Esta semana estava vendo o jornal Bom Dia Brasil quando o apresentandor Renato Machado perguntou o que estaria acontecendo para ter aumento nos índices de violência dentro das próprias casas dos brasileiros. Tendo como destaque o caso da menina Lavínia, assassinada pela amante do pai, a equipe do jornal procurou uma especialista para avaliar o x desta questão.
Fiquei espantada quando uma psicóloga afirmou que o problema está dentro de casa, em relação à educação e aos valores familiares, que muitas vezes parecem perdidos. Nos jornais atuais é noticiado diariamente pai que mata filho, filho que mata mãe, neto que bate na avó. Confesso que até mudo de canal. Mas hoje este fato me chamou atenção, pois diante do comentário da psicóloga, consegui fazer um link com uma história que presencio.
Faço Inglês com um adolescente muito mal educado. Nem preciso falar que ele leva para aula, no auge dos seus 14 anos, um ipad, iphone, tênis do estilo “quanto mais caro, melhor”, entre outros fatores que já me chamaram atenção por imaginar que tipo de educação os pais pretendem dar. Mas me surpreendi por um dia, quando chamado a atenção, este menino confessou para a teacher que nunca havia escutado um não.
E eu fiquei lá com aquela cara de: como assim? Depois as pessoas ficam surpresas com as barbaridades que acontecem. Alguém que nunca presenciou o limite, respeitou as regras ou soube dar valor aos pequenos atos, não pode mesmo ficar contente ao não ter aquilo que deseja. Por isso estamos também vendo tantas histórias horrorosas de crimes familiares. Isso sem mencionar os jovens homofóbicos e revoltados que vemos por aí.
Claro que nem todos são assim e também nem toda a educação do mundo basta quando alguém é desequilibrado mesmo. Mas que a educação familiar e a importância do certo e errado dentro de casa fazem diferença, ah, fazem sim! Não sou nenhuma santa, mas o medo misturado com respeito que eu tinha da minha mãe me ajudaram a ser uma pessoa adulta mais correta. Talvez esteja faltando mais pulso firme e menos complacente com os erros e pedidos sem sentido de presente dos filhos.
Thalita Guimarães