Arquivo mensais:março 2016

31
mar

Sobre gêneros e empoderamento

solidariedade

Hoje de manhã assisti a uma série de palestras sobre finanças (empresariais, pessoais, investimentos, cenário macroeconômico, dólar), durante um evento da Rede Mulher Empreendedora (www.facebook.com/RedeMulherEmpreendedora/). Na plateia e no púlpito, o mais legítimo exemplo do empoderamento feminino.

Achei tudo genial. Aprendi novos termos, ampliei minha cadeia de networking, ouvi histórias fantásticas, saí renovada.

Mesmo sem ser uma conhecedora do debate sobre gêneros, ficou claro para mim no evento que a questão ali era latente. E aí me lembrei do material que recebi dias atrás da minha comadre Alessandra Roseira, de Berlim: o primeiro longa-metragem intersexual do cinema. A Ale teve acesso ao link abaixo depois de entrar em contato com a diretora do filme, em 2011. Obrigada pelo envio, comadre. E que todos possam assistir e refletir.

https://vimeo.com/68928530

Beijos,

Karin Villatore

 

24
mar

Moda e blogs

iris3Eu sempre gostei muito de moda, principalmente de ler sobre, pois o consumo mesmo nunca esteve ao meu alcance.

Nos anos 80, quando não havia internet, minha família assinava e comprava muitas revistas, entre elas as clássicas Moda& Moldes e Manequim, que eu devorava página por página. Acho que foi aí que surgiu a minha adoração.

Mais velha, já com a internet, descobri os blogs de moda. No início eu era compulsiva, acessava milhares ao dia, adorava ver o que as meninas usavam e recomendavam, até gostava de ver os “looks do dia”. Mas sempre tive uma postura crítica, pois moda não é só ir ao shopping comprar, moda é comportamento, é informação, é história.

Nessa época, lá em 2009, as blogueiras viraram estrelas. Eram convidadas para a primeira fila de desfiles em Paris, participavam de coleções, tornaram-se digital influencers.

E nisso começaram as críticas, já que carregar marcas famosas e desfilar as últimas tendências não é, nem nunca foi, sinônimo de bom gosto ou de bom senso para a moda. Uma das críticas mais frequentes também refletia sobre os jornalistas e os blogueiros, que não são a mesma coisa.

Com o tempo fui perdendo o interesse, pois a falta de conteúdo me incomodava muito, além do estímulo desenfreado ao consumo e a falta de realidade. No meu mundo, e no da maioria das pessoas, não está na lista de desejos uma bolsa Chanel ou um sapato Louboutin, que segundo a maioria das blogueiras, são itens “imprescindíveis”.

Mas depois de tanta rejeição aos blogs vejo um movimento interessante que valoriza o reaproveitamento, os “armários cápsulas” (que estimula ter poucas e boas peças) e, principalmente, de consumo consciente.  Afinal, moda é muito mais do que uma roupa bonita.

Se você gosta ou quer saber mais, fiz uma lista de documentários bem legais sobre moda:

  • Advenced Style: mostra que moda não tem idade e é comportamento também.
  • Íris: sobre a linda Iris Apfel, um ícone da moda aos 94 anos.
  • The True Cost: o documentário mostra o impacto da moda em todo o planeta, seja financeiro, ambiental ou comportamental.

Todos estão na Netflix.

Um beijo,
Maria Emilia

17
mar

A obrigação de ser gentil

gentileza

Certamente estamos mais estressados. Por mais positivos, gente fina e elegantes que sejamos, nosso cotidiano nos faz exercitar a paciência em doses cavalares. Depois da invenção das redes sociais, então, todo mundo virou corajoso e muito sincero. Atrás de um avatar, é possível brigar, esbravejar, falar aos quatro ventos palavras duras que ferem quem está do outro lado. Por isso, sou da opinião que a gentileza não é uma qualidade, mas uma obrigação.

Mas não me refiro à gentileza mecânica, aquela da educação primária. Por favor, com licença, muito obrigado são palavras básicas, necessárias para que convivamos em harmonia. Tratar bem está a milhões de quilômetros de tratar com cuidado. É que somos bastante egocêntricos, sejamos honestos, e justificamos nossas patadas porque, ora, não estamos num dia bom, está chovendo, o carro quebrou e o ônibus atrasou. Passamos por cima dos outros feito carros desgovernados, e ai daquele que vier de cara feia, que pra mim é fome.

