11
set

No supermercado

Aproveitando o embalo do post da Thalita sobre as peripécias que a dona de casa moderna faz para auxiliar o seu dia a dia, achei interessante um vídeo que a Revista Galileu fez sobre o que induz à compra de produtos supérfluos e mais caros no supermercado. No vídeo um especialista explica os truques por trás da disposição de produtos nas gôndolas.

De fato é difícil ir ao supermercado e comprar somente aquilo que você tinha programado. Pelo menos quando eu vou, sempre acho algum produto interessante ou uma oferta que, às vezes, nem está tão barata assim, mas só pelo aviso de promoção já chama a atenção.

Um truque que tem dado certo quando resolvo ir ao supermercado é não chegar lá de estômago vazio, pois só de ver qualquer embalagem mais atrativa, já sinto vontade de comprar (principalmente se for de bobeiras e de doces). Parece que nessas situações o produto se torna dez vezes mais saboroso, mesmo que não seja. Já passei por situações de querer comprar um iogurte de soja light, que não devia ter gosto de nada, só porque na embalagem parecia ser superdelicioso (claro, com um monte de frutas e caldas junto, podia até ser). Mas mesmo com toda essa preparação, além de já ir com a listinha pronta, a conta sempre fica mais cara do que eu esperava e, no final, nunca consigo entender o que deu a mais.

Quem sabe o vídeo possa explicar o que passa despercebido ao nosso olhar pouco atento.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=bmYkm9og00M&feature=player_embedded]

Luanda Fernandes

5
set

Casei…e agora?

Estou pensando seriamente em fazer um blog com o nome “Casei…e agora?”. Tá, todo mundo já sabe que sou recém-casada. Todo mundo já sabe também que sou (e me orgulho disso) extremamente organizada. Pois bem, mesmo diante desta minha característica, ainda passo apertos como dona de casa moderna (daquelas que trabalha o dia todo, estuda, tem que ser uma esposa querida, amiga, companheira e ainda arruma a casa).

Vivo atrás de produtos que facilitem meu dia a dia, de dicas práticas e simples de organização e tento, sempre, fazer tudo ao mesmo tempo agora, sorrindo e direito! Eis, então, a ideia de montar um blog. Não estou reclamando não. Amo minha vida, minha casa (atualmente sem nenhuma, pois a casa nova está em reforma e a velha encaixotada), meu trabalho, meu marido e até meus afazeres domésticos. Mas, às vezes, só às vezes, bate uma canseira. E é aí que burradas acontecem.

Diante desta introdução, eis que chego em casa, tarde, cansada e com fome, mas me deparo com uma pilha de roupa para lavar. Como o maridão estava fora, não adianta reclamar. Eu mesma vou ter que fazer (mas confesso que esta área é praticamente exclusiva minha e a de comida a dele). Pego todas as roupas coloridas e coloco na máquina. Tudo meio virado, meio rápido, meio sem vontade.

Agora imaginem o meu desespero quando a roupa seca, estou lá estendendo peça por peça e vejo, com um olhar de desespero, que uma das camisetas preferidas do marido manchou. “Mas como assim? Por que manchou? O que faço? O que eu uso?”. Sim, me perguntei todas estas questões. Enchi a máquina e a camiseta de um alvejante para roupa colorida, esperando que o efeito das manchas, ao menos, diminua. Resultado que só verei quando chegar em casa. Além disso, ligo para todas as lojas existentes atrás de uma igual. Em vão.

O jeito é contar para o maridão, esperar que as manchas, ao menos, diminuam  e continuar aprendendo com esta vida de mulher moderna.

 Thalita Guimarães

3
set

Partido Alto

São os profanadores da República, os subversivos, os delinquentes e marginais da ética do poder, são os infratores do ***erário” – do Ministro Celso de Mello, do Supremo, aos réus do Mensalão. ***Pra quem não conhece o termo, erário é o tesouro ou o dinheiro público, os bens oficiais.

Que jogue a primeira pedra quem nunca furou uma fila, quem nunca acionou um conhecido com cargo bacana para agilizar uma burocracia qualquer em órgão público, quem nunca deu uma de espertão. Esse tal caráter do povo brasileiro já rendeu livros bem legais como Raízes do Brasil (Sérgio Buarque de Holanda), Formação do Brasil Contemporâneo (Caio Prado Júnior), Casa-Grande & Senzala (Gilberto Freyre) e Carnavais, Malandros e Heróis (Roberto DaMatta).

