Arquivos da categoria: Educação

10
fev

Intensivo

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Bem, esse ano começarei uma nova faculdade (Deus me ajude). É a resolução máxima de 2020. O curso escolhido é o de Letras Português/Inglês e será um complemento a minha atual profissão de jornalista. Mas não é sobre isso que eu quero falar nesse post.

Há uma semana comecei um intensivo de inglês para poder alcançar a fluência (que é algo bem trabalhoso e nada rápido) e o negócio está… como posso dizer? Bem intenso!

Fazia tempo que eu não emendava trabalho e mais outra atividade que envolvesse raciocínio diário por quase 4 horas após o expediente. Quando chega às 22h, eu já estou só o pó da gaita. Mas o negócio é intenso também because I wake up pensando em english, escovo os dentes pensando em english e passo o day pensando em english.

One of those days mesmo, logo após sair do curso, fui pegar o ônibus para voltar para home e, ao invés de dizer “oi” para o motorista, eu disse “hello”. Ele ficou me olhando como se eu fosse um idiot. Another day I went to falar com a recepcionista da escola para tirar uma picture para o cadastro da matrícula e acabei falando “WAIT A MINUTE” quando ela pediu para eu me posicionar em frente à câmera.

Well, mas isso é sinal de que everything is going right, certo? É claro que eu ainda tenho um longo caminho pela frente. Afinal, alcançar fluência é um processo árduo e cheio de highs and lows. Tem dias em que eu dou uma surtada legal e digo que nunca vou aprender essa joça, mas no fundo estou feliz com as conquistas até aqui. Keep going e não vamos desistir.

Kisses,

Rodrigo de Lorenzi

12
mai

A maternidade com mais leveza

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Nestes últimos dias as redes sociais foram tomadas por imagens fofas de demonstrações de carinho entre mães e filhos. O Dia das Mães gera essa comoção coletiva e faz com que as pessoas façam declarações de afeto, gratidão e amor para as suas mães. Da mesma forma, as mães publicaram fotos dos filhos, com muito orgulho e admiração.

Mas o que mais me chamou a atenção é que muitas postagens feitas pelas próprias mães são carregadas de mensagens do tipo “Noites mal dormidas, comida fria, falta de tempo e preocupações, tudo isso é recompensado quando recebemos o sorriso de um filho”. As mães relacionam a maternidade com exaustão, cansaço e muito esforço. A maioria das mensagens tem um tom de melancolia.

Questiono-me qual é o verdadeiro significado da maternidade. Se ao invés de ficarmos reclamando e enaltecendo o quão difícil é a tarefa de ser mãe, brincássemos mais com nossos filhos. Podemos escolher uma vida mais leve, sem tanta culpa. Uma mãe não precisa ser perfeita. Também temos o direito ao cansaço, a usar o nosso tempo para fazer coisas que nos dão prazer, de ter dias de mau humor, enfim, somos de carne e osso. Os filhos precisam compreender isso e aprender a respeitar nosso espaço.

Tenho dois filhos incríveis. Escolhi ser mãe e amo muito tudo isso. Não me cobro tanto. Faço o meu melhor possível sempre, mas não sou perfeita. Então, me dedico mais a amar e ser amada. Sem sofrimento.

Acho que a maternidade pode ser mais simples do que parece. Vamos nos divertir mais.

Bjs,

Aline Cambuy

3
mar

Corrente do Bem Talk

Escola-Joao-Paulo-II-19O Professor Belmiro (Valverde Jobim Castor) costumava usar um pensamento do filósofo norte-americano John Rawls para dar base ao conceito do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII): “A sociedade justa não é aquela que garante a todos os seus filhos a plena realização de seus objetivos, pois isso é impossível. Mas é aquela que garante a todos os seus filhos possibilidades semelhantes de alcançar essa realização”.

O Professor e um grupo de pessoas muito legais conseguiram criar em 2010 uma escola que vem oferecendo ensino em período integral, de qualidade e gratuito para crianças e jo¬vens carentes de Piraquara.

A morte do Professor foi um baque para o Centro, que hoje é dirigido bravamente pela Dona (Thereza) Elizabeth (Bettega Castor), viúva de Belmiro. Nesta comemoração dos nove anos da agência decidimos voltar nossa ação para uma campanha que chamamos de Corrente do Bem Talk, de doações de materiais escolares e esportivos para o CEJPII. E o chamado foi ouvido.