Só que por mais romântico, bobo e ingênuo que possa parecer, nós esquecemos que cada um carrega sua própria cruz. Alguns, por sorte ou obrigação, criam uma espécie de resiliência, outros quebram de forma irremediável. A grande questão é que não dá pra saber.

E aí nós caímos na bobagem de achar que adultos sabem se defender. Gentileza se torna privilégio dos mais queridos. Aqueles queridos se tornam íntimos e a intimidade, veja só, se torna motivo para agredir. Então, nos esquecemos de nos colocar no lugar do outro, de levar em consideração as dificuldades, o repertório de vida, os traumas não superados. E não é necessário ser Madre Teresa de Calcutá para perceber que cada um tem a obrigação de ser gentil.  Basta olhar por aí e notar que o mundo grita por gentileza, do menor para o maior grau.

É claro que não somos baratas tontas. Existem pessoas, dias e situações que pedem uma rispidez, um tom mais sério, até mesmo agressivo, porque gentileza não pode ser sinônimo de ingenuidade. Mas, talvez, a chave para a tão procurada harmonia ao nosso redor seja a empatia, atitudes leves e não bruscas, uma comunicação não tão na defensiva. Grosseria não pode virar hábito.

Rodrigo de Lorenzi

10
mar

Aedes aegypti

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O assunto Aedes aegypti é cada vez mais constante na mídia e no nosso dia a dia. Somos bombardeados por informações sobre o mosquito, sobre as doenças que ele pode causar e sobre os cuidados que devemos ter para evitar a proliferação dele. Em qualquer site de notícias ou outro veículo que se preze o problema está lá, estampado em forma de notícia.

Essa repercussão é muito boa. Pois esse é o papel da imprensa: informar a sociedade. Mas, e o papel da sociedade? O discurso da maioria é bonito. Todos sabem como proceder e conhecem as consequências das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Na prática a realidade é outra.

Basta uma volta pela cidade para ver a quantidade de lixo acumulado em terrenos baldios. Sacos de lixo mal fechados em frente às residências, além de vasos, garrafas, etc. Basta uma tampinha de garrafa pet com um pouco de água para se formar um criadouro. É meio óbvio, mas se cada um fizer a sua parte, certamente diminuiremos o problema.

Aline Cambuy

3
mar

Corrente do Bem Talk

Escola-Joao-Paulo-II-19O Professor Belmiro (Valverde Jobim Castor) costumava usar um pensamento do filósofo norte-americano John Rawls para dar base ao conceito do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII): “A sociedade justa não é aquela que garante a todos os seus filhos a plena realização de seus objetivos, pois isso é impossível. Mas é aquela que garante a todos os seus filhos possibilidades semelhantes de alcançar essa realização”.

O Professor e um grupo de pessoas muito legais conseguiram criar em 2010 uma escola que vem oferecendo ensino em período integral, de qualidade e gratuito para crianças e jo¬vens carentes de Piraquara.

A morte do Professor foi um baque para o Centro, que hoje é dirigido bravamente pela Dona (Thereza) Elizabeth (Bettega Castor), viúva de Belmiro. Nesta comemoração dos nove anos da agência decidimos voltar nossa ação para uma campanha que chamamos de Corrente do Bem Talk, de doações de materiais escolares e esportivos para o CEJPII. E o chamado foi ouvido.

Foram inúmeras as entregas recebidas aqui, de parceiros, clientes, amigos, anônimos e público interno. Um movimento inspirador e que nos deu um gás de motivação durante todo o período. Não temos palavras para agradecer a todos os que se mobilizaram.

Vamos combinar com a Dona Elizabeth a entrega das doações agora para o início de abril. Será uma emoção rever o Centro sem o Professor. Mas, acima de tudo, é sempre uma emoção assistir no colégio à transformação dos estudantes.

Para quem quiser conhecer o Centro ou fazer doações, vale muito a pena. O site é www.joaopaulosegundo.org.br e telefones (41) 3079-7810 e (41) 3018-9625.

Beijos e obrigada a todos,

Karin Villatore