Arquivos da categoria: Comportamento do Consumidor

16
ago

Será o fim do estacionamento pago?

Hoje me deparo com a notícia de que os shoppings centers irão contestar a lei do estacionamento gratuito. O vereador Jair Cézar do PSDB sugeriu uma proposta na Câmara Municipal de Curitiba, que será votada hoje, para a primeira hora ser gratuita para clientes dos grandes estabelecimentos comerciais.

Mesmo ainda sem nem ter sido discutido, é óbvio que o projeto já encontra resistência das entidades e empresas que representam o setor que lucra com os estacionamentos. Segundo a proposta, a segunda hora de permanência só seria gratuita se o cliente comprovasse que realizou compras no shopping. Além disso, será votada também a emenda da vereadora Julieta Reis (DEM) que prevê isenção a quem gastar dez vezes o valor do estacionamento nas lojas. Por exemplo, se o estacionamento pago no shopping for um valor de R$ 5 e o consumidor tiver gasto R$ 50 ou mais, ele não paga estacionamento.

Bem, dificilmente alguém que vá de carro ao shopping gasta menos do que R$ 50 na ida. Um pai de família, por exemplo, que tem somente um filho e resolve levar a esposa e o filho para o cinema, no final de semana, vai gastar em torno deste valor com os ingressos, variando de um cinema para outro. Além disso, sempre tem o lanche consumido na praça de alimentação, além de alguma coisa comprada nas diversas lojas. Todo esse gasto justifica, perfeitamente, o estacionamento gratuito. Obviamente, a pessoa que for ao estabelecimento de carro apenas para passear teria a obrigação de pagar os R$ 5.

O que ocorre é que em alguns shoppings a cobrança se torna um pouco absurda. No mês passado fui a um shopping de Curitiba, onde eu tinha comprado ingressos para uma sessão de cinema que começava às 23 horas. Chegamos, eu e meu noivo, por volta de 20 horas no shopping, fiz compras, jantei, olhei vitrines e ainda fiquei esperando uma hora para a sessão começar. O filme terminou por volta de uma da madrugada. Quando fomos pagar o estacionamento me deparei com o valor absurdo de quase R$ 15. E sem flexibilidade, era aquele valor e ponto. Alguns shoppings acabam cobrando tarifas exageradas, o que torna os clientes insatisfeitos.

Vamos esperar por essa votação e ver o resultado, esperamos um preço justo para todos os frequentadores dos shoppings centers.

 Fabíola Cottet

10
jun

Vídeo, propaganda, AÇÃO!

Quando estamos perto de alguma data comemorativa tudo muda. Parece que todas as lojas do planeta estão te chamando para aquilo, Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, Natal, Ano Novo, Páscoa… Tudo vira motivo para comprar e todas as formas, maneiras e jeitos de publicidade para atrair o consumidor são válidas.

Com a tecnologia, internet e esse imediatismo, a forma de se fazer publicidade é muito mais dinâmica, a possibilidade de divulgação é garantida e o custo pode ser baixo. Contrariando o baixo custo, essa semana, a alguns dias do Dia dos Namorados, a operadora Vivo criou um clipe da música Eduardo & Mônica, do Legião Urbana, com o texto: “A história de amor mais cantada do Brasil virou filme”. Segundo a empresa informou no Twitter, é a publicidade voltada para internet mais cara da história do Brasil até agora.

Se realmente saiu tão caro assim eu não sei, mas o que afirmo é que em três dias (o vídeo foi lançado no dia 07 de junho), ele alcançou os Trending Topics do Twitter, onde está até hoje, como um dos assuntos mais comentados no microblog e, além disso, o clipe oficial no YouTube está com mais de dois milhões de acessos (2.805.691 é o número até o momento). Vale a visualização:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=gJkThB_pxpw]

Fabíola Cottet

6
jun

Propaganda sentimental

Faço pós-graduação em Comunicação Institucional na Universidade Tecnológica do Paraná, o velho e bom conhecido CEFET. Apesar de muitas vezes ficar desapontada com alguns comentários da turma sobre nossa profissão (o que mostra inexperiência e falta de visão de mercado), existem algumas coisas que me chamam a atenção.