Foram inúmeras as entregas recebidas aqui, de parceiros, clientes, amigos, anônimos e público interno. Um movimento inspirador e que nos deu um gás de motivação durante todo o período. Não temos palavras para agradecer a todos os que se mobilizaram.

Vamos combinar com a Dona Elizabeth a entrega das doações agora para o início de abril. Será uma emoção rever o Centro sem o Professor. Mas, acima de tudo, é sempre uma emoção assistir no colégio à transformação dos estudantes.

Para quem quiser conhecer o Centro ou fazer doações, vale muito a pena. O site é www.joaopaulosegundo.org.br e telefones (41) 3079-7810 e (41) 3018-9625.

Beijos e obrigada a todos,

Karin Villatore

30
abr

Em que ano estamos?

Nos últimos dias fomos surpreendidos com acontecimentos que nos causam estranheza, indignação, revolta, dúvidas, vergonha, enfim, uma série de sentimentos. O Paraná tem ganhado destaque na mídia nacional e internacional com notícias que mostram abuso de poder, descaso e perseguição. Mais uma vez nossos governantes menosprezam a classe dos professores que reivindica melhores condições de trabalho e, em troca, é recebida com violência. liberdade

Educadores que manifestaram em frente à Assembleia Legislativa foram enxotados com balas de borracha e bombas de efeito moral. O Paraná protagonizou um verdadeiro cenário de guerra contra uma classe que precisa ser valorizada. Estamos falando de educação! Uma bandeira levantada pelos políticos durante a campanha eleitoral e agora praticamente ignorada. É de educação que precisamos para garantir um Estado melhor para nossos filhos. Lamentável…

Durante as manifestações um cinegrafista da TV Bandeirantes foi mordido por um cão da polícia. Esses animais não são devidamente treinados para atacar ou não sob o comando do seu “parceiro de trabalho”, no caso o próprio policial? Quando digo animais, estou falando dos cães, viu? Embora nossos policiais e governantes tenham demonstrado atitudes irracionais também.

Mais uma vez um colega da imprensa foi vítima de agressão enquanto fazia o seu trabalho de registrar os fatos. E, por falar em imprensa, outro absurdo é a perseguição aos jornalistas da Gazeta do Povo e da RPC TV. Teve profissional que recebeu até ameaça de morte por investigar denúncias de pedofilia e corrupção na Receita Estadual do Paraná.

Afinal, em que ano estamos? A liberdade de imprensa não existe mais? Onde foi parar o respeito aos professores e a todos os cidadãos paranaenses que são vítimas de abusos da polícia e do governo? Ao acompanhar os noticiários parece que, realmente, voltamos ao século passado. Esse tipo de atitude é inaceitável para uma sociedade que busca fortalecer sua democracia e liberdade de expressão.

Aline Cambuy

16
abr

A boa e velha gramática

Esses dias meu professor da pós afirmou que a evolução tecnológica está chegando a tal ponto que as aulas de gramáticas não serão mais necessárias no futuro. Que as próximas gerações não precisaram saber – e não terão interesse em aprender – o que é uma próclise ou mesóclise, por exemplo. Ele constatou isso dizendo que num futuro próximo os corretores ortográficos vão fazer isso automaticamente, a pessoa sabendo ou não escrever corretamente. “É a revolução tecnológica”, disse ele.

Discordei plenamente dessa afirmação, pois como jornalista acho que devemos preservar a escrita correta, independentemente do tipo de profissão. A tecnologia pode ajudar em muitos casos. Confesso que uso sites com ferramentas para corrigir a grafia. Afinal, estamos falando da Língua Portuguesa e suas milhares de regras. A questão é que não podemos achar que por existirem ferramentas que facilitam o dia a dia da escrita, isso substituirá a aprendizagem.

Em parte até concordei com o meu professor, pois ele também afirmou que o nosso atual modelo de ensino está ultrapassado. De fato, não podemos ignorar que uma criança hoje tem muito mais acesso a tecnologias do que há 20 anos. E que isso muda a maneira como as crianças encaram a realidade escolar. Mas um Google tradutor, por exemplo, dificilmente conseguirá se sobressair ao nosso pensamento lógico, pelo menos por enquanto.