Os historiadores e os antropólogos contam que o malandro brasileiro surgiu do mulato ex-escravo ou do descendente de escravo que, pelo jeitão gente boa, descolava favores e moral na sociedade. E hoje, por que continuamos malandros? Dizem também os acadêmicos que o brasileiro tende a rejeitar a falta de pessoalidade do sistema. Difícil assumir que o todo é mais importante do que o indivíduo. E viria daí um dos motivos de os homens públicos não respeitarem a separação entre o público e o privado, colocando os interesses pessoais acima dos interesses do Estado. O senhor de engenho, os caras que ganhavam as capitanias hereditárias tinham, por exemplo, a decisão sobre a vida e a morte de um escravo. Se essa autoridade estava acima de qualquer outra lei, por que deveria ser diferente agora?

Segundo os estudiosos do ramo, o brasileiro vê as leis como um monte de papel para estragar prazeres em geral. Aqui a lei é vista e, muitas vezes, aplicada como um castigo. Para fugir, apelamos para a malandragem.

Gostou deste post? Foi praticamente um plágio que eu fiz de uma matéria publicada na Revista Superinteressante (http://super.abril.com.br/cultura/cara-brasileiro-445905.shtml)

E aquele abraço pra quem fica.

Karin Villatore

 

30
ago

Diário de Classe…

Essa semana uma estudante de apenas 13 anos de idade chamou a atenção da mídia e da sociedade depois de criar uma página no Facebook, chamada Diário de Classe, para relatar os problemas enfrentados por sua escola. Isadora Faber estuda na Escola Municipal Maria Tomázia Coelho, em Florianópolis, e decidiu criar o perfil para tentar melhorar as condições estruturais do colégio.

Claro que muita gente não gostou da estória, já que o perfil atingiu mais de 180 mil pessoas em poucos dias. Além disso, Isadora saiu em tudo quanto é veículo de comunicação. Embora tenham surgido muitos descontentes com a repercussão do assunto, a façanha da menina surtiu efeito, pois a prefeitura – mais do que rapidamente – disse que vai providenciar a manutenção do colégio.

Na rede social a estudante posta fotos, vídeos e comentários sobre as condições da escola que, convenhamos, não são das melhores. O que também pode se concluir que é um reflexo de como é tratada a educação brasileira. No perfil ela incentiva mais estudantes a terem a mesma iniciativa e deixa a mensagem: “estou fazendo essa página sozinha, para mostrar a verdade sobre as escolas públicas. Quero melhorar não só pra mim, mas pra todos”. E complementa: ”Cada um tem que fazer sua página, na sua escola. Eu vou ajudar a divulgar. Todos juntos podemos mudar a educação no Brasil”.

Quem dera nossos governantes tivessem o mínimo de consciência e de preocupação com a educação, assim como demonstrou Isadora. Isso mostra como o ensino público no nosso país está desamparado, pois é necessária a mobilização de uma estudante do sétimo ano e a repercussão na imprensa  para que a prefeitura tomasse alguma providência com relação ao colégio. Quantas outras Isadoras não devem sofrer com o mesmo problema no Brasil afora?

Luanda Fernandes

27
ago

Mídias online

Neste fim de semana fiz mais um curso para aprender sobre as novidades de comunicar utilizando as plataformas existentes no mundo virtual. As chamadas mídias online são tantas e com tantas especificações que é preciso se atualizar o tempo todo. Bem ao estilo da frase: “o tempo muda o tempo todo, no mundo”.

E, por incrível que pareça, a cada novo curso eu me surpreendo com a quantidade de ferramentas existentes para este público, cada vez mais ávido por notícias de todos os tipos, das mais diversas formas. Aprender o que escrever, para quem e que tipo de linguagem é válida para cada ferramenta é, atualmente, o meu admirável mundo novo.

Hoje, depois de já ter experiência com algumas páginas do face, administrando contas no twitter, buscando formas de alavancar os blogs que escrevo, descobri que eu não sou apenas aquela que administra conteúdo para estas ferramentas. Sou também o público-alvo direto destas mídias. Vai ver que é por isso que gosto tanto de aprender mais sobre o tema.

