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22
jun

Inspiração

welli

As pessoas pensam que o simples fato de ser um jornalista é um passe livre de capacidade infinita para a escrita. Escrever não é assim tão simples não. Quer dizer, na maioria das vezes até pode ser. Eu, por exemplo, estou buscando ajuda no Olimpo da inspiração nesse exato momento. O cursor teima em ficar piscando na tela em branco e o bloqueio criativo só cresce. Parece até o trânsito congestionado no fim da tarde. Não há para onde fugir. Quase choro.

Por sinal, mó sacanagem do “bródi” Gates quando criou o Word. Ele deve ter pensado: vou criar um software que azucrine as pessoas quando estas estiverem sem ideias. Amigo, nada mais aterrorizante que abrir o Word e ficar ali, olhando aquela tela branca e o risquinho piscando. Um minuto parece uma hora. E abrimos o Word dezenas de vezes a cada novo dia.

Nessas horas dá vontade de ter um botão vermelho para apertar e pedir socorro para alguém. Manja aqueles que podemos ver em filmes? Poderia ser também uma linha direta com o Batman. Se ele salva Gotham City todos os dias, deve conseguir salvar um pobre aprendiz de escritor com o seu bloqueio criativo. A ajuda nem exigirá tanto. As ideias estão ali borbulhando. Só que, às vezes, acho que preciso de alguém corajoso o suficiente para enfrentar a temida tela branca.

Quem nunca?

Mas estou aprendendo e evoluindo. Converso com o computador, coloco uns fones gigantes para ouvir música e cantarolo, levanto para buscar uma água e jogar conversa fora por alguns minutos, olho pela janela para admirar os prédios ao redor e a vida alheia e vou brincar de organizar dados no Excel. Pois é. Parece que um dos remédios disponíveis foi pensado pelo mesmo gênio que criou o Word. Tenho certeza que o aplicativo de planilhas surgiu em um dia onde a tela branca o julgava com o cursor piscando terminantemente. Só pode.

E hoje deu certo. Depois da suposta falta de inspiração, brotaram, sem esforço, 356 palavras em 33 linhas e distribuídas ao som de mais de dois mil caracteres.

Ufa! Mais um dia salvo na Capibara City.

Beijo

Wellington

18
mai

Trintão de 80

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Ôôôôôôô

O buyling voltoooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu

Ôôôôôôô

O buyling voltooooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu

Ôôôôôôô

Pois é, o bullying dos tão queridos – talvez eu deva reavaliar a definição de queridos – colegas de trabalhou ressurge das cinzas. A mais nova teoria é a minha verdadeira idade. O veredito é que sou um trintão – quero deixar claro que tenho apenas 33 anos – com a mentalidade de um ancião na casa dos 80 anos.

Gente, preciso dizer que não é bem assim. A única relação que tenho com a dezena 80 é o ano de nascimento – longínquos 1984.

Tudo começou quando comentei o amor que os jovens estudantes devem ter pela minha rica pessoa no condomínio onde moro. O por quê? Apenas, veja bem, apenas, por causa de uma ideia que foi acatada em reunião de condôminos para limitar as pessoas nas áreas comuns, lista de convidados para churrascos, aniversários e outras festas e horário de uso. Ok que a sugestão foi minha. Mas alguém precisava acabar com a party mucho louca que rolava nas tardes e noites de sábado.

Outra proposta que devo levar na reunião de outubro – alvo de forte oposição e críticas dos work friends – é a proibição do Airbnb onde moro. Pensem comigo e vejam se não estou certo: são aproximadamente 250 apartamentos e mil pessoas morando e dividindo os mesmos espaços comuns. Imagine se 30% dos proprietários adotarem a pratica… será um turnover enlouquecedor para quem – na maioria das vezes – optou por morar em um apartamento pela segurança.

Antes que digam, amo a nova economia, criativa ou colaborativa, como preferirem chamar. Sou um apaixonado por viajar e tenho um lado crazy quando o assunto é leitura sobre finanças pessoais, investimentos e orçamento familiar. Faço tudo que posso pela internet. Até a minha conta no banco é digital. Tenho orgulho cada vez que vejo um novo negócio voando alto.

