Sou fã do canal de televisão GNT, acho muito agradável assistir a quase todos os programas. Ontem, apesar de não ser mãe, estava assistindo ao programa Quebra-Cabeça, onde mães trocam figurinhas sobre como educar os filhos, e as crianças também emitem opinião sobre suas questões. Acho interessante, pois o programa aborda as diferentes fases de meninos e meninas entre 3 e 12 anos e o que as crianças comentam sobre os temas abordados são momentos impagáveis que amamos ver lá em casa.
Sempre dou risada com a revelação dos filhos sobre os pais, mas ontem, em especial, fique assustada. O programa abordou a rotina de duas amigas bem diferentes: Uma de nove anos, que quer ser grande antes do tempo e outra aos oito, que se apavora com a ideia de crescer. A de nove anos me lembrou muito um documentário que vi chamado “Criança, a alma do negócio”. Esta menina passa maquiagem (estou falando maquiagem e não um batonzinho rosa claro), não sai de casa sem rímel, blush, roupa da última moda, enfim, uma mini-adulta extremamente consumista.
Enquanto a mais velha só pensa em ser adulta para poder ganhar o mundo, estudar fora do país e viajar e tem na maquiagem e unhas pintadas duas de suas manias, a mais nova gosta mesmo é de brincar, acha que ser adulto é chato e que os mais velhos só fazem trabalhar. Não sei se só eu penso assim, mas mania de adulto em criança tem limite!
O documentário que eu vi mostra bem este tipo de criança. Aquela que não quer mais brincar, só pede celular e eletrônicos de presente, quer ser rico para comprar mais e mais e acaba perdendo a inocência cedo demais. Sim, todos precisam crescer. Mas de forma saudável e coerente. Tudo tem seu tempo e, além disso, limite.
Cabe aos pais saber o que é melhor para seus filhos. Mas vendo este documentário e analisando esta menina mais velha no programa do GNT, já sei (ao menos na teoria) que tipo de mãe não quero ser. Pretendo ensinar Ser mais do que Consumir mais.
Thalita Guimarães