Arquivos da categoria: Curitiba

4
nov

Virada Cultural

A segunda edição da Virada Cultural de Curitiba acontece neste final de semana (05 e 06/11). O evento está com programação em 84 pontos da cidade, o que promete atrair muitos expectadores, assim como na edição passada, que aconteceu em abril deste ano.  As principais atrações acontecem na Praça da Espanha, nas Ruínas do São Francisco e no Paço da Liberdade, com shows gratuitos de Almir Sater, Jair Rodrigues, o Teatro Mágico, Ultraje a Rigor, A Banda Mais Bonita da Cidade, entre outros.

Na Praça da Espanha, além do palco, será montada uma praça de alimentação ao ar livre com música e gastronomia. Serão 28 estabelecimentos reunidos, que ofereceram cardápios variados e com preços bem atrativos.

Além disso, na Virada também terão apresentações teatrais, mostras de cinema e exposições em museus. Para quem vai estar na cidade e não tem nada programado para o final de semana, essa é uma boa oportunidade para conferir o evento que recebeu muitos elogios na edição passada. Então fica a dica. Quem quiser conferir a programação e saber mais sobre o evento, basta acessar o site http://correntecultural.com.br  

Luanda Fernandes

16
ago

Será o fim do estacionamento pago?

Hoje me deparo com a notícia de que os shoppings centers irão contestar a lei do estacionamento gratuito. O vereador Jair Cézar do PSDB sugeriu uma proposta na Câmara Municipal de Curitiba, que será votada hoje, para a primeira hora ser gratuita para clientes dos grandes estabelecimentos comerciais.

Mesmo ainda sem nem ter sido discutido, é óbvio que o projeto já encontra resistência das entidades e empresas que representam o setor que lucra com os estacionamentos. Segundo a proposta, a segunda hora de permanência só seria gratuita se o cliente comprovasse que realizou compras no shopping. Além disso, será votada também a emenda da vereadora Julieta Reis (DEM) que prevê isenção a quem gastar dez vezes o valor do estacionamento nas lojas. Por exemplo, se o estacionamento pago no shopping for um valor de R$ 5 e o consumidor tiver gasto R$ 50 ou mais, ele não paga estacionamento.

Bem, dificilmente alguém que vá de carro ao shopping gasta menos do que R$ 50 na ida. Um pai de família, por exemplo, que tem somente um filho e resolve levar a esposa e o filho para o cinema, no final de semana, vai gastar em torno deste valor com os ingressos, variando de um cinema para outro. Além disso, sempre tem o lanche consumido na praça de alimentação, além de alguma coisa comprada nas diversas lojas. Todo esse gasto justifica, perfeitamente, o estacionamento gratuito. Obviamente, a pessoa que for ao estabelecimento de carro apenas para passear teria a obrigação de pagar os R$ 5.

O que ocorre é que em alguns shoppings a cobrança se torna um pouco absurda. No mês passado fui a um shopping de Curitiba, onde eu tinha comprado ingressos para uma sessão de cinema que começava às 23 horas. Chegamos, eu e meu noivo, por volta de 20 horas no shopping, fiz compras, jantei, olhei vitrines e ainda fiquei esperando uma hora para a sessão começar. O filme terminou por volta de uma da madrugada. Quando fomos pagar o estacionamento me deparei com o valor absurdo de quase R$ 15. E sem flexibilidade, era aquele valor e ponto. Alguns shoppings acabam cobrando tarifas exageradas, o que torna os clientes insatisfeitos.

Vamos esperar por essa votação e ver o resultado, esperamos um preço justo para todos os frequentadores dos shoppings centers.

 Fabíola Cottet

27
abr

Informação que abala

Que a informação é uma arma, todos sabemos. Que o conhecimento é muito importante, mais ainda. O que não se sabe é o que vamos encontrar em informações e histórias quando se trata de grandes tragédias.

Há quatro meses atendemos a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907. É com garra e determinação que abraçamos essa causa, pois estamos lutando por justiça e para que os dois pilotos norte-americanos, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, sejam punidos e suas licenças para pilotar sejam cassadas.

Nesta semana fiquei encarregada de levantar a história das vítimas do Voo 1907 (que totalizam 154), confesso que chorei por diversas vezes. Jornalista sempre tem aquela conversa que não devemos nos envolver com o tema, que temos que ser imparciais e tudo mais, mas isso é impossível quando se trata de uma coisa tão próxima e real.

