11
fev

Comunicação do futuro: integrar é o caminho

Redes sociais, novas tecnologias e abordagens. O que será da Comunicação Empresarial daqui a alguns anos? O Brasil ainda tem muito potencial a ser explorado e a tendência é que, cada vez mais, os empresários percebam a posição estratégica da comunicação para a sua boa imagem no mercado.
Segundo Paulo Nassar, Diretor da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), no Anuário Brasileiro das Agências de Comunicação e da Comunicação Corporativa de 2010/2011, o PIB de nosso país tem crescido 7% a 8% ao ano. Para buscar nossa fatia desse crescimento nosso desafio será buscar cada vez mais posicionamentos corretos, manter canais mais populares abertos e interlocução afiada nas várias esferas. Ou seja, planejar ações e mensagens capazes não só de gerar, mas também de garantir a percepção de uma boa imagem.
A perspectiva é para cada vez demandas mais complexas e a responsabilidade de produzir mensagens personalizadas e eficazes de acordo com o público que se quer atingir. Então, o ideal é estarmos preparados. Em 2011 investir em cursos de atualização, manter o diálogo e debate entre profissionais da área para conhecer novas práticas e estabelecer limites de trabalho, delimitando até aonde vão as nossas atribuições.
As diversas áreas da comunicação, publicidade, assessoria de imprensa e marketing trabalham integradas. Todas pensando a imagem da empresa, mas cada uma com suas atribuições específicas. É nossa função guiar as empresas para que compreendam e amadureçam as extensões de cada trabalho. Com isso o cliente poderá enxergar bem o que quer e qual a melhor trajetória para a visibilidade da sua marca para qualquer tipo de público.

Karin Villatore

7
fev

Fim de uma hegemonia

O jornal Folha de S.Paulo perdeu a liderança de maior periódico em circulação no país segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC), que classificou o desempenho dos jornais brasileiros em 2010. A notícia foi publicada no boletim Meio & Mensagem do dia 24 de janeiro. O primeiro lugar agora é do jornal diário Super Notícia, de Belo Horizonte. De acordo com o boletim, enquanto a Folha manteve estabilidade, na casa dos 294 mil exemplares por edição, o Super Notícia cresceu 2%, atingindo uma média de 295 mil. Qual o motivo desta mudança? Seria o tão falado avanço das classes C e D? Faz muito sentido. Pesquisas mostram que este público aumentou e tem sede de informações. Os dados mostram também o crescimento de outros periódicos destinados ao mesmo público em outros estados como o Extra e Meio Hora, do Rio de Janeiro e o Diário Gaúcho, do Rio Grande do Sul. Refletindo sobre o assunto me lembrei o que o jornalista Gilberto Dimenstein, do jornal da Folha de São Paulo, me disse uma vez, ainda quando eu estava na faculdade. Quando eu o indaguei a respeito do futuro do jornalismo ele respondeu que esperava que o bairrismo crescesse. Argumentei se algum jornalista recém-formado deixaria para trás o sonho de trabalhar no maior jornal do país (até então a Folha) para fazer notícia em tablóides de suas cidades. Segundo o professor Dimenstein as pessoas querem se ver nos noticiários assim como nós que escrevemos queremos ser lidos. Por isso, para ele a tendência era do aumento do regionalismo. Para mim o dizer foi quase profético.  Acho que estava na hora do segundo estado mais populoso do Brasil (um país de dimensões continentais) ameaçar a hegemonia de quem há mais de 20 anos pauta notícias de São Paulo para todos os brasileiros.
Cristiane Tada

31
jan

Complexo Hidrelétrico de Belo Monte

Recebi um email nesta semana abordando a pressão política para autorizar a licença ambiental de um projeto que especialistas consideram um completo desastre ecológico: o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. Há anos a hidrelétrica de Belo Monte, hoje considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, vem sendo alvo de intensos debates na região, desde 2009, quando foi apresentado o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA), intensificando-se a partir de fevereiro de 2010, quando o Ministério do Meio Ambiente concedeu a licença ambiental prévia para a construção.

Segundo ambientalistas, a usina de Belo Monte irá cavar um buraco maior que o Canal do Panamá no coração da Amazônia, alagando uma área imensa de floresta e expulsando milhares de indígenas da região. Com tantas discussões em prol do meio ambiente, questiono como o governo brasileiro ainda tem a coragem de aprovar um projeto como este. Pelo jeito está faltando cuidado com um dos principais patrimônios do Brasil. Se não ficarmos atentos, projetos absurdos como estes vão sendo aprovados e vamos ficando à mercê das decisões que os nossos representantes eleitos, que tenham interesse ou não, tomam.

