Arquivos da categoria: tecnologia

14
dez

Modernidades tecnológicas

IPHONENão me considero uma pessoa super high tech – para falar a verdade, quase nada. Até tenho smartphone que acessa a internet e redes sociais mas, sinceramente, ainda não tive paciência de mudar o programa da operadora para fazer isso. Então, já dá para ter uma ideia de que não ligo muito para essas coisas. Lá em casa quem faz essa vez é o meu marido, que gosta de trocar de celular com frequência e alega que o anterior já estava “obsoleto”. Mas tudo bem, pois ele ainda não entrou na moda dos Iphones.

Porém, têm sempre aqueles que gostam de estar atualizados com os lançamentos da era tecnológica. Tenho muitos amigos que adoram essas novas versões, que são lançadas todos os anos e que quando você vai ver é praticamente igual à outra. Mas abrir o jornal e ver que tem gente que faz fila de madrugada em loja para comprar o Iphone 5, no meu ponto de vista já é demais. Não tem problema a pessoa querer comprar o modelo novo, mas dormir na fila da loja?

Nunca fiz isso de ficar em fila, ainda mais para comprar um produto. Talvez se fosse uma daquelas liquidações dos Estados Unidos (que são bem diferentes das do Brasil), pode até ser. Mas enfrentar fila para comprar um aparelho que custa caro e daqui uns dias vai ter estoque suficiente nas lojas para todos que quiserem, é um comportamento que realmente não consigo entender.

A cena é até engraçada, pois você vê centenas de pessoas bem arrumadas esperando a loja abrir. Dá quase para comparar com uma fila de INSS, mas o contexto social muda consideravelmente, no último caso.

Luanda Fernandes

24
fev

Comunicação Intercultural

Palavras como símbolos se transformam em barreiras quando seus significados não são compartilhados. Mesmo emissores de uma mesma língua não compartilham exatamente o mesmo significado para cada palavra. – Jandt

Quem fez Comunicação Social já deve ter visto na faculdade que nosso berço, nossa cultura e nossos valores determinam em parte as escolhas de palavras, os objetivos que temos pra comunicar, os canais que usamos pra uma certa espécie de mensagem. Por isso uma comunicação entre duas pessoas ou entre grupos de pessoas com repertórios diferentes não consegue ter um total sucesso. A frase ou a palavra transmitida pode até ser entendida, mas o sentido real da mensagem vai chegar com algum ruído. Beleza até aí. Agora encaixe este contexto nas novas facetas de comunicação que se criam por meio das ferramentas tecnológicas.

Como será, por exemplo, que o texto do meu parágrafo acima ficaria num torpedo de celular ou no Twitter? Gente # comunik # Tenho só 40 anos e 21 de profissão e já uso o jargão do “no meu tempo as coisas eram diferentes”. Pois então. No meu tempo acho que dava pra dizer que comunicação intercultural acontecia entre pessoas com repertórios diferentes mesmo, de culturas realmente distintas. Hoje, que comunicação não é intercultural? Bom se fosse só não entender o que meu filho quer dizer quando pede pra comprar uma peita (camiseta, pra quem também não sabia). Duro é entender os recados quase telegrafados que recebo, abreviações que tenho quase que decodificar num curso de espião da CIA, fora as figurinhas fofas e animadas que de vez em quando aparecem no final das mensagens.

Talvez, pelo menos por enquanto, eu vá continuar com a tese da Comunicação Intercultural para o “entre culturas”. Bem ao estilo do pedido irresistível feito pelo Tiago, meu afilhado que mora em Paris, com seu puxadíssimo sotaque francês, no dia do aniversário de seis anos dele comemorado aqui em Curitiba. O Tiago sentava em cima das bexigas da festa mas não conseguia estourá-las pela falta de peso que ainda tinha. Daí falou: Dinda, vamos explodir os balons?

Beijos, Karin Villatore

7
out

Uma mente brilhante que se foi cedo, mas que deixou muito

Nesta quarta-feira recebemos a notícia de que uma das mentes mais brilhantes da contemporaneidade faleceu e deixou um legado de inovações que revolucionou a era tecnológica. Steve Jobs (56) não foi simplesmente o fundador de uma das empresas mais reconhecidas no mundo, foi também um homem que tinha visão no futuro e foi considerado por muitos como um gênio criativo e inspirador. E, apesar de toda a sua trajetória de sucesso, Jobs não resistiu ao câncer, já que a doença foi implacável.

Porém, a vida de Jobs pode ser considerada um exemplo para muitos, não somente no mundo dos negócios pela ideias e estratégias geniais, mas também pela maneira como era fora da empresa. Pelo talento e o modo como pensava ele conseguiu ser admirado mundialmente.

Um pouco da história –

Jobs conseguiu reinventar a tecnologia quando criou o computador pessoal em 1970 e, em seguida, o Macintosh, na década de 1980. Mas, apesar de tudo que já havia feito, ele ficou afastado da Apple depois de uma disputa sobre o direcionamento estratégico da empresa, em 1985.  Retornou uma década depois e, por isso, foi considerado fundador da Apple por duas vezes. Ele voltou como consultor da companhia que tinha ajudado a fundar, mas não demorou muito e ele já estava à frente da empresa, revolucionando novamente. Pois em 2001 lançou o iPod, que foi sucesso mundial, em 2007 o iPhone e em 2010 o tão esperado iPad, que levou filas de consumidores às lojas para a espera do lançamento.

Então, como não respeitar uma trajetória de superação como a de Jobs, que mesmo enfrentando o câncer por anos, tentava continuar à frente da companhia que amava. Acredito que uma das grandes decepções e sofrimento dele foi ter que deixar em definitivo o comando da empresa, por conta da doença. Esse foi o sinal de que ele estava perdendo a luta.

Para aqueles que admiram e querem conhecer um pouco mais da história de Steve Jobs, sua biografia será lançada em 24 de outubro no Brasil.

Luanda Fernandes