Thalita Guimarães

24
ago

Anamnese

Não seco o cabelo. Prefiro crianças. Mutei aos 17. Levo esmalte à manicure. Sou Humanas. Desenho mal. Não rio em comédias. Choro em Central. Minha cor é vermelha. Escolho o par. Cansei de cerveja. Me cuido no sábado. Durmo no domingo. Gosto de estudar. Perco a paciência. Relaxo na água. Me estresso no estômago. Odeio academia. Tenho preguiça do novo. Uso óculos. Prevejo catástrofes. Não acredito. Tenho memória seletiva. Canto no chuveiro. Danço conforme a música. Converso sobre tudo. Me esqueço. Aprendo ensinando. Tenho asma. Curto cheiro de sauna. Me formei aos 20. Como pipoca no cinema. Me irrito com neutros. Respiro fundo.  Brigo por meu filho. Ascendo em Peixes. Acendo com cérebros. Transito em auto. Desejo voar. Tenho pesadelo com cobras. Me cobro. Moro em prédio. Me calo no cansaço. Sinto falta de biquíni. Construo castelos. Não uso salto. Interrompo discursos. Tenho medo do mato. Me divirto fácil. Sociabilizo em personas. Sou diurna. Resolvo dormindo. Levanto bandeiras. Busco espelhos. Tenho frio no pé. Não aposto na sorte. Fujo de circo. Sou rubro-negra. Lamento carrinheiros. Falo idiomas. Digo o óbvio. Pago à vista. Tenho reservas. Sofri aos 30. Tenho amigos de décadas. Me surpreendo. Sinto muito. Fumo e trago. Ouço MPB. Lanço modas. Não tenho estilo. Tomo Coca Diet. Organizo na agenda. Erro Miojo. Me ajudo ajudando. Não compartilho redes. Lambo a cria. Navego aos 40. Espero netos. Resisto a dores. Me garanto. Escondo fracassos. Alcanço metas. Fico à deriva. Tenho planos.

E você?

Beijos,

Karin Villatore

21
ago

Começou definitivamente a campanha eleitoral

Hoje começou o horário eleitoral gratuito, para a alegria e a tristeza de muitos. Para aqueles que não perdem um capítulo da novela, vão ter que esperar um pouco mais para assistir à saga de Avenida Brasil. Mas para os eleitores mais interessados, esse também será o momento de verificar os candidatos a vereadores e à prefeitura.

Não sei se é impressão minha, mas me parece que o discurso dos candidatos não mudou muito desde as últimas eleições até a campanha deste ano. Se verificarmos os candidatos à prefeitura, todos falam em melhorar as condições de mobilidade da cidade, com o incentivo ao uso de bicicleta, a implantação do metrô, deixar o transporte público mais eficiente para que as pessoas deixem de sair de carro e blá, blá, blá.

Ok, isso tudo é muito importante, mas e aí pessoal. como vocês pretendem realmente fazer isso? Não adianta somente fazer buraco nas ruas em toda parte da cidade (como está acontecendo agora; nunca vi tanta obra em Curitiba como nos últimos meses) e mostrar que a prefeitura está trabalhando a apenas dois meses das eleições.

As ações precisam ser efetivas e contínuas. Ficar fazendo joguinho político para conquistar voto comigo não funciona e acredito que, para muitos, também não. Realmente tenho a esperança de que as coisas vão começar a mudar no Brasil e que os eleitores não vão simplesmente votar naquele candidato que acharam o santinho no meio da rua no dia da eleição. Vamos torcer!

Falando em propaganda que continua com a mesma “lenga lenga”, essa matéria do Jornal Gazeta do Povo define exatamente isso:

http://www.gazetadopovo.com.br/blog/interrompemos/conteudo.phtml?tl=1&id=1288575&tit=Propaganda-eleitoral-e-a-mesma-ha-vinte-seculos

Luanda Fernandes

17
ago

Está todo mundo estressado

Não é difícil perceber que todo mundo anda meio estressadinho. Eu mesma passei por momentos de estresse que, em muitos casos, nem mereciam devida atenção. E quem nunca fez isso que atire a primeira pedra. Não sei se é porque estamos entrando na reta final de 2012 e tendemos a ficar mais cansados (principalmente aqueles que ainda não tiraram férias como eu) ou se é porque estamos mais sem paciência mesmo.

Seja como for, nos últimos dias revi os meus motivos e percebi que, de verdade, a vida é muito curta para dar atenção aos pequenos estresses do dia a dia. Afinal de contas, a única pessoa prejudicada com isso sou eu mesma. Incrivelmente, nestes últimos dias aprendi que uma simples respirada mais funda, um deixa pra lá e uma olhada mais profunda nos prós e contras de tudo podem ajudar a ter uma vida muito melhor.

