Arquivos da categoria: Marketing

25
jan

Quem cala consente

Existe uma área muita estudada da Comunicação Social chamada Gerenciamento de Crise em Comunicação. Ela só existe quando o problema se torna público. Enquanto só os executivos internos estiverem a par da situação, ela ainda não passou a fazer parte desta esfera.

Crise não é só demissão. Se sua empresa vai passar por um processo de fusão ou aquisição, se um funcionário teve um acidente grave no trabalho, se um fornecedor se envolveu em alguma falcatrua, sua imagem também poderá estar em xeque. Os analistas do Gerenciamento de Crise em Comunicação se esforçam ao máximo para que o trabalho se centre na prevenção. Mas normalmente eles só são acionados quando o pânico está em estado bem adiantado. E o que fazer numa hora dessas?

Em primeiro lugar, não fique em silêncio. Lembre sempre da máxima “quem cala consente”. Mas isso não quer dizer que você deva sair falando sem um preparo prévio e sem medir as palavras. Procure um profissional especializado com a máxima urgência e tenha certeza de que o tempo está correndo contra você. 

Karin Villatore

20
jan

É jornalismo ou é publicidade?

Estava lendo o Anuário Brasileiro das Agências de Comunicação e da Comunicação Coorporativa de 2010/2011 e percebi uma preocupação comum: a dificuldade de explicar o nosso serviço. Antes eu achava que era só para as pessoas fora da área. É comum na casa dos meus pais alguém dizer que eu trabalho em uma agência de publicidade!!! Mas lendo o relato de várias empresas de comunicação no Brasil todo percebi que a dificuldade também está na hora de explicar para o cliente. Principalmente na hora de propesctar novos clientes, aqueles que não têm incutida a cultura da comunicação na veia da empresa. Foi quase um alívio. Como é bom ouvir (ler) gente que entende o nosso negócio e os nossos dramas. A distinção entre os papéis das agências ainda não está clara no mercado, mas estamos trabalhando para isso. Pelo que li a conclusão os profissionais é quase unânime para o fortalecimento do setor. Qualificação de mão-de-obra e a valorização do nosso trabalho, ou seja, conscientização das agências cobrarem preços justos pelos serviços.

Cristiane Tada

29
nov

Melhor prevenir do que remediar

Quando falamos em crise pensamos em um momento crítico, onde tudo aquilo que construímos pode vir abaixo. Também associamos esses períodos à confusão, demissão, quebra de corporações. Enfim, as crises estão relacionadas somente às coisas ruins. Pelo menos é o que a mídia mais ressalta. Mas uma coisa é certa, elas vão e vem e se não tiver o mínimo de prevenção, sua empresa, sua imagem, seus produtos, correm o risco de não sobreviver.

Pesquisas mostram que 43% das empresas despreparadas, que atravessaram grandes crises, nunca reabriram seus negócios e 29% fecharam as portas dois anos depois. O gerenciamento de crises começa antes mesmo dela aparecer. Um preconceito é achar que só atinge organização de determinado porte. Não! Ela pode ser prevenida em qualquer empresa, seja pequena, grande ou média. A agilidade, em tempos de crise, é primordial para reverter a situação ou até mesmo tê-la a seu favor e isso só acontece se já houve um planejamento anterior a ela.

Outro preconceito com relação a esses momentos é recuar ou até mesmo cortar investimentos em comunicação, como se fosse algo supérfluo, desnecessário. É preciso ter a crise a seu favor e nesse momento muitos setores podem ter a oportunidade de aparecer. Detalhes como ter um porta-voz já treinado e que esteja a par dos fatos para falar com a imprensa, um plano emergencial, envolvendo todos seus públicos, como os colaboradores, fornecedores, comunidades no entorno da organização, podem contar a favor da imagem e demonstrar um real envolvimento em encontrar soluções que beneficiem a todos.

É importante que perceba que as organizações que valorizam o planejamento não só enfrentam menos crises, como também são mais lucrativas. Consequentemente, o gerenciamento de crises não é somente a coisa certa a se fazer, mas é bom para o negócio.

Karin Villatore

16
nov

Feliz crise nova

Mais um ano chega ao fim. E que ano foi este! A crise econômica que abateu o mundo ano passado exigiu um equilibrismo em 2010 no mundo dos negócios. O tira-daqui-põe-ali fez que as empresas repensassem suas estratégias de investimento de recursos este ano. E a comunicação foi primordial durante a crise.

Saber administrar as dificuldades sem deixar que a boataria tome conta e apavore ainda mais clientes, parceiros, funcionários e colaboradores foi de extrema importância para voltar a controlar as rédeas.  Aparecer positivamente em tempos de incerteza pode ser um fator determinante para melhorar a imagem perante a sociedade e para ampliar os negócios. Investir em comunicação em tempos de crise demonstra maturidade para gerir um negócio ou uma empresa.

É no momento de fragilidade econômica que a informação deve ser manuseada para trazer transparência e credibilidade. Quem usou da comunicação para reorganizar as estratégias, evidenciar o que se tem de melhor e ver o que pode ser aproveitado utilizou bem do momento. Quem usou esta estratégia, ganhou.

Comunicação e informação são as matérias-primas para enfrentar a turbulência. A  instabilidade do mercado é a realidade na qual convivemos. Quem souber lidar com o momento pode ampliar as perspectivas, ganhar mercado e até comemorar. Partindo desta premissa, a idéia é desejar uma feliz crise nova a todos!

