Arquivo mensais:maio 2017

26
mai

Vou contar uma história de amor

Minha cunhada Florinha, minha mãe Noeci e minha sogra Dinah (sentada): três meninas de ouro.

Minha cunhada Florinha, minha mãe Noeci e minha sogra Dinah (sentada): três meninas de ouro.

Dinah e Florinha eram mãe e filha e, muito mais do que isso, amigas e companheiras de uma vida inteira. Conviveram por 68 anos, até domingo passado, quando Florinha se foi, mansa como um passarinho, o corpo pequenino, o rosto altivo, expressão serena e amável. Contava 87 anos menos cinco dias.

Dinah vai comemorar 88 em 2 de agosto e pela primeira vez não receberá o abraço carinhoso da filha ou a ligação telefônica desejando “paz, amor, saúde, compreensão” – bordão sincero da família para os aniversariantes.

Como são, então, mãe e filha, se ambas tinham a mesma idade?

Suas vidas se entrelaçaram por arte de Octacílio, jovem viúvo de 36 anos. Os olhos azuis encantaram a moça Dinah, recém chegada aos 18, e depois de oito meses de namoro e noivado, os dois se casaram. O noivo trouxe junto a filha Florinha, da mesma idade da madrasta. A sintonia foi imediata e elas zelaram pelo relacionamento como cuidariam dos filhos. Sem brigas, sem disputas, sem cara feia.

A enteada casou em seguida e a prole das duas começou a chegar. Quatro filhos para cada uma. Eles foram nascendo juntos, quase aos pares, o que gerou uma confusão de respeito, com sobrinhos mais velhos que os tios, e tios-avós ainda meninos.

Lá pelos 15 anos, o terceiro guri da Dinah, Claudio, perguntou para a mãe, tentando entender o rolo familiar: “Afinal, o que a mana é minha?”.

Essa história não termina com a despedida da Florinha, cuja herança de bondade e delicadeza jamais se perderá. Mas hoje Dinah está mais triste. Ela só encontra consolo na certeza de que algum dia reencontrará a filha e toda a turminha que já partiu dessa vida, um sonho que acalenta há algum tempo, desde que marido, um filho e todos os irmãos a deixaram.

Dinah é minha sogra e Florinha, minha cunhada. Mas frequento a família Valério há 37 anos e as trago no coração como mãe e irmã. Tenho certeza de que minha vida foi muito melhor por causa delas e do amor que nos entregaram.

Marisa Valério

18
mai

Trintão de 80

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Ôôôôôôô

O buyling voltoooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu

Ôôôôôôô

O buyling voltooooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu

Ôôôôôôô

Pois é, o bullying dos tão queridos – talvez eu deva reavaliar a definição de queridos – colegas de trabalhou ressurge das cinzas. A mais nova teoria é a minha verdadeira idade. O veredito é que sou um trintão – quero deixar claro que tenho apenas 33 anos – com a mentalidade de um ancião na casa dos 80 anos.

Gente, preciso dizer que não é bem assim. A única relação que tenho com a dezena 80 é o ano de nascimento – longínquos 1984.

Tudo começou quando comentei o amor que os jovens estudantes devem ter pela minha rica pessoa no condomínio onde moro. O por quê? Apenas, veja bem, apenas, por causa de uma ideia que foi acatada em reunião de condôminos para limitar as pessoas nas áreas comuns, lista de convidados para churrascos, aniversários e outras festas e horário de uso. Ok que a sugestão foi minha. Mas alguém precisava acabar com a party mucho louca que rolava nas tardes e noites de sábado.

Outra proposta que devo levar na reunião de outubro – alvo de forte oposição e críticas dos work friends – é a proibição do Airbnb onde moro. Pensem comigo e vejam se não estou certo: são aproximadamente 250 apartamentos e mil pessoas morando e dividindo os mesmos espaços comuns. Imagine se 30% dos proprietários adotarem a pratica… será um turnover enlouquecedor para quem – na maioria das vezes – optou por morar em um apartamento pela segurança.

Antes que digam, amo a nova economia, criativa ou colaborativa, como preferirem chamar. Sou um apaixonado por viajar e tenho um lado crazy quando o assunto é leitura sobre finanças pessoais, investimentos e orçamento familiar. Faço tudo que posso pela internet. Até a minha conta no banco é digital. Tenho orgulho cada vez que vejo um novo negócio voando alto.

Enfim, duas ideias não podem me definir como um ancião com o corpinho de 30. Até o meu amor por uma caneta BIC que sempre carrego com o caderno de anotações virou motivo para as teorias da minha idade real.

Gente, era uma BIC!

Assunto para o próximo post…

Beijo

Wellington

5
mai

A tal da internet

internet

Não há como viver sem internet. Fato! Essa semana houve um problema técnico no escritório, ficamos sem conexão e foi simplesmente desesperador. Não há como trabalhar. Você escreve um texto, faz algumas ligações, mas depois precisa enviar os materiais para o cliente e para a imprensa por email. Você usa os dados do celular, o webmail, mas logo se dá conta de que isso não resolverá todas as suas demandas do dia.

A tal internet é tão recente, mas já não lembramos como era viver sem ela. Durante esse episódio de falha técnica estava tentando recordar como fazíamos para nos comunicar, enviar releases, notas, etc. Lembrei-me de um aparelho de fax que usava na primeira assessoria de imprensa em que trabalhei. Ele era de grande valia para enviar notas e textos para os jornalistas mais velhos da redação. Nessa época já se usava a internet, mas muitos ainda não eram familiarizados e não se rendiam às facilidades da rede.

Uma colunista social da Gazeta do Povo recebia as fotos impressas, com as legendas nas etiquetas coladas no verso, isso nos anos 2000. Também recebi muita sugestão de pauta via fax quando trabalhei em rádio, principalmente comunicados da Câmara de Vereadores e da Prefeitura.

Nesta semana ainda passamos pela “queda” mundial do WhatsApp. O mundo ficou sem o serviço por umas duas horas e quando voltou os celulares lá em casa apitavam enlouquecidamente.

Já nos acostumamos com as facilidades da internet e ela foi incorporada a nossas rotinas pessoais e de trabalho a ponto de sermos completamente dependentes. Quando passamos por essas “panes” dá até certo frio na barriga. Que não aconteça novamente, amém!

Beijos,

Aline Cambuy