Cada vez mais tenho escutado de amigos frases como “está tão difícil encontrar alguém legal pra namorar”. Eles reclamam que hoje em dia não se pode levar ninguém a sério, já que todo mundo que está solteiro, eles dizem, fala ao mesmo tempo com duas, quatro, seis pessoas ao mesmo tempo. Só que os mesmos que dizem isso também estão de papo com suas cinco ou seis pessoas, solteiros na pista, prontos pra qualquer negócio.
Essas, me parecem, são as características mais marcantes da geração que está solteira em tempos de Tinder, Whatsapp e Facebook Messenger. A oferta é muito grande; a possibilidade de conversas paralelas, infinita.
Refletir sobre esse assunto me levou a um texto bastante interessante, publicado na revista americana Vice e replicado, no Brasil, pela Folha de S. Paulo, cuja leitura recomendo. Em “Por que o Facebook sugere que você adicione os matches do Tinder?”, a autora disserta acerca desse cardápio humano que é o aplicativo de relacionamentos Tinder, e comenta, como o título já indica, sobre como o Face anda sugerindo “amizades” com pessoas com as quais você tenha tido matches – mesmo aquelas mais chatinhas, ou ainda aquelas com as quais você teve um encontro e percebeu que eram completamente diferentes pessoalmente em relação às fotos.
A mim, chamam atenção nesse tópico pelo menos dois fatores. 1) O quanto um website como o Facebook sabe sobre nossa vida. E 2) como é marcante esse sentimento de insatisfação sentimental da geração Tinder/Whats, pelo excesso de ofertas.
Quem quiser ler o texto da Vice na íntegra, pode conferir no link http://bit.ly/1LooWGv
Daniel Felipe