É impossível reagir friamente com alguém dizendo que hoje consegue sentir saudade sem dor, mas que levou muito tempo pra isso. É difícil ser imparcial com histórias de quem perdeu o pai uma semana antes do acidente e o marido morreu na tragédia. Mais complicado ainda é não se emocionar ouvindo os planos que todas essas famílias tinham para o futuro. Sabe aqueles planos que você faz com a sua família? Pois é, os sonhos dessas pessoas foram interrompidos por um acidente sobre o qual eles não tiveram nenhuma responsabilidade. Sonhos de ter um pai presente, sonhos de casar, de dar a volta ao mundo de bicicleta, de aproveitar a vida… Volto a dizer, é impossível não abraçar a causa diante de informações como essas, que chocam e abalam.

Fabíola Cottet

 

1
abr

Shakespeare de graça nas praças

Foto Heloisa Rego

O Festival de Teatro de Curitiba acabou de começar e já estou adorando. Fui ver uma das peças que abria o evento, “Sua Incelença Ricardo III” no Bebedouro do Largo da Ordem. A peça era de graça, ao ar livre, para todos. Como a rapadura é doce, mas não é mole não, São Pedro não facilitou e choveu durante todo o espetáculo. Na peça os atores cantam, dançam e tocam. Mas o que me deixou emocionada mesmo foi que nem a maquiagem escorrendo do grupo potiguar, Clowns de Shakespeare, fez o espetáculo perder a magia. Com a chuva aumentando poucos desistiram de assistir porque estavam sem proteção nenhuma, muitos pais com crianças também, mas a maioria resistiu bravamente à provação. Meu entendimento de dramaturgia fica no achismo barato, mas acredito que encenar um texto de Shakespeare, misturando músicas do Queen e sotaque nordestino, embaixo de uma chuva danada, com uma platéia fiel que aplaudiu em pé segurando o guarda-chuva na mão, não é para qualquer um. Bravo!
Aí ontem desço do ônibus depois de um dia mega agitado e dou de cara com a Megera Domada sendo encenada no meio da Praça Santos Andrade. Despretensiosamente, os atores representavam praticamente só com os figurinos que vestiam e meia dúzia de improvisados objetos cênicos.  A platéia estava repleta. Eram estudantes, transeuntes, gente velha, nova, um pipoqueiro, vendedores ambulantes e a tia maluca que ta sempre ali gritando discursos apocalípticos.
Não tive como não sorrir. Fiquei pensando que bons artistas fazem um bom público. E em o que a arte não é capaz.

Cristiane Tada

21
fev

Sobre justiça e esperança

Há dois meses estamos fazendo a divulgação das ações da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907. Esse caso foi destaque internacional em 2006 e ensaiou uma crise diplomática entre Brasil e EUA. Um jato Legacy americano bateu em um avião da Gol e matou 154 passageiros. Estamos trabalhando para que os pilotos e a empresa responsável pelo jato não fiquem impunes, uma vez que provas apresentadas à Justiça Federal comprovam a negligência e imperícia dos dois. Só agora  a audiência foi marcada para ouvir a versão dos pilotos. Injustiça é uma coisa que, mesmo que a gente assista todos os dias no Brasil, a gente não pode se acostumar. Afinal , a capacidade de nos indignarmos é característica importante que nos faz humanos, não é?
O assunto é polêmico. Por isso todo o mundo se envolve um pouco. Mas verdade seja dita: como é difícil falar de assuntos tristes. Boas notícias são fáceis de emplacar, mas  falar sobre tragédia…
A imprensa constantemente é acusada de sensacionalismo, de morbidez ao pautar os assuntos. Mas passados cinco anos é necessária uma estratégia para conseguir certo barulho para que o caso volte à tona. Tudo isso para que a imprensa cobre o mínimo das autoridades competentes: um julgamento. Morreram 154 passageiros no fatídico acidente, mas quantos familiares e amigos perderam a paz? Quantas pessoas terão dizimadas todas as esperanças na vida ou em tudo que faz ela valer a pena caso tudo termine na pizza nossa de cada dia? Na verdade seremos 190 milhões de vítimas. Participem também do movimento em prol de justiça participando do abaixo-assinado disponível no site  www.190milhoesdevitimas.com.br

Cristiane Tada

9
dez

Novos tempos

Em janeiro do ano que vem faço 20 anos de Jornalismo. Encontrei dias desses lá em casa, em meio a um monte de papelada, um documento assinado pelo Lobão, hoje colunista da Gazeta do Povo e naquela época um dos chefes da sucursal da Folha de Londrina, a cartinha registrando meu primeiro estágio. Tinha recém-feito 19 anos, estava cursando o terceiro ano de Jornalismo da PUC e queria mudar o mundo.

Aprendi a trabalhar com máquina de escrever, diagramador reclamando do fechamento atrasado, telex fazendo um barulho infernal na redação, todo mundo fumando o tempo todo, quase nenhuma fonte de pesquisa disponível além de um livro ou o jornal concorrente,  jornalistas boêmios e salários medonhos.

