mudanças na diretoria, adquiriu uma nova marca e está conseguindo superar a crise financeira internacional. Tudo mais do que animador. Não fosse o fato de você ter se esquecido de informar sua equipe interna sobre as novidades.

Parece uma situação absurda, mas é mais do que comum nas corporações.
 A maioria de nós tem consciência de que a comunicação passou a ser um campo estratégico e indispensável na detecção de oportunidades e de ameaças. E o cliente interno é uma peça-chave neste processo. Para que o colaborador entenda qual é o papel que você espera dele e para que ele possa cooperar ao máximo, ele impreterivelmente tem que estar bem informado sobre todas as novidades da empresa.

A comunicação interna deve ser clara e constante, tomando-se o cuidado de que esteja sendo compreendida pelos diversos níveis dentro da empresa. Muitos de nós simplificamos os públicos em interno e externo. Se assim ficar mais fácil, tudo bem. Mas é importante que se lembre que cada nível tem sua percepção e sua compreensão dos fatos. Portanto, deve haver formas de comunicação adequadas para eles.

Não importa o porte do empreendimento: é preciso planejar comunicação e ter em suas ações o devido reconhecimento da importância nos resultados dos negócios. Lembre-se também que a escolha da ferramenta ideal de comunicação interna depende de fatores como o perfil do público-alvo, a temporalidade das informações, o grau de influência do veículo junto ao público-alvo, o tipo de impacto da mensagem, a linguagem, o tempo disponível de leitura do público-alvo e o número de mensagens que ele costuma receber diariamente.

Com o desenvolvimento desta prática, tudo vai conspirar em seu favor.  Afinal, seu colaborador não está apenas esperando o envio de uma mensagem de felicitação no dia do aniversário dele.

Karin Villatore

14
out

Quem não se comunica…

Este foi o titulo de uma matéria na revista Veja sobre Media Training. Na matéria, a revista aborda a importância de estar bem preparado para lidar com a imprensa seja nas horas de crise ou apenas para passar a mensagem correta. O próprio jogador de futebol Neymar vai contar com um programa intensivo de Media Training para tentar minimizar a imagem polêmica que conquistou nos holofotes da mídia. Os mineiros chilenos que foram resgatados esta semana também fizeram o treinamento para evitar ainda mais polêmicas sobre o acidente.

Mas aprender a se comportar diante dos meios de comunicação não é uma lição apenas para celebridades. Executivos e empresários também precisam sentar na primeira fila para aprender a lidar com a mídia e evitar erros lastimáveis. Determinadas posturas e declarações podem, facilmente, arruinar os negócios e possíveis parcerias. A importância deste tema é tanta que muitas notícias sobre Media Training têm saído na imprensa. Este treinamento funciona como uma aula e simulação ministradas por profissionais da área de comunicação, que possibilitam um maior entendimento de como se comportar, agir e até mesmo que assunto anunciar na grande imprensa.

Um exemplo de Media Training bem sucedido e constantemente lembrado é o caso Gol. Na época do acidente em 2006, no qual quase 200 pessoas morreram, a diretoria da empresa aérea já sabia como se comportar, pois vinha recebendo orientações profissionais há muito tempo caso houvesse alguma tragédia (convenhamos que as companhias aéreas precisam estar preparadas para este tipo de acidente) e a imagem da empresa não ficou arranhada diante daquele caso.

Como não podemos controlar as informações e nem a maneira como a imprensa ficará sabendo das crises, só resta um bom treinamento para saber lidar com a mídia para que não haja ruídos no que se pretende passar. Bons empresários já estão buscando no Media Training a ajuda para conseguir estar preparado e não manchar a reputação da empresa ou até mesmo sua própria imagem junto à opinião pública. É bom lembrar que errar na hora de se posicionar pode ser crucial para o andamento dos negócios. 

Thalita Guimarães

6
out

A mudança é a rotina

Na época dos nossos avós muitas pessoas costumavam trabalhar a vida toda em uma mesma empresa. Hoje, a dinâmica das organizações exige, mais do que nunca, flexibilidade e capacidade de adaptação. Difícil conhecer alguém que deseje passar a vida toda no mesmo emprego. E, menos ainda, alguém que não tenha enfrentado uma mudança radical nos processos da empresa.

Na área da comunicação, isso não é diferente. O rádio, a televisão, o jornal, o livro e a revista detiveram, por muito tempo, a função de detentores do poder de formadores de opinião. E continuam com força inquestionável desenvolvendo esse papel. Mas já não são os únicos.

Além dessas mídias, ditas tradicionais, o surgimento de novas mídias, nos últimos anos, tem trazido modificações no pensamento e na prática da comunicação em todos os setores da vida cotidiana. O jornalismo on line ganhou espaço e investimentos e sua importância vem conquistando cada vez mais reconhecimento e destaque. As agências de notícias produzem a notícia em tempo real, repassando as informações de imediato ao terminal do usuário. E entram também nesta esfera da mídia digital o recente e debatido Twitter, os blogs, as comunidades virtuais e os portais. Mas o que muda na comunicação com essas novas mídias?