Talvez eu tenha um pensamento conservador com relação à educação. Por mais que eu não me recorde de boa parte dos ensinamentos das minhas aulas de Português, no ensino fundamental lembro de que eu adorava fazer os exercícios de morfologia. A professora passava a frase no “quadro negro” que, na verdade, era verde – e na época muitos professores ainda chamavam de lousa – e pedia para identificar na oração o sujeito e o predicado. Mesmo com alergia ao giz branco, era uma felicidade quando acertava o exercício e ganhava uma estrelinha no caderno. Bons tempos.

Luanda Fernandes

31
jan

Super-heróis

Centro Joao Paulo II Dia das Criancas Sempre que sou convidada para falar com estudantes de Jornalismo lembro a moçada de que nossa profissão é composta por duas grandes áreas indissolúveis e igualmente importantes: Comunicação Social. Nesta segunda esfera, acredito ser a obrigação de um jornalista fazer algo de concreto e de bom pela sociedade.

Nestes seis anos de Talk sempre tivemos alguma entidade apoiada com trabalho voluntário de toda a nossa equipe. Em março do ano passado, a amiga Michelle Thomé nos trouxe de volta o convívio com o Professor Belmiro Valverde Jobim Castor, que preside o Centro de Educação João Paulo II (CEPJII). Desde então, a escola tem sido o nosso cliente do coração.

O Centro de Educação João Paulo II atende mais de 250 crianças e adolescentes carentes de Piraquara, com um padrão de ensino ao estilo de país escandinavo de tão bom, jornada escolar de mais de oito horas, esportes, artes e três refeições por dia para a criançada. Os alunos são selecionados pelo critério da renda familiar, ou seja, quanto menor a renda, maior a prioridade para a matrícula.

Se você ainda não conhece o colégio, vale a pena dar uma olhada no site www.joaopaulosegundo.org.br ou na fanpage www.facebook.com/centrojoaopaulosegundo

Temos, todas aqui da Talk, o maior orgulho em fazer parte deste projeto. E tenho, pessoalmente, a foto anexa como minha motivadora para dias em que algo não vai bem. Não sei se é porque tenho filho menino, mas me toca profundamente essa imagem da festa do Dia das Crianças no Centro, com esse trio feliz da vida com as fantasias e os doces doados por voluntários. Lindos super-heróis.

Beijos,

Karin Villatore

30
ago

Diário de Classe…

Essa semana uma estudante de apenas 13 anos de idade chamou a atenção da mídia e da sociedade depois de criar uma página no Facebook, chamada Diário de Classe, para relatar os problemas enfrentados por sua escola. Isadora Faber estuda na Escola Municipal Maria Tomázia Coelho, em Florianópolis, e decidiu criar o perfil para tentar melhorar as condições estruturais do colégio.

Claro que muita gente não gostou da estória, já que o perfil atingiu mais de 180 mil pessoas em poucos dias. Além disso, Isadora saiu em tudo quanto é veículo de comunicação. Embora tenham surgido muitos descontentes com a repercussão do assunto, a façanha da menina surtiu efeito, pois a prefeitura – mais do que rapidamente – disse que vai providenciar a manutenção do colégio.

Na rede social a estudante posta fotos, vídeos e comentários sobre as condições da escola que, convenhamos, não são das melhores. O que também pode se concluir que é um reflexo de como é tratada a educação brasileira. No perfil ela incentiva mais estudantes a terem a mesma iniciativa e deixa a mensagem: “estou fazendo essa página sozinha, para mostrar a verdade sobre as escolas públicas. Quero melhorar não só pra mim, mas pra todos”. E complementa: ”Cada um tem que fazer sua página, na sua escola. Eu vou ajudar a divulgar. Todos juntos podemos mudar a educação no Brasil”.

Quem dera nossos governantes tivessem o mínimo de consciência e de preocupação com a educação, assim como demonstrou Isadora. Isso mostra como o ensino público no nosso país está desamparado, pois é necessária a mobilização de uma estudante do sétimo ano e a repercussão na imprensa  para que a prefeitura tomasse alguma providência com relação ao colégio. Quantas outras Isadoras não devem sofrer com o mesmo problema no Brasil afora?

Luanda Fernandes

1
dez

Senado aprova em primeiro turno diploma obrigatório para jornalistas

Foi aprovada nesta quarta-feira (30/11), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2009, que restabelece a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista. Houve 65 votos a favor e sete contrários à proposta.

