Arquivos da categoria: Comunicação

27
jan

Um ode ao bom – e compreensível – português!

Não sei se pela profissão ou por ser naturalmente bastante crítica, o que não deixa de ser uma característica nata dos jornalistas, mas ando revoltada com alguns textos que leio por aí. Para existir comunicação e transmitir uma mensagem precisamos, basicamente, de três coisas: um emissor, que é a origem da informação, a mensagem propriamente dita, que é o que é comunicado e o receptor, que recebe a mensagem. O problema são os ruídos que podem atrapalhar esse processo.

Na comunicação é primordial que o destinatário capte e entenda a mensagem que lhe é transmitida para o processo ser concluído com êxito. E eu quero entender a razão que muitas pessoas que transmitem as mensagens têm para dificultar, e muito, isso. Eu explico: tanto na escrita quanto na fala o português, nossa língua nativa, deve ser compreensível a todos! Ontem li um texto que me fez refletir a respeito disso. O texto estava escrito em uma linguagem bastante rebuscada, o que o fez ficar bem truncado, fazendo com que o leitor tivesse que ler e reler várias vezes o que estava escrito para entender o que o autor queria dizer.

Nunca fui a favor de escrever ou falar de maneiras diferentes, como trocar letras e usar uma linguagem própria na internet. Também não gosto de usar muitas gírias e vícios de linguagem na fala, mas não é necessário escrever um texto destinado à imprensa, que se presume que seja destinado a todos os públicos, em uma linguagem completamente rebuscada e erudita, como se os destinatários fossem os diplomatas governamentais ou a Rainha da Inglaterra.

Os advogados, médicos, engenheiros, jornalistas, enfim, qualquer profissional, se torna muito mais capacitado quando consegue se comunicar com qualquer pessoa, o que é algo indispensável, dada a quantidade de tecnologias e meios existentes hoje para transmitir mensagens. Não precisa enfeitar e deixar bonito, basta ser correto, direto e objetivo!

Fabíola Cottet

13
jan

Como não conseguir um emprego

Todo começo de ano é assim: a caixa postal de todas as empresas fica lotada de emails de profissionais buscando emprego. No caso aqui da Talk, currículos de jornalistas e de relações públicas que, supostamente, deveriam ser hábeis na comunicação.

Concordo que nosso idioma é danado de difícil. Também erro e não tenho vergonha de admitir que consulto meu pai, professor de Português, toda vez que aparece uma dúvida mais cabeluda. Mas vamos combinar que, numa mensagem de pedido de emprego, o sujeito deveria revisar e reler o email e o texto do currículo várias vezes antes de apertar o “enviar”.

Então, compartilho com vocês algumas das pérolas que recebi só neste ano. Algumas não foram problemas de ortografia ou de gramática. Foi apenas um jeito estranho de se apresentar. Só não posso, por motivo éticos, colocar neste post as fotos à la coluna social que estavam nos currículos. Enfim, como diria o Mussum, Cacildes!

1)    Está tão difícil achar algo na área de comunicação em Curitiba! Espero ter uma oportunidade de começar =)

2)    Coloco-me a disposição caso haja algum interesse.

3)    Segue em anexo curriculo.

4)    Espero poder contribuir junto a sua empresa.

5)    Olá, gostaria de me candidatar a possiveis vagas que vocês possam ofertar na área de assessoria de imprensa.

6)    Muito obrigado! (email enviado por uma mulher).

Karin Villatore

5
dez

Fátima Bernardes deixa o JN

Na semana passada a jornalista e âncora do maior telejornal do Brasil, o Jornal Nacional, Fátima Bernardes, anunciou sua saída do programa, que apresentava com seu marido William Bonner. A dupla já estava no ar há quase 14 anos.

A apresentadora deixará o cargo para assumir o seu próprio programa na emissora, que entrará no ar em 2012 e é mantido sob sigilo. Quem irá ocupar o seu lugar é a jornalista Patrícia Poeta, que começará na bancada amanhã (06/12). Patrícia terá que dar uma mudada no visual para apresentar o programa, que inclui um corte de cabelo bem diferente do usado atualmente. Quem entra no Fantástico definitivamente é a jornalista Renata Ceribelli.

Como jornalista, tenho lá as minhas dúvidas a respeito do sucesso da troca. Não que eu não acredite na Fátima Bernardes, pelo contrário, pois ela tem uma carreira sólida e já mostrou profissionalismo e competência ao longo de todos estes anos no JN. O que mais me deixa em dúvida é se a Patrícia Poeta tem perfil para apresentar o telejornal.

O figurino de Patrícia, segundo a figurinista Regina Martelli, irá mudar. A jornalista não usará o blazer formal, que não combina com ela e nem está na moda mais, mas também não poderá usar as roupas que usava para apresentar o Fantástico.

Bom, tenho lá as minhas dúvidas com relação ao troca-troca na Globo, mas mesmo assim, sucesso a todas elas na nova carreira. Só não posso deixar de admitir que sentirei falta da Fátima Bernardes na bancada do JN.

Fabíola Cottet

1
dez

Senado aprova em primeiro turno diploma obrigatório para jornalistas

Foi aprovada nesta quarta-feira (30/11), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2009, que restabelece a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista. Houve 65 votos a favor e sete contrários à proposta.

A obrigatoriedade do diploma de jornalista foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho de 2009, quando a maioria dos ministros entendeu que limitar o exercício da profissão aos graduados em jornalismo estaria em desacordo com a liberdade de expressão prevista no texto constitucional. Se aprovada em segundo turno no Senado, a PEC 33/2009 seguirá para exame da Câmara dos Deputados. Sou super a favor do diploma.