O jornalismo instantâneo exige redobrada atenção dos executivos, pois as informações, dadas geralmente por telefone, vão ao ar de imediato e circulam em meio privilegiado: mercado financeiro, outros veículos de comunicação, órgãos do governo e meio empresarial. Nas agências, o repórter e editor são a mesma pessoa. Recebem a notícia por telefone que, no ato, já é editada e, de imediato, colocada no ar.

A informação navega livremente na Internet. O número de usuários conectados à rede cresce a cada dia e, embora sejam milhões de pessoas, em termos estatísticos esse volume ainda representa uma parcela seleta da população brasileira, o que aponta para um crescimento irrefreável.

Tudo isso é muito importante porque nos mostra que os meios eletrônicos e digitais estão exigindo novas posições dos meios tradicionais. Os conteúdos e papéis dos diversos produtos da mídia estão se transformando e sendo desafiados a descobrir a linguagem adequada para a comunicação na era digital. E nós, usuários destas mídias, a se adaptar com a rotina da mudança.

Karin Villatore

27
set

Trazendo Maomé à montanha

As áreas de Assessoria de Imprensa e de Comunicação Empresarial se transformaram nos últimos tempos em um dos grandes focos de eventos e seminários por todo o Brasil. Jornalistas e Relações Públicas se esmeram em discussões para lá de sérias sobre o papel da categoria, os direitos e a ética na profissão, a relação jornalistas de redação – assessores de imprensa e como doutrinar os empresários a saber lidar com a imprensa.

Em qualquer um desses eventos nota-se a presença de dezenas de profissionais de Comunicação. Mas nunca a de um indivíduo que deveria, mais do que ninguém, ser um dos principais público-alvo: o porta-voz das empresas. Onde está o “cliente” neste momento tão importante? Não seria ele o elo fundamental de discussão entre os comunicadores e as fontes de informação? Quem sabe, ao ouvir os relatos sobre os hercúleos esforços que as equipes de Comunicação fazem para obter resultados que se transformam em cases nos congressos estas fontes passariam a valorizar ainda mais o papel de quem os atende.

Mais ainda, poderiam esclarecer suas dúvidas, relatar seus sofrimentos e mágoas, ajustar os devidos ponteiros com os jornalistas e relações públicas. Da mesma forma como assistem a palestras sobre avanços tecnológicos ou motivação, veriam no setor de Comunicação o crescimento de um profissionalismo pungente, que poucos conhecem. Ao invés de os comunicadores levarem, ao término de eventos, resumos breves que raramente são lidos pelos executivos, por que não trazer Maomé à montanha? Certamente, a participação desses empresários traria não apenas uma aproximação entre a fonte e o assessor, mas uma compreensão do todo deste trabalho, tão importante para a vida das organizações.

Karin Villatore

23
set

Valores invertidos

A notícia que não quer calar: a polêmica vida de Neymar. Menino prodígio do time Santos e recém-escalado para a Seleção Brasileira de futebol, não há quem não goste do sorriso e do jeito maroto deste jogador. Será? Nos últimos dias Neymar tem virado o centro das atenções devido a seu comportamento, digamos, um tanto agressivo. Brigas com outros jogadores, frases inconvenientes e até xingamentos contra o técnico Dorival Júnior foram destaque na mídia.

Suas atitudes têm sido tão grosseiras que até outro técnico, René Simões, lamentou as atitudes do jovem e pediu encarecidamente que ele seja educado e disse que “um monstro” está sendo criado. Para tentar minimizar o fato, o clube santista multou o jogador pelas atitudes e o deixou fora do jogo contra o Guarani. Mas uma atitude bem vista para quem não que ver o destino deste brilhante jogador ser igual ao de Adriano, Bruno e tantos exemplos negativos do futebol brasileiro, foi tida como o motivo da demissão de Dorival Júnior, que não comanda mais o Santos.

A demissão do treinador foi selada após os dirigentes do clube ficaram extremamente irritados com a postura de Dorival, que resolveu, por contra própria, manter a punição ao atacante, que o desrespeitou durante o jogo contra o Atlético-GO. Mas não é assim que se aprende uma lição? No meu ponto de vista o Neymar precisa de mais disciplina para não se tornar mais um caso do menino prodígio que ganhou muito dinheiro no futebol, mas só é manchete devido a todas as confusões em que se mete. Não sou fã de futebol, mas confesso que gostava do jeito maroto de jogar do Neymar, o que já não me encanta mais.

