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Não é apenas mais um debate eleitoral

Assisti a mais um debate eleitoral. Dessa vez realizado pela Folha/UOL e transmitido via internet na quarta-feira passada. Acompanhei pelo twitter e fiquei impressionada em ver quantas pessoas estavam ligadas no mesmo canal durante o debate. A transmissão foi impecável, com ótima qualidade de imagem e de som. Mas o melhor mesmo foram as perguntas pré-selecionadas de internautas. Sem o formato engessado da TV, senti como se tivessem perguntado tudo que eu queria saber, coisa que a Fátima Bernardes ou o Willian Bonner nunca iriam questionar. Um internauta perguntou sobre as doações para as campanhas dos candidatos, se grupos como o Itaú, que são os maiores doadores, fazem isso por serem bonzinhos.
É engraçado porque, durante o processo eleitoral, parece existir um acordo silencioso: nós não perguntamos, eles não precisam responder. A forma democrática como a internet e as redes sociais possibilitam interação entre o povo (se me permitem o clichê) e os candidatos, exige transparência e facilita o dever do cidadão. Qualquer um pode colocar Dilma, Serra e Marina na parede, cobrar respostas e esclarecimentos. Até mesmo o candidato que ficou de fora, Plínio Arruda, permaneceu online dando pitacos e disparando críticas aos seus concorrentes.
Neste debate quem ganhou foram os eleitores e a comunicação. Os candidatos ainda precisam aprender a se comunicar nessa onda hi-tech. Enrolar agora vai ficar cada vez mais difícil para eles.

Cristiane Tada

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