De acordo com o email que recebi, a mudança de Presidência do IBAMA poderá abrir caminho para a concessão da licença, ou, se nos manifestarmos urgentemente, poderá marcar uma virada nesta história. O texto que recebi pede para que seja assinada a petição de emergência parar este projeto, que será entregue em Brasília, para a Presidenta Dilma. Eu já fiz minha parte. Vamos lutar juntos pelo nosso país? Assine a petição:
https://secure.avaaz.org/po/pare_belo_monte/?vl
Thalita Guimarães      

25
jan

Quem cala consente

Existe uma área muita estudada da Comunicação Social chamada Gerenciamento de Crise em Comunicação. Ela só existe quando o problema se torna público. Enquanto só os executivos internos estiverem a par da situação, ela ainda não passou a fazer parte desta esfera.

Crise não é só demissão. Se sua empresa vai passar por um processo de fusão ou aquisição, se um funcionário teve um acidente grave no trabalho, se um fornecedor se envolveu em alguma falcatrua, sua imagem também poderá estar em xeque. Os analistas do Gerenciamento de Crise em Comunicação se esforçam ao máximo para que o trabalho se centre na prevenção. Mas normalmente eles só são acionados quando o pânico está em estado bem adiantado. E o que fazer numa hora dessas?

Em primeiro lugar, não fique em silêncio. Lembre sempre da máxima “quem cala consente”. Mas isso não quer dizer que você deva sair falando sem um preparo prévio e sem medir as palavras. Procure um profissional especializado com a máxima urgência e tenha certeza de que o tempo está correndo contra você. 

Karin Villatore

20
jan

É jornalismo ou é publicidade?

Estava lendo o Anuário Brasileiro das Agências de Comunicação e da Comunicação Coorporativa de 2010/2011 e percebi uma preocupação comum: a dificuldade de explicar o nosso serviço. Antes eu achava que era só para as pessoas fora da área. É comum na casa dos meus pais alguém dizer que eu trabalho em uma agência de publicidade!!! Mas lendo o relato de várias empresas de comunicação no Brasil todo percebi que a dificuldade também está na hora de explicar para o cliente. Principalmente na hora de propesctar novos clientes, aqueles que não têm incutida a cultura da comunicação na veia da empresa. Foi quase um alívio. Como é bom ouvir (ler) gente que entende o nosso negócio e os nossos dramas. A distinção entre os papéis das agências ainda não está clara no mercado, mas estamos trabalhando para isso. Pelo que li a conclusão os profissionais é quase unânime para o fortalecimento do setor. Qualificação de mão-de-obra e a valorização do nosso trabalho, ou seja, conscientização das agências cobrarem preços justos pelos serviços.

Cristiane Tada

17
jan

Tragédia

Imagens da tragédia que aconteceu devido à chuvas intensas que caíram na Região Serrana do Rio de Janeiro nos últimos dias chocam quem assiste aos noticiários. Diante deste cenário a solidariedade (quem não se lembra das imagens de uma mulher resgatada por uma corda puxada por vizinhos?) e a vontade de ajudar afloram e devem ser levadas adiante.

Para ajudar, a Prefeitura de Curitiba lançou a campanha SOS Rio e a intenção é arrecadar água mineral, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal para os desabrigados pelas enchentes. Os donativos podem ser entregues em todas as regionais da Rua da Cidadania, na sede central da Prefeitura de Curitiba e na Fundação de Ação Social (FAS). Lotes de grande quantidade de donativos podem ser informados pelo telefone 156, para que a coleta seja providenciada.
Além disso, todos os postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná também estão recebendo donativos e vão encaminhar as doações para a PRF do Rio de Janeiro, que ficará responsável pela distribuição do material.

Quem quiser ajudar em Curitiba pode procurar:

• Hospital da Cruz Vermelha – Avenida Vicente Machado, 1310, Batel – (41) 3016-6622.
• Prefeitura de Curitiba – Avenida Cândido de Abreu, 817 – Centro Cívico
• Fundação de Ação Social – Rua Eduardo Sprada, 4.520 – Campo Comprido
• Ruas da Cidadania:
Regional Bairro Novo – Rua Tijucas do Sul, 1700 – Sítio Cercado
Regional Boa Vista – Avenida Paraná, 3600 – Boa Vista
Regional Boqueirão – Terminal do Carmo
Regional Cajuru – Rua Luiz França, 2032 – Cajuru
Regional CIC – Rua Manoel Valdomiro de Macedo, 2460 – CIC
Regional Matriz – Praça Rui Barbosa
Regional Pinheirinho – Rua Winston Churchill, 2033 – Pinheirinho
Regional Portão – Rua Carlos Klemtz, s/nº – Fazendinha
Regional Santa Felicidade – Via Vênete, s/nº – Santa Felicidade
Thalita Guimarães        