Enfim, duas ideias não podem me definir como um ancião com o corpinho de 30. Até o meu amor por uma caneta BIC que sempre carrego com o caderno de anotações virou motivo para as teorias da minha idade real.

Gente, era uma BIC!

Assunto para o próximo post…

Beijo

Wellington

23
mar

Solidão tecnológica

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Amo ler sobre novas tecnologias, redes sociais, vida digital e tudo que envolve o virtual. Quem me conhece pode confirmar. Quem sabe será capaz de me rotular como um chato por sempre saltar com uma opinião quando o assunto é abordado. Mas aí digo que sou jornalista e tudo se explica quase que instantaneamente. Ouso dizer que algumas vezes ouço até um ah tá.

Mas hoje jogarei contra. Não para derrubar a tecnologia. Essa não tem culpa. Nós somos os culpados. Seres humanos incapazes – na maioria das vezes – de encontrar o equilíbrio para as coisas da vida. E não, não é apenas a geração Y ou Z. A X e todas as outras também estão no mesmo bolo.

Sinto que vivo em um mundo high tech zumbi. Olho ao meu redor e vejo pessoas caminhando nas ruas mergulhadas nas telas dos smartphones. Mesas de bares e restaurantes com amigos conectados na fofoca mais quente ou no vídeo que recebeu no WhatsApp. Até nas famílias o papo parece ter ficado para o virtual.

Há momento para tudo. Inclusive para consumir as informações disponíveis nas redes sociais, sites e qualquer outro espaço virtual.

Uma pesquisa recente aponta que acessamos o smartphone quase cem vezes por dia. Quatro vezes por hora. Uma vez a cada quinze minutos. Aí pergunto: precisamos de tudo isso? Falo por experiência pessoal de um ser em processo de desintoxicação.

Que tal tentarmos uma experiência?

Entrou em um ônibus? Não caia na tentação de pegar o celular e observe a sua volta. Muita gente alheia ao que acontece no mundo ao seu redor? Pois é.

Vai andar como carona em um carro? Deixe o smartphone no bolso ou na bolsa e converse. Talvez o seu amigo tenha alguma história bacana para compartilhar.

Pegou um táxi, Uber ou Cabify? Puxe assunto com o motorista. Quem sabe você vai descobrir que ele trabalhou em uma multinacional e agora dirige profissionalmente para ter mais tempo com os filhos enquanto a esposa sai para trabalhar.

Está em uma roda de bar, restaurante ou em família? Apenas deixe que o silêncio seja quebrado por um assunto qualquer.

Garanto que, na pior das hipóteses, a carga do smartphone terá durado mais que 12 horas.

Viva a vida.

Wellington

2
fev

Ouvir e aprender

ouvidos

 

Algumas profissões, como as de jornalistas, historiadores, psicólogos e médicos, exigem mais do que talento e técnica para a atividade-fim.

É quase imperativo saber, também, ouvir. E, ouvindo, reconhecer valor na experiência do outro.

Ouvir é, para mim, um privilégio. E percebo isso toda vez que trago histórias que alguém me contou para ilustrar um ponto de vista, seja para discordar ou concordar.

E como a gente se surpreende quando ouve. Aconteceu de novo nesta semana, entrevistando uma pessoa para tentar compor seu perfil.

Ela me mostrou, como em outras vezes já havia acontecido, o quanto cada ser carrega em si o potencial da humanidade inteira.

Marisa Valério

 

22
set

Primavera, sua linda!

primavera

Primavera é tempo de florescer, de renovar, de se alegrar. E é assim que venho me sentindo nos últimos dias. Cheia de motivos para ser feliz.

Ah, a primavera. Ela tem um gostinho especial para mim. Além de ser linda e florida, é a estação do meu aniversário : ). Quem me conhece sabe que sou festiva. Simplesmente adoro comemorar aniversário, Natal, Ano Novo, enfim, celebrar a vida.

Em poucos dias veremos o sol se pôr mais tarde. O horário de verão começa e, com ele, a temporada do happy hour. Chope com as amigas, sorvete com os filhos, caminhadas ao ar livre. É tempo de fazer piquenique, de colher amoras no quintal, de usar roupas mais leves.

Seja muito bem-vinda Primavera!

Beijos,

Aline Cambuy