A obrigatoriedade do diploma de jornalista foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho de 2009, quando a maioria dos ministros entendeu que limitar o exercício da profissão aos graduados em jornalismo estaria em desacordo com a liberdade de expressão prevista no texto constitucional. Se aprovada em segundo turno no Senado, a PEC 33/2009 seguirá para exame da Câmara dos Deputados. Sou super a favor do diploma.

Claro que existem exceções, pois existem muitos bons jornalistas por aí que não possuem diploma, mas, sim, anos de experiência que contam muito mais do que aulas. O problema é que exceções não podem ser regras. Precisamos de formação aliada à experiência. Torço para que a obrigatoriedade seja aprovada e que os futuros profissionais se esforcem cada vez mais para realizar um bom trabalho.

Thalita Guimarães

29
jul

A comunicação da criança

Sou fã do canal de televisão GNT, acho muito agradável assistir a quase todos os programas. Ontem, apesar de não ser mãe, estava assistindo ao programa Quebra-Cabeça, onde mães trocam figurinhas sobre como educar os filhos, e as crianças também emitem opinião sobre suas questões. Acho interessante, pois o programa aborda as diferentes fases de meninos e meninas entre 3 e 12 anos e o que as crianças comentam sobre os temas abordados são momentos impagáveis que amamos ver lá em casa.

Sempre dou risada com a revelação dos filhos sobre os pais, mas ontem, em especial, fique assustada. O programa abordou a rotina de duas amigas bem diferentes: Uma de nove anos, que quer ser grande antes do tempo e outra aos oito, que se apavora com a ideia de crescer. A de nove anos me lembrou muito um documentário que vi chamado “Criança, a alma do negócio”. Esta menina passa maquiagem (estou falando maquiagem e não um batonzinho rosa claro), não sai de casa sem rímel, blush, roupa da última moda, enfim, uma mini-adulta extremamente consumista.

Enquanto a mais velha só pensa em ser adulta para poder ganhar o mundo, estudar fora do país e viajar e tem na maquiagem e unhas pintadas duas de suas manias, a mais nova gosta mesmo é de brincar, acha que ser adulto é chato e que os mais velhos só fazem trabalhar. Não sei se só eu penso assim, mas mania de adulto em criança tem limite!

O documentário que eu vi mostra bem este tipo de criança. Aquela que não quer mais brincar, só pede celular e eletrônicos de presente, quer ser rico para comprar mais e mais e acaba perdendo a inocência cedo demais. Sim, todos precisam crescer. Mas de forma saudável e coerente. Tudo tem seu tempo e, além disso, limite.

Cabe aos pais saber o que é melhor para seus filhos. Mas vendo este documentário e analisando esta menina mais velha no programa do GNT, já sei (ao menos na teoria) que tipo de mãe não quero ser. Pretendo ensinar Ser mais do que Consumir mais.

Thalita Guimarães

4
jul

Tolerância zero

Sempre comento que nasci na época certa. Atualmente posso tudo. Posso falar o que quiser, sou livre para pensar e criar, vestir o que bem entender etc. Mas daí algumas cenas me fazem questionar se é isso mesmo. Uma delas foi exibida na semana passada no programa da Rede Globo: Profissão Repórter.
A repórter Gabriela Lian foi empurrada e chutada pelo padeiro Nilton Cesar Rodrigues Silva durante a Parada Gay no domingo, 26 de junho. A agressão aconteceu por volta de 19h30 na Praça da República, centro de São Paulo, quando a repórter registrava cenas do final da manifestação. A atitude violenta do padeiro revoltou alguns manifestantes e houve um princípio de tumulto, que foi rapidamente controlado pela guarda civil. Gabriela, o agressor e duas testemunhas foram levados ao 3.º DP de São Paulo. Ao ser questionado pela repórter sobre o motivo da agressão, que Cesar disse que foi feita pela esposa dele e não por ele, o padeiro disse: “achei que você estava com outra mulher”.
E daí se ela estivesse? Porque ele ou qualquer pessoa se acha no direito de se meter na vida alheia? Não sou gay nem nada disso. Mas acho que cada um tem o direito de ser o que quer, fazer o que quer e se expressar da maneira que bem entender, desde que não prejudique ninguém, não vejo o menor problema.
Reformulando: nasci na época da tolerância zero. Tudo é permitido, até alguém implicar com isso.

Thalita Guimarães