Arquivo da tag: Assessoria de Imprensa

27
abr

Informação que abala

Que a informação é uma arma, todos sabemos. Que o conhecimento é muito importante, mais ainda. O que não se sabe é o que vamos encontrar em informações e histórias quando se trata de grandes tragédias.

Há quatro meses atendemos a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907. É com garra e determinação que abraçamos essa causa, pois estamos lutando por justiça e para que os dois pilotos norte-americanos, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, sejam punidos e suas licenças para pilotar sejam cassadas.

Nesta semana fiquei encarregada de levantar a história das vítimas do Voo 1907 (que totalizam 154), confesso que chorei por diversas vezes. Jornalista sempre tem aquela conversa que não devemos nos envolver com o tema, que temos que ser imparciais e tudo mais, mas isso é impossível quando se trata de uma coisa tão próxima e real.

É impossível reagir friamente com alguém dizendo que hoje consegue sentir saudade sem dor, mas que levou muito tempo pra isso. É difícil ser imparcial com histórias de quem perdeu o pai uma semana antes do acidente e o marido morreu na tragédia. Mais complicado ainda é não se emocionar ouvindo os planos que todas essas famílias tinham para o futuro. Sabe aqueles planos que você faz com a sua família? Pois é, os sonhos dessas pessoas foram interrompidos por um acidente sobre o qual eles não tiveram nenhuma responsabilidade. Sonhos de ter um pai presente, sonhos de casar, de dar a volta ao mundo de bicicleta, de aproveitar a vida… Volto a dizer, é impossível não abraçar a causa diante de informações como essas, que chocam e abalam.

Fabíola Cottet

 

14
abr

Notícias de Nova Iorque – Parte 2

Cheguei em Nova Iorque na segunda-feira de manhã. Neurose de sempre na chegada. Tive que deixar meu isqueiro na alfândega (proibido levar produto inflamável, disse a moça da segurança) e assistir a um grupo de paquistaneses ser deportado. A porta do aeroporto se abriu para um vento cortante e a descoberta de que a distância entre a cidade de Nova Iorque e Long Island era bem maior do que eu imaginava.

Quase duas horas depois, cheguei ao hotel. Fiz um rápido check-in e voltei a Nova Iorque para visitar redações. Antes, comprei um celular local.
No pomposo prédio do The New York Times tive a sorte de ser recepcionada por um porteiro casado com uma gaúcha. Tudo bom com você?, ele me perguntou. Conspiração do bem, conheço pessoas surpreendentemente amáveis, inclusive a única jornalista brasileira que trabalha naquele jornal, uma baiana/carioca com quem conversei por algum tempo.

Os jornalistas do The New York Times trabalham em baias e a redação, enorme, tem aquários para reuniões. De lá fui à TV Globo, que tem uma redação maior do que eu imaginava e uma diretora extremamente simpática. No final do dia, os US$ 100,00 de crédito que tinha colocado em meu celular pré-pago terminaram. Precisava economizar nas conversas com a equipe no Brasil. Dormi mal e estava ansiosa.

Na terça-feira comprei bastante crédito para o celular, passei o dia fazendo contatos por telefone e email. Confirmei mais algumas presenças de correspondentes brasileiros na cobertura do interrogatório. A Internet do hotel era péssima, o que aumentava a angústia. Dormi mal de novo. Na quarta-feira aconteceria o primeiro interrogatório.

