Em janeiro do ano que vem faço 20 anos de Jornalismo. Encontrei dias desses lá em casa, em meio a um monte de papelada, um documento assinado pelo Lobão, hoje colunista da Gazeta do Povo e naquela época um dos chefes da sucursal da Folha de Londrina, a cartinha registrando meu primeiro estágio. Tinha recém-feito 19 anos, estava cursando o terceiro ano de Jornalismo da PUC e queria mudar o mundo.
Aprendi a trabalhar com máquina de escrever, diagramador reclamando do fechamento atrasado, telex fazendo um barulho infernal na redação, todo mundo fumando o tempo todo, quase nenhuma fonte de pesquisa disponível além de um livro ou o jornal concorrente, jornalistas boêmios e salários medonhos.
Quase tudo mudou. Se para melhor, realmente não sei.
Nestes 20 anos passei por jornais, emissoras de TV, revistas, comunicação interna e externa de empresas. Hoje tenho uma agência e sou professora universitária. Ainda tenho vontade de mudar o mundo, mas de um jeito diferente. Hoje eu me sinto responsável pelas pessoas que trabalham aqui na agência, pela formação dos meus alunos e pela consolidação e pelo zelo da imagens dos clientes da agência. Acredito que, por meio do meu trabalho, consigo criar algum impacto positivo neste grupo. O que já é bastante.
Quem sabe seja o jeito maduro de remodelar uma meta, né?
Karin Villatore