Uma delas foi o que um professor disse em sala de aula: “No Brasil, os empresários já entenderam que a propaganda que vende mais é aquela que mexe com a emoção. Em outros lugares é o tom cômico e assim por diante”. Depois desta frase comecei a prestar mais atenção nos intervalos dos programas e vi que é a mais pura verdade.

Brasileiro tem aquela coisa do sentimento à flor da pele, da ginga, do sorriso. Talvez por isso mexer com a emoção cause mais impacto. Eu, por exemplo, até hoje pretendo comprar um carro de uma marca só porque a música da propaganda era linda e me fazia sentir bem. Vai entender, né? Para mim, o exemplo mais recente de algo do tipo é a já conhecida campanha da Coca-Cola, chamada “Os bons são a maioria”, que mostro abaixo. Nem sou superfã de refrigerante, mas amei a propaganda e fui ao mercado só para comprar Coca-Cola. Coisa de louco!

Thalita Guimarães

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=nWEgjrvVXUs]

8
abr

Viral que todo mundo gosta

Já postamos aqui no blog alguns vídeos desses chamados “virais” que circulam muito rápido pela net via email, twitter ou facebook. Eles lançam moda, propagam gírias e piadas internas, já vi pautarem várias matérias na imprensa e, claro, fazem propaganda. O negócio é que a propaganda pode ser boa ou não. A rápida interação que as redes sociais promovem ainda deixa os setores responsáveis pela imagem da empresa (marketing e assessoria de imprensa) sem saber como agir. A Brastemp é um bom exemplo para usar porque conseguiu dois casos de marketing viral impressionantes: um muito bom e outro muito ruim. Um cidadão indignado com o péssimo funcionamento da sua geladeira e do SAC da marca postou um vídeo no YouTube que teve mais de 130 mil visualizações em poucos dias, além de ser o 2.º assunto mais comentado do mundo no Twitter.  A outra campanha, chamada “O dia que um sorriso parou São Paulo”, teve mais de um milhão de visualizações. Para quem não viu ainda:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=riOvEe0wqUQ&feature=player_embedded]

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=-Hc1kFvUTT4&feature=player_embedded]

Cristiane Tada

5
abr

Globalização

Há anos falamos em globalização e a importância de um mundo sem fronteiras. Lembro inclusive que este foi o tema da minha redação quando prestei vestibular, em 2001. Agora, relembrando o significado de globalização achei a seguinte explicação: é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI.

Como viajo muito e sou viciada em buscas pela internet, acredito que vivo plenamente a era da globalização. Mas, esta semana, refletindo sobre o que iria escrever no blog pensei em um fato que me marcou muito sobre como esta ação pode refletir em nossas vidas até nos mínimos detalhes.

Explico: vou casar em novembro e decidi pedir meu vestido de noiva pela internet. A procura foi fácil, uma vez que existem mil modelos disponíveis na web. Optei por um site norte-americano que tinha um modelo encantador, que foi amor à primeira vista. Foi fácil. Precisei tirar minhas medidas (eles têm uma tabela que explica exatamente o que precisam), convertê-las em polegadas, pagar via cartão de crédito e pronto, daqui a dois meses e meio o terei em minha casa.

Minha avó ficou horrorizada com esta minha opção. E isto para mim exemplifica bem como hoje estamos muito mais globalizados e confiantes do que pouco tempo atrás. Neste meu caso, ainda bem!