Karin Villatore

12
abr

Notícias de Nova Iorque – Parte 1

Quando eu trabalhava na Volvo Car eram comuns as viagens ao exterior para acompanhar grupos de jornalistas que testavam carros, reuniões mundiais com as Assessorias de Imprensa da empresa, encontros de aproximação com a imprensa dos outros países do Mercosul e visitas às feiras de automóveis da Europa. Tudo absurdamente bem organizado, como é típico dos suecos. 
Fazia alguns anos que eu não viajava para fora do Brasil a trabalho. No final de março quebrei o jejum de um jeito bem intenso.
Desde janeiro atendemos a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907. Para quem não lembra, foi aquela tragédia da Gol que aconteceu em 2006 e que foi causada pela imperícia de dois norte-americanos que pilotavam um jato Legacy. O nome deles: Jan Paul Paladino e Joseph Lepore. Todas as 154 pessoas que estavam no Boeing da Gol morreram. O que aconteceu com Paladino e Lepore? Nada! Aliás, eles voltaram irregularmente para os Estados Unidos, nunca foram presos e são pilotos até hoje, um na American Airlines e outro ainda trabalhando com o Legacy.
Até o dia 25 de março, uma sexta-feira, o primeiro interrogatório com Paladino e Lepore estava agendado para acontecer na Embaixada Brasileira em Washington, capital dos Estados Unidos, nos dias 30 (quarta-feira) e 31 (quinta-feira) de março. Sim, desde 2006 eles nunca tinham sido interrogados. Até então, estava previsto que eu iria acompanhar a audiência de Brasília, por meio de uma videoconferência, e teríamos uma equipe fazendo uma vigília em Washington. No final da tarde daquela sexta-feira veio a notícia: o interrogatório tinha sido transferido para Nova Iorque, mais precisamente para Long Island, cidade na qual vivem Paladino e Lepore. Ou seja, a audiência aconteceria no “quintal” dos pilotos. Mudei rapidamente minhas passagens. Domingo embarquei para Nova Iorque.

Karin Villatore

8
abr

Viral que todo mundo gosta

Já postamos aqui no blog alguns vídeos desses chamados “virais” que circulam muito rápido pela net via email, twitter ou facebook. Eles lançam moda, propagam gírias e piadas internas, já vi pautarem várias matérias na imprensa e, claro, fazem propaganda. O negócio é que a propaganda pode ser boa ou não. A rápida interação que as redes sociais promovem ainda deixa os setores responsáveis pela imagem da empresa (marketing e assessoria de imprensa) sem saber como agir. A Brastemp é um bom exemplo para usar porque conseguiu dois casos de marketing viral impressionantes: um muito bom e outro muito ruim. Um cidadão indignado com o péssimo funcionamento da sua geladeira e do SAC da marca postou um vídeo no YouTube que teve mais de 130 mil visualizações em poucos dias, além de ser o 2.º assunto mais comentado do mundo no Twitter.  A outra campanha, chamada “O dia que um sorriso parou São Paulo”, teve mais de um milhão de visualizações. Para quem não viu ainda:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=riOvEe0wqUQ&feature=player_embedded]

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=-Hc1kFvUTT4&feature=player_embedded]

Cristiane Tada

25
mar

Entrega Carta Aberta agradecendo e pedindo apoio à Presidenta Dilma Rousseff

Neste mês, por meio de um trabalho realizado para a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, nossa equipe entregou, por meio da Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma Carta Aberta à Presidenta Dilma Rousseff agradecendo o apoio que a entidade recebeu até agora e pedindo que ela continue na luta pela punição dos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. O caso ocorreu em 2006, quando o jato Legacy chocou-se com o Boieng da Gol, fazendo 154 vítimas.

Os familiares pedem uma punição efetiva por parte da justiça, tanto na sentença, pedindo a pena máxima para os pilotos, como suas demissões e também cassando suas licenças para pilotar, pois ambos continuam trabalhando nos Estados Unidos na American Airlines e ExcelAire.  Além dos pedidos, a Carta deixa a governante do país informada sobre o andamento do processo, fala do Acordo de Cooperação Jurídica entre o Brasil e os Estados Unidos, cita os documentos que comprovam a culpa dos pilotos do jato Legacy e manifesta abertamente a indignação dos familiares e amigos das vítimas do acidente com a falta de punição dos pilotos até agora.

No link http://www.associacaovoo1907.com/?l=not&id=119 veja a íntegra da carta aberta entregue à Presidenta Dilma Rousseff.

Karin Villatore

21
mar

Assessoria de Imprensa

Todos os dias centenas de notícias vão ao ar e são publicadas graças aos assessores de imprensa. Esses profissionais são um elo fundamental entre os jornalistas das redações e inúmeras histórias contadas por eles. É o assessor quem formata informações das mais variadas e transforma num produto atraente para o universo jornalístico. O leitor, o ouvinte, o telespectador, muitas vezes nem faz idéia do tamanho da engrenagem que funciona por trás da produção da notícia.
 