Quase tudo mudou. Se para melhor, realmente não sei.

Nestes 20 anos passei por jornais, emissoras de TV, revistas, comunicação interna e externa de empresas. Hoje tenho uma agência e sou professora universitária. Ainda tenho vontade de mudar o mundo, mas de um jeito diferente. Hoje eu me sinto responsável pelas pessoas que trabalham aqui na agência, pela formação dos meus alunos e pela consolidação e pelo zelo da imagens dos clientes da agência. Acredito que, por meio do meu trabalho, consigo criar algum impacto positivo neste grupo. O que já é bastante.
Quem sabe seja o jeito maduro de remodelar uma meta, né?

Karin Villatore

23
nov

Viramos!

Como a gente não comentou da Virada Cultural, lá vou eu. Bom, foi muito divertido, evento superbem produzido, ótimos shows. Eu já estive em duas Viradas em Sampa e, então, dá para ter um parâmetro. Tudo foi muito legal. Senti um pouco falta de policiamento nas Ruínas nos shows de madrugada, mas também não vi nenhuma briga ou caso que precisasse dela. O som estava bem ruim em alguns lugares, mas como falou um amigo isso são ajustes. O negócio é que deu uma alegria imensa ver Curitiba naquela animação, aquele povo todo na rua, aquele sol bonito e todo mundo sendo feliz. Contrariando tudo que todo mundo fala mal da cidade. Eu não sou curitibana, mas sou paranaense. E a emoção foi bem maior ver tudo aquilo rolando por aqui do que quando estive em SP. A população prestigiando, sem empurra-empurra ou confusão. Além de tudo, recebemos essa foto que não tinha como não postar.

Cristiane Tada

25
out

Workaholic

Para que ainda não ouviu falar, workaholic é uma expressão em Inglês que designa uma pessoa viciada em trabalho. Não me considero um megaviciada, mas tenho meus ataques de abstinência. Este ano, resolvi tirar uma semaninha de férias apenas agora e o restante no final do ano, quando as atividades ficam mais tranquilas.

Apesar de ser apenas uma semana (três dias na verdade, pois vou emendar com um feriado) já fico pensando em como ficarão meus clientes, meus textos, minhas buscas, meus contatos, a  agenda, as atualizações, as reuniões, os follows, os convites etc. etc. etc….É tanta coisa para pensar que chego a acreditar que tenho que voltar logo para as coisas voltarem a funcionar.

Será que isso me transforma em uma workaholic? Claro que no dia-a-dia chego ao escritório, faço o que tenho que fazer e quando saio daqui me desligo. Fato não todo verdadeiro, uma vez que sempre penso nas atividades que farei no dia seguinte, na semana seguinte, no mês seguinte…

Acho que encontrei minha resposta!

Thalita Guimarães

21
out

O colaborador é sempre o último a saber

Sua empresa lançou um produto, teve mudanças na diretoria, adquiriu uma nova marca e está conseguindo superar a crise financeira internacional. Tudo mais do que animador. Não fosse o fato de você ter se esquecido de informar sua equipe interna sobre as novidades.

Parece uma situação absurda, mas é mais do que comum nas corporações.
 A maioria de nós tem consciência de que a comunicação passou a ser um campo estratégico e indispensável na detecção de oportunidades e de ameaças. E o cliente interno é uma peça-chave neste processo. Para que o colaborador entenda qual é o papel que você espera dele e para que ele possa cooperar ao máximo, ele impreterivelmente tem que estar bem informado sobre todas as novidades da empresa.

A comunicação interna deve ser clara e constante, tomando-se o cuidado de que esteja sendo compreendida pelos diversos níveis dentro da empresa. Muitos de nós simplificamos os públicos em interno e externo. Se assim ficar mais fácil, tudo bem. Mas é importante que se lembre que cada nível tem sua percepção e sua compreensão dos fatos. Portanto, deve haver formas de comunicação adequadas para eles.

Não importa o porte do empreendimento: é preciso planejar comunicação e ter em suas ações o devido reconhecimento da importância nos resultados dos negócios. Lembre-se também que a escolha da ferramenta ideal de comunicação interna depende de fatores como o perfil do público-alvo, a temporalidade das informações, o grau de influência do veículo junto ao público-alvo, o tipo de impacto da mensagem, a linguagem, o tempo disponível de leitura do público-alvo e o número de mensagens que ele costuma receber diariamente.

Com o desenvolvimento desta prática, tudo vai conspirar em seu favor.  Afinal, seu colaborador não está apenas esperando o envio de uma mensagem de felicitação no dia do aniversário dele.

Karin Villatore