Karin Villatore

21
out

O colaborador é sempre o último a saber

Sua empresa lançou um produto, teve mudanças na diretoria, adquiriu uma nova marca e está conseguindo superar a crise financeira internacional. Tudo mais do que animador. Não fosse o fato de você ter se esquecido de informar sua equipe interna sobre as novidades.

Parece uma situação absurda, mas é mais do que comum nas corporações.
 A maioria de nós tem consciência de que a comunicação passou a ser um campo estratégico e indispensável na detecção de oportunidades e de ameaças. E o cliente interno é uma peça-chave neste processo. Para que o colaborador entenda qual é o papel que você espera dele e para que ele possa cooperar ao máximo, ele impreterivelmente tem que estar bem informado sobre todas as novidades da empresa.

A comunicação interna deve ser clara e constante, tomando-se o cuidado de que esteja sendo compreendida pelos diversos níveis dentro da empresa. Muitos de nós simplificamos os públicos em interno e externo. Se assim ficar mais fácil, tudo bem. Mas é importante que se lembre que cada nível tem sua percepção e sua compreensão dos fatos. Portanto, deve haver formas de comunicação adequadas para eles.

Não importa o porte do empreendimento: é preciso planejar comunicação e ter em suas ações o devido reconhecimento da importância nos resultados dos negócios. Lembre-se também que a escolha da ferramenta ideal de comunicação interna depende de fatores como o perfil do público-alvo, a temporalidade das informações, o grau de influência do veículo junto ao público-alvo, o tipo de impacto da mensagem, a linguagem, o tempo disponível de leitura do público-alvo e o número de mensagens que ele costuma receber diariamente.

Com o desenvolvimento desta prática, tudo vai conspirar em seu favor.  Afinal, seu colaborador não está apenas esperando o envio de uma mensagem de felicitação no dia do aniversário dele.

Karin Villatore

14
out

Quem não se comunica…

Este foi o titulo de uma matéria na revista Veja sobre Media Training. Na matéria, a revista aborda a importância de estar bem preparado para lidar com a imprensa seja nas horas de crise ou apenas para passar a mensagem correta. O próprio jogador de futebol Neymar vai contar com um programa intensivo de Media Training para tentar minimizar a imagem polêmica que conquistou nos holofotes da mídia. Os mineiros chilenos que foram resgatados esta semana também fizeram o treinamento para evitar ainda mais polêmicas sobre o acidente.

Mas aprender a se comportar diante dos meios de comunicação não é uma lição apenas para celebridades. Executivos e empresários também precisam sentar na primeira fila para aprender a lidar com a mídia e evitar erros lastimáveis. Determinadas posturas e declarações podem, facilmente, arruinar os negócios e possíveis parcerias. A importância deste tema é tanta que muitas notícias sobre Media Training têm saído na imprensa. Este treinamento funciona como uma aula e simulação ministradas por profissionais da área de comunicação, que possibilitam um maior entendimento de como se comportar, agir e até mesmo que assunto anunciar na grande imprensa.

Um exemplo de Media Training bem sucedido e constantemente lembrado é o caso Gol. Na época do acidente em 2006, no qual quase 200 pessoas morreram, a diretoria da empresa aérea já sabia como se comportar, pois vinha recebendo orientações profissionais há muito tempo caso houvesse alguma tragédia (convenhamos que as companhias aéreas precisam estar preparadas para este tipo de acidente) e a imagem da empresa não ficou arranhada diante daquele caso.

Como não podemos controlar as informações e nem a maneira como a imprensa ficará sabendo das crises, só resta um bom treinamento para saber lidar com a mídia para que não haja ruídos no que se pretende passar. Bons empresários já estão buscando no Media Training a ajuda para conseguir estar preparado e não manchar a reputação da empresa ou até mesmo sua própria imagem junto à opinião pública. É bom lembrar que errar na hora de se posicionar pode ser crucial para o andamento dos negócios. 

Thalita Guimarães

27
set

Trazendo Maomé à montanha

As áreas de Assessoria de Imprensa e de Comunicação Empresarial se transformaram nos últimos tempos em um dos grandes focos de eventos e seminários por todo o Brasil. Jornalistas e Relações Públicas se esmeram em discussões para lá de sérias sobre o papel da categoria, os direitos e a ética na profissão, a relação jornalistas de redação – assessores de imprensa e como doutrinar os empresários a saber lidar com a imprensa.

Em qualquer um desses eventos nota-se a presença de dezenas de profissionais de Comunicação. Mas nunca a de um indivíduo que deveria, mais do que ninguém, ser um dos principais público-alvo: o porta-voz das empresas. Onde está o “cliente” neste momento tão importante? Não seria ele o elo fundamental de discussão entre os comunicadores e as fontes de informação? Quem sabe, ao ouvir os relatos sobre os hercúleos esforços que as equipes de Comunicação fazem para obter resultados que se transformam em cases nos congressos estas fontes passariam a valorizar ainda mais o papel de quem os atende.

Mais ainda, poderiam esclarecer suas dúvidas, relatar seus sofrimentos e mágoas, ajustar os devidos ponteiros com os jornalistas e relações públicas. Da mesma forma como assistem a palestras sobre avanços tecnológicos ou motivação, veriam no setor de Comunicação o crescimento de um profissionalismo pungente, que poucos conhecem. Ao invés de os comunicadores levarem, ao término de eventos, resumos breves que raramente são lidos pelos executivos, por que não trazer Maomé à montanha? Certamente, a participação desses empresários traria não apenas uma aproximação entre a fonte e o assessor, mas uma compreensão do todo deste trabalho, tão importante para a vida das organizações.

Karin Villatore