Depois de oito anos ligada ao dinamismo da televisão, o trabalho incansável de um assessor me surpreendeu. Durante um mês aceitei o desafio de pisar num território, até então, desconhecido pra mim. Passava o dia à procura de informações que pudessem ter ligação com os clientes. É trabalho de formiguinha. E quantas vezes assuntos interessantes não eram eleitos pelos repórteres e editores…frustração que se transformava em mais trabalho. Já a situação contrária seria capaz de fazer qualquer um voltar pra casa feliz. Como é agradável acompanhar no ar ou nas páginas do jornal o resultado das buscas e contatos. Uma estranha sensação de prazer por cumprir o dever sendo invisível. 
 
Heloisa Vieira

11
fev

Comunicação do futuro: integrar é o caminho

Redes sociais, novas tecnologias e abordagens. O que será da Comunicação Empresarial daqui a alguns anos? O Brasil ainda tem muito potencial a ser explorado e a tendência é que, cada vez mais, os empresários percebam a posição estratégica da comunicação para a sua boa imagem no mercado.
Segundo Paulo Nassar, Diretor da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), no Anuário Brasileiro das Agências de Comunicação e da Comunicação Corporativa de 2010/2011, o PIB de nosso país tem crescido 7% a 8% ao ano. Para buscar nossa fatia desse crescimento nosso desafio será buscar cada vez mais posicionamentos corretos, manter canais mais populares abertos e interlocução afiada nas várias esferas. Ou seja, planejar ações e mensagens capazes não só de gerar, mas também de garantir a percepção de uma boa imagem.
A perspectiva é para cada vez demandas mais complexas e a responsabilidade de produzir mensagens personalizadas e eficazes de acordo com o público que se quer atingir. Então, o ideal é estarmos preparados. Em 2011 investir em cursos de atualização, manter o diálogo e debate entre profissionais da área para conhecer novas práticas e estabelecer limites de trabalho, delimitando até aonde vão as nossas atribuições.
As diversas áreas da comunicação, publicidade, assessoria de imprensa e marketing trabalham integradas. Todas pensando a imagem da empresa, mas cada uma com suas atribuições específicas. É nossa função guiar as empresas para que compreendam e amadureçam as extensões de cada trabalho. Com isso o cliente poderá enxergar bem o que quer e qual a melhor trajetória para a visibilidade da sua marca para qualquer tipo de público.

Karin Villatore

25
jan

Quem cala consente

Existe uma área muita estudada da Comunicação Social chamada Gerenciamento de Crise em Comunicação. Ela só existe quando o problema se torna público. Enquanto só os executivos internos estiverem a par da situação, ela ainda não passou a fazer parte desta esfera.

Crise não é só demissão. Se sua empresa vai passar por um processo de fusão ou aquisição, se um funcionário teve um acidente grave no trabalho, se um fornecedor se envolveu em alguma falcatrua, sua imagem também poderá estar em xeque. Os analistas do Gerenciamento de Crise em Comunicação se esforçam ao máximo para que o trabalho se centre na prevenção. Mas normalmente eles só são acionados quando o pânico está em estado bem adiantado. E o que fazer numa hora dessas?

Em primeiro lugar, não fique em silêncio. Lembre sempre da máxima “quem cala consente”. Mas isso não quer dizer que você deva sair falando sem um preparo prévio e sem medir as palavras. Procure um profissional especializado com a máxima urgência e tenha certeza de que o tempo está correndo contra você. 

Karin Villatore

20
jan

É jornalismo ou é publicidade?

Estava lendo o Anuário Brasileiro das Agências de Comunicação e da Comunicação Coorporativa de 2010/2011 e percebi uma preocupação comum: a dificuldade de explicar o nosso serviço. Antes eu achava que era só para as pessoas fora da área. É comum na casa dos meus pais alguém dizer que eu trabalho em uma agência de publicidade!!! Mas lendo o relato de várias empresas de comunicação no Brasil todo percebi que a dificuldade também está na hora de explicar para o cliente. Principalmente na hora de propesctar novos clientes, aqueles que não têm incutida a cultura da comunicação na veia da empresa. Foi quase um alívio. Como é bom ouvir (ler) gente que entende o nosso negócio e os nossos dramas. A distinção entre os papéis das agências ainda não está clara no mercado, mas estamos trabalhando para isso. Pelo que li a conclusão os profissionais é quase unânime para o fortalecimento do setor. Qualificação de mão-de-obra e a valorização do nosso trabalho, ou seja, conscientização das agências cobrarem preços justos pelos serviços.

Cristiane Tada