20
jun

Para não dizer que não falei de flores

protesto Seria impossível, como jornalista, fazer um texto para o blog sem falar dos protestos nas ruas brasileiras – por isso o nome do post. De tudo que já li sobre os acontecimentos dos últimos dias – e olha que é bastante coisa, mal dá para se manter atualizado no Facebook – fico analisando cada notícia nova e na minha cabeça passa um trailer como o de um filme em tempo real. Depois de tantos anos o povo resolveu ir para a rua novamente reivindicar seus direitos e mostrar para os governantes que nós não estamos alheios ao que acontece no poder.

Isso foi como um sopro de liberdade, que estava adormecido, como aquele sentimento que há tempos estava guardado e que num impulso emergiu se mostrando mais forte do que nunca. E quando você se depara está junto da multidão, gritando um coro uníssono que só aquele bando de gente desconhecida consegue entender. Difícil de explicar, mas foi isso que eu vi e senti na segunda-feira, quando uma multidão de pessoas atravessava a Praça Rui Barbosa, com suas bandeiras, apitos, megafones e cartazes nas mãos. E naquele momento eu pude ver o filme passar diante dos meus olhos, foi bonito de presenciar.

A maioria eram jovens que mostravam o rosto e gritavam por mudanças, exigindo respeito e dignidade para a população, o mínimo que poderia se exigir de um governo democrático. Diante desta cena, os coletivos deram espaços para as pessoas e uma revoada de pombinhas brancas cruzou o céu da praça, simbolizando a esperança daqueles jovens que estavam ali querendo ser ouvidos.

Luanda Fernandes

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