Claro que existem exceções, pois existem muitos bons jornalistas por aí que não possuem diploma, mas, sim, anos de experiência que contam muito mais do que aulas. O problema é que exceções não podem ser regras. Precisamos de formação aliada à experiência. Torço para que a obrigatoriedade seja aprovada e que os futuros profissionais se esforcem cada vez mais para realizar um bom trabalho.

Thalita Guimarães

21
nov

Jornalista norte-americano ligado à tragédia da Gol é condenado no Brasil

O julgamento do jornalista norte-americano Joe Sharkey, que estava no Legacy que se chocou com o Boeing da Gol em 2006, aconteceu na última quinta-feira, em Curitiba (PR).

Sharkey foi condenado a se retratar publicamente perante o povo brasileiro, nos mesmos meios de comunicação em que fez as ofensas, e também a pagar uma indenização no valor de 50 mil reais, com correção monetária a partir de janeiro de 2008, data em que os textos foram publicados. A multa será destinada à Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas do Paraná.   O magistrado que julgou o caso foi o Dr. Sérgio Luiz Patitucci, acompanhado da Dra. Rosana Fachinn e do Dr. José Augusto Gomes Aniceto. Este últimopediu vistas do processo e proferirá seu voto no início de dezembro. A decisão não pode ser mudada, pois a maioria votou a favor da condenação.

Após o julgamento, o blogueiro fez um novo post em seu blog, mencionando os processos e fazendo novas críticas aos jornalistas, além de criticar a justiça que o considerou culpado, chamando a imprensa de covarde e os jornalistas de xenófobos (http://joesharkeyat.blogspot.com/2011/11/brazil-reverses-itself-finds-me-guilty.html).

Pelas ofensas que sofremos, como brasileira, fiquei feliz pela condenação, mas ainda acho que ele merecia mais. Como brasileira, jornalista e parte da imprensa, eu me senti diretamente ofendida por Sharkey. Ele usou o acidente para se promover, já que antes era um jornalista desconhecido e, depois da tragédia, virou “celebridade”, indo a vários programas de entrevistas nos EUA, além de falar muita coisa errada a respeito do nosso país.

Mesmo assim, não deixa de ser um começo de justiça. Que seja o começo de muitas vitórias!

Fabíola Cottet

31
out

Teoria da Conspiração

Em um mundo totalmente globalizado onde tudo e todos são informantes / informados, onde todos noticiam e podem ser noticiados, teorias da conspiração é que não faltam. A última veio do portal R7, ao citar o blog Brasil que Vai, que reproduziu documentos do site Wikileaks, dizendo que o jornalista William Waack, apresentador do Jornal da
Globo, seria informante do Governo dos Estados Unidos.

A Central Globo de Comunicação (CGCom) rapidamente se manifestou e alegou que esta informação é falsa. “A notícia é um completo absurdo”, disse a CGCom, em nota enviada ao Comunique-se. A emissora confirmou que o nome do jornalista é citado por três
vezes em documentos do governo norte-americano, mas disse que isso não faz de
Waack um informante. Além do nome do apresentador, são citados o diretor de
redação da revista Época, Helio Gurovitz, e os jornais Valor Econômico e O Globo, a respeito de reportagens sobre as eleições presidenciais de 2010.

De acordo com a emissora, Waack apenas participou de eventos promovidos pelo consulado norte-americano, ao lado de políticos e instituições brasileiras, como faria qualquer jornalista que cobrisse a editoria internacional, mas ressalta que os eventos não eram
sigilosos e que fazem parte da profissão. Muito pano para manga de quem adora uma boa teoria da conspiração.

Thalita Guimarães

21
out

Ainda não é o fim do jornal impresso

Apesar de muitos optarem pela internet no momento de buscar informações sobre as notícias diárias, os jornais continuam a ser o principal canal de comunicação. Foi o que apontou uma pesquisa da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias. O estudo mostrou que o veículo impresso alcança 20% mais pessoas que a internet em todo o mundo.

É fato que os jornais diários registraram quedas de circulação nos últimos anos, como comprovou a pesquisa – desde 2009 os impressos perderam cerca de 2% do mercado. Porém, mesmo com esse índice, os jornais são lidos por 2,3 bilhões de pessoas, sendo que a internet alcançou a marca de 1,9 bilhão de leitores.

A pesquisa foi realizada em 69 países, que correspondem a 90% do mercado mundial de jornais. O estudo apontou que os padrões de consumo de mídia variam muito no mundo. Os dados mostraram ainda que, enquanto a circulação de impressos aumentou na Ásia (7%) e na América Latina (2%), os índices diminuíram na Europa (2,5%) e nos Estados Unidos (11%). A principal queda foi registrada em diários gratuitos, que passaram de 34 milhões, em 2008, para 24 milhões, em 2010.

A Islândia é o país onde os jornais têm maior alcance, de acordo com o estudo, chegando a 96% da população. Em seguida aparecem o Japão, com 92%; Noruega, Suécia e Suiça, com 82%; Finlândia e Hong Kong, com 80%. Em uma média global, os jornais atraem 8% do tempo dedicado pelas pessoas ao meios de comunicação em geral mas, mesmo assim, comportam 20% de toda a receita obtida pelas mídias de informação.

Isso reflete o comportamento do leitor que continua fiel à mídia imprensa. Acho que ainda podemos ter esperança para o futuro dos jornais, diferentemente da expectativa de muitos, que dizem que o veículo irá acabar com o advento das novas tecnologias.

Luanda Fernandes