Thalita Guimarães 

7
fev

Fim de uma hegemonia

O jornal Folha de S.Paulo perdeu a liderança de maior periódico em circulação no país segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC), que classificou o desempenho dos jornais brasileiros em 2010. A notícia foi publicada no boletim Meio & Mensagem do dia 24 de janeiro. O primeiro lugar agora é do jornal diário Super Notícia, de Belo Horizonte. De acordo com o boletim, enquanto a Folha manteve estabilidade, na casa dos 294 mil exemplares por edição, o Super Notícia cresceu 2%, atingindo uma média de 295 mil. Qual o motivo desta mudança? Seria o tão falado avanço das classes C e D? Faz muito sentido. Pesquisas mostram que este público aumentou e tem sede de informações. Os dados mostram também o crescimento de outros periódicos destinados ao mesmo público em outros estados como o Extra e Meio Hora, do Rio de Janeiro e o Diário Gaúcho, do Rio Grande do Sul. Refletindo sobre o assunto me lembrei o que o jornalista Gilberto Dimenstein, do jornal da Folha de São Paulo, me disse uma vez, ainda quando eu estava na faculdade. Quando eu o indaguei a respeito do futuro do jornalismo ele respondeu que esperava que o bairrismo crescesse. Argumentei se algum jornalista recém-formado deixaria para trás o sonho de trabalhar no maior jornal do país (até então a Folha) para fazer notícia em tablóides de suas cidades. Segundo o professor Dimenstein as pessoas querem se ver nos noticiários assim como nós que escrevemos queremos ser lidos. Por isso, para ele a tendência era do aumento do regionalismo. Para mim o dizer foi quase profético.  Acho que estava na hora do segundo estado mais populoso do Brasil (um país de dimensões continentais) ameaçar a hegemonia de quem há mais de 20 anos pauta notícias de São Paulo para todos os brasileiros.
Cristiane Tada

25
jan

Quem cala consente

Existe uma área muita estudada da Comunicação Social chamada Gerenciamento de Crise em Comunicação. Ela só existe quando o problema se torna público. Enquanto só os executivos internos estiverem a par da situação, ela ainda não passou a fazer parte desta esfera.

Crise não é só demissão. Se sua empresa vai passar por um processo de fusão ou aquisição, se um funcionário teve um acidente grave no trabalho, se um fornecedor se envolveu em alguma falcatrua, sua imagem também poderá estar em xeque. Os analistas do Gerenciamento de Crise em Comunicação se esforçam ao máximo para que o trabalho se centre na prevenção. Mas normalmente eles só são acionados quando o pânico está em estado bem adiantado. E o que fazer numa hora dessas?

Em primeiro lugar, não fique em silêncio. Lembre sempre da máxima “quem cala consente”. Mas isso não quer dizer que você deva sair falando sem um preparo prévio e sem medir as palavras. Procure um profissional especializado com a máxima urgência e tenha certeza de que o tempo está correndo contra você. 

Karin Villatore

16
nov

Feliz crise nova

Mais um ano chega ao fim. E que ano foi este! A crise econômica que abateu o mundo ano passado exigiu um equilibrismo em 2010 no mundo dos negócios. O tira-daqui-põe-ali fez que as empresas repensassem suas estratégias de investimento de recursos este ano. E a comunicação foi primordial durante a crise.

Saber administrar as dificuldades sem deixar que a boataria tome conta e apavore ainda mais clientes, parceiros, funcionários e colaboradores foi de extrema importância para voltar a controlar as rédeas.  Aparecer positivamente em tempos de incerteza pode ser um fator determinante para melhorar a imagem perante a sociedade e para ampliar os negócios. Investir em comunicação em tempos de crise demonstra maturidade para gerir um negócio ou uma empresa.

É no momento de fragilidade econômica que a informação deve ser manuseada para trazer transparência e credibilidade. Quem usou da comunicação para reorganizar as estratégias, evidenciar o que se tem de melhor e ver o que pode ser aproveitado utilizou bem do momento. Quem usou esta estratégia, ganhou.

Comunicação e informação são as matérias-primas para enfrentar a turbulência. A  instabilidade do mercado é a realidade na qual convivemos. Quem souber lidar com o momento pode ampliar as perspectivas, ganhar mercado e até comemorar. Partindo desta premissa, a idéia é desejar uma feliz crise nova a todos!

