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set

Independência ou Morte!

Na próxima semana vamos comemorar o Feriado da Independência ou o dia sete de setembro, pois, assim como eu, a maioria dos brasileiros está ansiosa mesmo é pelo feriado nacional. Aquele dia de folga coletiva em que as pessoas aproveitam para descansar, se divertir ou simplesmente ficar em casa sem fazer nada. O que de fato 99% da população não vai fazer é refletir sobre a representatividade da data para a nação.

Então, comecei a pensar e recordar alguns acontecimentos significativos pelo qual o país passou e não precisou fazer uma retrospectiva muito extensa, bastou verificar os últimos 30 anos, por exemplo. Somente na década de 80 muitas foram as mudanças: passamos pelas Eleições Diretas, foi criado o Plano Cruzado e a Constituição Federal, enfim, foi um período de muitas transformações, o país saía de um governo ditador e começava a respirar o ar da tal liberdade de expressão há muito tempo esquecida.

Isso só aconteceu porque o povo começou a exigir seus direitos, foi às ruas e gritou por melhoras. O que não quer dizer que foi uma transição tranquila, afinal, passamos por períodos terríveis principalmente na economia com variações extremas na inflação. Simplesmente os produtos triplicavam de preço no mesmo dia, as pessoas faziam filas e brigavam nas padarias para poder comprar o pão e o leite de cada dia. Foi um período difícil, mas conseguimos superar de alguma forma.

Também tivemos a revolução da década de 90 os movimentos de paz, após anos de guerras sofridas pelo mundo afora. Seguindo as tendências dos anos 80 continuamos com a evolução cultural e artística. No Brasil elegemos um presidente novo, diferente de todos os outros. Era aquele tipo bonitão e jovem, que trouxe esperança de mudanças para a história brasileira. Sonhávamos com um país renovado rumo à independência financeira e à modernidade – doce ilusão. O mandado durou pouco diante de tantos escândalos de corrupção evolvendo o presidente galã. Mais uma vez o povo se reuniu e pediu o impechament. E assim aconteceu.

Agora avalio esse novo milênio: as coisas melhoram consideravelmente. As pessoas têm acesso às informações e conhecimento pelos fatos que acontecem no dia a dia. O Brasil tornou-se um país reconhecido mundialmente, com uma economia valorizada e sólida. Também sobreviveu a crises mundiais, que afetaram até mesmo países com economia muita mais forte que a nossa.

Porém, os escândalos e a corrupção aumentaram em escala proporcional. Cada dia é uma CPI nova instaurada, outra investigação que descobriu desvios de dinheiro em grande quantidade, político tentando esconder propina de todas as maneiras (lembram dos dólares na cueca?) e por aí em diante. Fico me questionando até onde isso vai dar, pois já não é mais o absurdo caso do representante corrupto e, sim, mais um corrupto que leva dinheiro descaradamente. E o que me entristece é que nem me surpreendo mais com o assunto, acho que ninguém mais fica. Pois isso se tornou uma rotina tão comum nos noticiário que, às vezes, nem sei mais se o que está sendo divulgado pela mídia é um escândalo novo ou a repercussão do mesmo.

Diante disso, deixo uma reflexão: qual é o país que queremos para os próximos 30 anos? Não imagino como será a minha vida daqui a três décadas, assim como também não imaginava no passado como seria agora. Mas de uma coisa tenho certeza: não podemos nos acomodar com essa roubalheira que virou o poder público. Devemos exigir dos nossos representantes as punições para os que roubam e ficam ilesos. Nem tudo pode acabar em pizza como estamos acostumados a acompanhar.

Luanda Fernandes

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Uma ideia sobre “Independência ou Morte!

  1. Fabíola

    Comodismo. Esse é o problema. As vezes me pergunto se a técnica do pão e circo é a aplicada para a população brasileira. Ao mesmo tempo que mais e mais brasileiros entram na classe C, que segundo pesquisas, é a que move a economia de fato, o que me parece é que esses mesmos brasileiros que compram mais são os que querem saber menos e estão acomodados com a corrupção, a roubalheira do dinheiro público e o descaso. Achamos isso normal, como você mesma disse.
    Ótimo texto, me fez refletir.

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