5
jan

Os primeiros momentos são cruciais

Crise de imagem é uma coisa séria e talvez uma das piores crises que podem acontecer com uma organização. Leva-se anos para construir uma boa reputação e apenas segundos para que todo esse trabalho vá por água abaixo.
A imagem bem gerida é um dos maiores bens de uma empresa. A imagem é tudo, desde a logomarca e os pontos de venda até os produtos e serviços oferecidos, o relacionamento com o cliente e a maneira como a organização é vista na sociedade. Quando a imagem da empresa ainda não é consolidada é possível maior flexibilidade na gestão de uma crise, pois ela ainda não é reconhecida. Já quando a imagem já é solidificada, as providências devem ser mais planejadas, pois ela é referência não somente para a imprensa como para outras empresas de seu setor.
No estouro de uma crise de comunicação é comum muitas empresas demorarem a agir. Isso faz com que possíveis boatos sejam disseminados e depois, para concertar a situação, é muito mais difícil. Diante de uma crise não se pode ficar parado. Os primeiros momentos são cruciais e são eles que vão definir o rumo dos acontecimentos que virão a seguir. Daí a importância de toda empresa, independentemente do tamanho, focar na comunicação e elaborar um plano de gerenciamento de crise para que, quando ela chegar, não se instale o caos. Atualmente a comunicação já é vista como uma ferramenta estratégica dentro das organizações. Ela pode detectar ameaças e oportunidades e é peça fundamental em momentos de turbulência.
Podemos citar muitos casos de crises que não foram bem geridas e acabaram mal. É importante zelar pela imagem, manter-se alerta e trabalhar arduamente para que ela não seja muito afetada. Aos primeiros sinais de uma crise, acione o plano de gerenciamento de crise. Cheque a veracidade das informações que estão correndo, prepare-se para falar com a imprensa e dar respostas sobre o que está acontecendo. Não entre em pânico e lembre-se, seja ágil e rápido.
Karin Villatore

20
dez

Retrospectiva…

O ano acabou e mesmo com a Simone cantando “Então é Natal” insistentemente em todas as lojas em que eu entro está difícil de me situar na penúltima semana de 2010. Ano animado este. No melhor estilo retrospectiva vou lembrar o que no universo das notícias foi destaque neste final de 2010, em minha opinião.
A presidente eleita Dilma Rousseff foi diplomada nesta semana pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a promessa de defender a liberdade de imprensa e de culto. Com essa chamada qualquer desavisado poderia pensar que essa é uma eleição após ditadura recente. A promessa tem fundamento. A discussão sobre liberdade de imprensa foi assunto recorrente em 2010.  Dilma deverá decidir sobre o projeto de regulamentação da mídia proposto pelo Ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, o mesmo que já comentei aqui.
No mundo, a organização WikiLeaks causou furor com a divulgação de documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos, digamos, “sensíveis”. Tudo isso transformou o diretor e idealizador do site, Julian Assange, em celebridade e engrossou o debate a respeito de censura, poder, governo e meios de comunicação.
Aqui na agência tivemos um ano bom, clientes novos, retomada com alguns clientes antigos, ótimos resultados, trabalho reconhecido através dos prêmios ganhos do Sindicato dos Jornalistas do Paraná. Ficou um gostinho de que 2011 tem muito mais.
Então, bom Natal e um Ano Novo também! (plagiando a Simone). Que o ano novo seja movimentado, com muito trabalho e boas notícias para todos!

Cristiane Tada

14
dez

Projeto Escola Pública‏

Esta semana recebi um email informando sobre um projeto de Lei do Senado, de n.° 480, que determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014. Confesso que achei o máximo este projeto do Senador Cristovam Buarque, uma vez que acredito que o resultado seria muito positivo para a educação brasileira.

É só imaginar o cenário. Quando os políticos se virem obrigados a colocar os filhos na escola pública duvido que vão deixar de investir na qualidade do ensino público como vem ocorrendo e, consequentemente,  a qualidade da educação brasileira irá melhorar. Conversando sobre este assunto, tive o desprazer de discutir com alguns amigos que acharam um absurdo a proposta.

Ora, talvez quando eu for muito rica e tiver apenas um filho para que eu possa pagar todo o ensino para ele e não me importar com o próximo eu realmente ache este tipo de proposta um erro. Mas, enquanto eu  verificar que no Brasil os menos abastados não têm vez e dependem de um sistema cada vez mais corrupto que não investe na qualidade do ensino por não querer formar seres pensantes e críticos, vou lutar para que haja melhorias a serem feitas. Nem que seja apenas colocando pressão para que este projeto seja aceito.

Nada contra quem tem condições de pagar saúde, escola e outras coisas. Só acho que quando nossos representantes tiverem que usar o serviço que oferecem (educação, saúde, pagamento de impostos – que deveriam pagar, mas sabemos que muitos só reembolsam-  etc) o Brasil iria se tornar um país digno para todos.
Thalita Guimarães