No começo de 2019 eu adotei uma gata, depois de meses, dias e horas pensando se essa seria uma decisão correta. Afinal, passo o dia todo fora de casa, já tenho um porquinho-da-índia gordo e maravilhoso (o Biscoito), e minha rotina é um pouco maluca. Enquanto eu refletia, o destino bateu à minha porta, quando uma mamãe gata e seus filhotes foram abandonados em um terreno baldio (ah, os humanos…). Eu não podia ficar com a família toda, mas decidi que esse era um sinal de que eu deveria entrar para o mundo dos gateiros. E assim, em janeiro, adotei minha pequena Alanis (em homenagem à cantora Alanis Morissette, minha cantora favorita).
Já são três meses de alegria, arranhões (muitos), ronronados, lambidas e mordidas, além de um carinho quentinho de manhã, quando Alanis vem na minha cama para se aninhar inteira do meu lado (ou na minha cara, ou no meu pescoço) para ronronar e fazer uma carinha de sono. O porquinho não ficou lá muito feliz, mas está se acostumando.
Nuca pensei que poderia amar tanto um serzinho tão pequeno e amoroso. É verdade que tem dias em que ela me enlouquece, arranha minha mão inteira até parecer que sofri um acidente grave, depois tenta escalar minha perna fincando as unhas mais afiadas do que as melhores facas do mundo.
Mas o negócio é que eu passo o dia todo com saudades da minha gata. Fico pensando nela dormindo na caixinha, que a minha tia fez especialmente para Alanis, fico pensando nela me esperando voltar do trabalho, penso nela se escondendo atrás das coisas só para pular e me assustar quando eu passo.
Alanis me espera todo dia atrás da porta da sala e sabe quando eu chego só de ouvir o portão do prédio. Ela começa a miar, se aninha toda nas minhas pernas assim que entro em casa e me segue em todos os cantos possíveis do apartamento. Ela é a gatinha mais maravilhosa desse meu mundo. Ai, que saudades da minha gata.
Rodrigo