Karin Villatore

15
set

A Comunicação no Mercosul

No dia 26 de março de 1991, os governos da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai assinaram o Tratado de Assunção, que criou o Mercado Comum do Cone Sul, ou Mercosul. Muito avançou em relação à criação deste bloco econômico deste então. Mas a questão da cultura e da comunicação no Mercosul continua provocando polêmica entre os teóricos que a estudam. Uma vertente acredita na homogenia sul-americana, enquanto outro grupo prega que as populações do Mercosul são heterogêneas.

Devemos assumir que sim, somos diferentes. Seguindo os estudiosos da corrente histórica e política preponderante, os povos latino-americanos têm fortes distinções entre si. Num âmbito geral, segundo pesquisas, o brasileiro tende a ser o negociador menos formal. O contato físico e a tentativa de aproximação são comuns ao negociador brasileiro. Em contrapartida, o executivo argentino tende a ser extremamente organizado e burocrático. O argentino muito comumente traz em seu poder documentos e um advogado para acompanhar a discussão. A presença do advogado, para muitos negociadores brasileiros, é vista como um fator negativo, como se o argentino não tivesse confiança na seriedade do trabalho.

Já os executivos paraguaios tendem a ser ainda menos organizados que os brasileiros. Sem documentos e sem uma ideia estruturada sobre a negociação, as questões são resolvidas por meio do diálogo, onde o que mais vale é a solução momentânea.

Quanto à questão idiomática, nos países do Mercosul, existem, além das línguas oficiais, castelhano e português, as línguas do substrato aborígine (guarani, quichua, aymara, mapuche e vários dialetos araucos e tupis), faladas por milhões de habitantes. Por isso, é imprescindível que o executivo brasileiro que enfrenta uma negociação no Mercosul tenha bom conhecimento da Língua Espanhola.

Nem todas as legislações brasileiras são iguais às de outros países do Mercosul. Empresas já pesquisadas assumiram que perderam licitações devido a erros jurídicos cometidos em suas propostas de serviço. A área legal é hoje a número um em termos de publicação de livros e periódicos que tratam do Mercosul. O executivo brasileiro deve, então, aproveitar a vasta literatura e se enquadrar aos dispositivos jurídicos deste mercado.

A compreensão da situação econômica do país onde está sendo feita a negociação também é ponto imprescindível para os diálogos. A oferta de um trabalho que venha ao encontro das necessidades de um país é ponto fundamental no sucesso da negociação. Esse conhecimento pode ser obtido por meio da leitura de periódicos e livros sobre o país em destaque. Na chegada ao novo país, é sumamente importante que o negociador brasileiro compre, assim que pisar em solo estrangeiro, o principal jornal local.

Karin Villatore

30
ago

Taxa de conveniência

Desde que fiquei sabendo que o Stomp, grupo percussivo inglês mundialmente reconhecido, estaria em Curitiba dei um jeitinho de acompanhar quando e onde seria o evento.

 Com a data e valor de ingresso na mão resolvi junto com meu companheiro de quarto (ou namorido, o que acharem melhor) comprar os convites. Como não queríamos pagar a taxa de conveniência cobrada pela empresa Disk Ingressos, fomos até o Teatro Positivo comprar nossos tickets. Chegando lá a minha surpresa: também seria cobrada a tal taxa.

 Mas espera aí. Qual é a conveniência de eu sair da minha casa e ir até o Teatro Positivo (convenhamos, fica longe pra %@*&%) para pegar o ingresso na bilheteria? Uma coisa seria se eu pedisse para entregar na minha casa ou comprasse em outro lugar que não no próprio local do evento.

Confesso que me senti roubada. Fico triste com a forma como o consumidor é enganado. O jeito é procurar os órgãos competentes e solicitar alguma ação. Taxa de conveniência? Só se for para eu não precisar nem sair do lugar para pagar sem reclamar.

Thalita Guimarães