Thalita Guimarães

15
set

A Comunicação no Mercosul

No dia 26 de março de 1991, os governos da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai assinaram o Tratado de Assunção, que criou o Mercado Comum do Cone Sul, ou Mercosul. Muito avançou em relação à criação deste bloco econômico deste então. Mas a questão da cultura e da comunicação no Mercosul continua provocando polêmica entre os teóricos que a estudam. Uma vertente acredita na homogenia sul-americana, enquanto outro grupo prega que as populações do Mercosul são heterogêneas.

Devemos assumir que sim, somos diferentes. Seguindo os estudiosos da corrente histórica e política preponderante, os povos latino-americanos têm fortes distinções entre si. Num âmbito geral, segundo pesquisas, o brasileiro tende a ser o negociador menos formal. O contato físico e a tentativa de aproximação são comuns ao negociador brasileiro. Em contrapartida, o executivo argentino tende a ser extremamente organizado e burocrático. O argentino muito comumente traz em seu poder documentos e um advogado para acompanhar a discussão. A presença do advogado, para muitos negociadores brasileiros, é vista como um fator negativo, como se o argentino não tivesse confiança na seriedade do trabalho.

Já os executivos paraguaios tendem a ser ainda menos organizados que os brasileiros. Sem documentos e sem uma ideia estruturada sobre a negociação, as questões são resolvidas por meio do diálogo, onde o que mais vale é a solução momentânea.

Quanto à questão idiomática, nos países do Mercosul, existem, além das línguas oficiais, castelhano e português, as línguas do substrato aborígine (guarani, quichua, aymara, mapuche e vários dialetos araucos e tupis), faladas por milhões de habitantes. Por isso, é imprescindível que o executivo brasileiro que enfrenta uma negociação no Mercosul tenha bom conhecimento da Língua Espanhola.

Nem todas as legislações brasileiras são iguais às de outros países do Mercosul. Empresas já pesquisadas assumiram que perderam licitações devido a erros jurídicos cometidos em suas propostas de serviço. A área legal é hoje a número um em termos de publicação de livros e periódicos que tratam do Mercosul. O executivo brasileiro deve, então, aproveitar a vasta literatura e se enquadrar aos dispositivos jurídicos deste mercado.

A compreensão da situação econômica do país onde está sendo feita a negociação também é ponto imprescindível para os diálogos. A oferta de um trabalho que venha ao encontro das necessidades de um país é ponto fundamental no sucesso da negociação. Esse conhecimento pode ser obtido por meio da leitura de periódicos e livros sobre o país em destaque. Na chegada ao novo país, é sumamente importante que o negociador brasileiro compre, assim que pisar em solo estrangeiro, o principal jornal local.

Karin Villatore

1
set

Sangue Bom

 Como o nosso blog é novo, não comentamos neste espaço sobre o primeiro lugar que ganhamos no ano passado no Prêmio Sangue Bom, na categoria Projeto de Assessoria de Imprensa, do Sindicato dos Jornalistas do Paraná. Foi nossa primeira participação em um prêmio e nossa primeira vitória.

O projeto ganhou o nome de “Setcepar – Projeto de consolidação de imagem do setor de transporte de cartas do Paraná por meio da Assessoria de Imprensa do sindicato que representa a categoria”.

Nosso desafio foi fazer uma campanha de consolidação de imagem junto à imprensa e à opinião-pública do setor de transporte pesado por meio de ações de Assessoria de Imprensa junto ao Setcepar – Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná, nosso cliente desde 2007.

O setor de transporte pesado sempre foi conhecido pela imprensa do Paraná e de todo o Brasil como um segmento com carência de porta-vozes bem preparados de empresas não-multinacionais.  Foi com base neste problema que trabalhamos nosso case e nossas estratégias. O resultado? Hoje o Setcepar é uma fonte de informações importante para a imprensa quando o assunto é transporte.

Na foto, Thalita, Karin e Marcio Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná
 
Karin Villatore

30
ago

Taxa de conveniência

Desde que fiquei sabendo que o Stomp, grupo percussivo inglês mundialmente reconhecido, estaria em Curitiba dei um jeitinho de acompanhar quando e onde seria o evento.

 Com a data e valor de ingresso na mão resolvi junto com meu companheiro de quarto (ou namorido, o que acharem melhor) comprar os convites. Como não queríamos pagar a taxa de conveniência cobrada pela empresa Disk Ingressos, fomos até o Teatro Positivo comprar nossos tickets. Chegando lá a minha surpresa: também seria cobrada a tal taxa.

 Mas espera aí. Qual é a conveniência de eu sair da minha casa e ir até o Teatro Positivo (convenhamos, fica longe pra %@*&%) para pegar o ingresso na bilheteria? Uma coisa seria se eu pedisse para entregar na minha casa ou comprasse em outro lugar que não no próprio local do evento.

Confesso que me senti roubada. Fico triste com a forma como o consumidor é enganado. O jeito é procurar os órgãos competentes e solicitar alguma ação. Taxa de conveniência? Só se for para eu não precisar nem sair do lugar para pagar sem reclamar.

Thalita Guimarães