Muitas vezes, as pessoas nem percebem que fazem certas coisas que nos deixam muito irritadas, às vezes por dias até. No fundo no fundo, todos nós nem percebemos que com pequenas ações podemos deixar alguém descontente. E prefiro acreditar que, na maioria das vezes, assim como eu, ninguém tem a intenção de estressar ninguém. São pequenas falhas que no fim do ano acabam tendo proporções maiores que deviam, ou que merecem.

Com a correria do dia a dia, podemos nos estressar com pequenas ações, mas é importante que, ao invés de nos concentrarmos apenas no lado negativo, prestemos atenção em todos os pontos positivos que existem nas pessoas, em casa, no trabalho, no cotidiano, em tudo. Pois como já dizia a Coca-cola “há mais vídeos divertidos na internet do que más notícias em todo mundo”. Sei que não é o melhor exemplo. Mas se podemos rir, por que nos estressar?

Thalita Guimarães

14
ago

Memórias do Mensalão

Tudo a ver o comentário da articulista Dora Kramer publicado nesta semana sobre o Mensalão: “(…) a população exige o rigor da Justiça, mas não é tão rigorosa assim na hora de votar.” E vamos por parte.

Em primeiro lugar, uma parcela substancial do povo nem sabe o motivo do julgamento. Afirmo isso sem medo porque testei meus alunos (sim, eles são universitários) e alguns chegados não muito chegados à leitura de jornais. As respostas sobre o que realmente foi o Mensalão foram das mais diversas, mas nenhuma certeira. Eu me lembrei do meu pai, que deixa sobre a cama do meu filho uma mesadinha em um envelope com o aviso: “Mensalão”. Espirituoso. De repente é este o lance.

Em segundo lugar, se as pessoas não sabem o motivo do julgamento, muito menos lembram quem eram os caras que faziam parte da falcatrua. Que o Zé Dirceu provavelmente seria a nossa Dilma se a história não tivesse rolado. Que está sendo julgada a altíssima cúpula do partido que ainda está no governo. Que é um momento mais do que representativo na vida política do Brasil. E pá e bola.

Em terceiro lugar, que neste ano de eleições deveríamos pensar bem na frase da Dora Kramer. Bacana demais torcer pela Justiça no caso do Mensalão. Mas que tal refletir antes de votar e, quem sabe, não apostar as fichas em um político cuja pilantragem já é notória?

Achei meio punk, mas nunca vou me esquecer do que vi numa cidade próxima a Berlim, na qual existe um ex-campo de concentração nazista que virou uma espécie de museu. Angustiadíssima, fui visitar o lugar com minha comadre, minha afilhada e a irmãzinha dela, achando um exagero levar as crianças num circo dos horrores como aquele. Quando chegamos, deparamos com um grupo de crianças alemãs de pré-escola, no alto de seus 3 ou 4 anos, aprendendo o que seus antepassados fizeram e o que elas não deveriam repetir. Talvez devêssemos fazer algo não tão pesado, mas parecido, com nossos filhos. “Está vendo a foto deste aqui, querido? Nunca vote nele. Não repita o erro da mamãe.”

Beijos,

Karin Villatore

 

7
ago

Olimpíadas de Londres

Como o assunto do momento são as olimpíadas de Londres, nada melhor do que abordar o tema nesta postagem. Tinha um tempo que eu era fã de carteirinha dos jogos olímpicos, acompanhava tudo o que conseguia e sempre estava a par do saldo de medalhas. Bom, hoje já é outra história, mal consigo ver quem está ganhando o quê, quais equipes já foram classificadas ou desclassificadas.

Mas, fazendo uma análise do que está saindo nos jornais, posso dizer que a atuação do Brasil está bem fraca, muitos atletas que eram promessas perderam competições e voltaram para casa sem, ao menos, conseguir disputar o bronze.

Esses dias cheguei em casa a tempo de acompanhar um jogo de vôlei da seleção feminina. As brasileiras estavam bem aquém das seleções passadas. Tudo bem que era contra a Coreia, uma equipe muito boa. Mas, assistindo ao jogo, percebi que faltava um pouco de garra da equipe e qualquer jogadinha da equipe coreana se convertia em ponto. Isso me desmotivou mais ainda e, resumindo, troquei de canal.

Talvez antigamente eu ficasse mais empolgada com esse tipo de evento porque acompanhava com mais frequência, porém, atualmente não consigo sentir aquele espírito de determinação dos atletas. Pode ser que eu esteja sendo injusta com eles, mas o que realmente está marcando as olimpíadas deste ano é o choro incontrolável dos atletas que voltaram mais cedo para casa.

Luanda Fernandes