Acho muito bacana esse pessoal que entende de marcas, chamada no meio do marketing de branding. Acho o máximo quando eles conseguem colocar um número em algo que, para mim, é abstrato. Quanto vale a marca da Coca Cola? Não sei quantos bilhões de dólares. E da Microsoft? Não sei mais quantos bilhões. Entenda aqui que eles estão falando da marca em si, e não da empresa, dos seus bens, das suas fábricas, dos seus segredos.
O famoso Kotler explica que marca é um nome, um termo, um símbolo, um desenho – ou uma contribuição desses. Em termos de desenho (ou seria um símbolo?), já tinha em mente o que queria: uma espiral, igual à tatuagem que tenho no ombro esquerdo. A cor, a vermelha, minha preferida.
Já quanto ao nome, escolhi Talk porque queria uma palavra que tivesse a inicial do meu nome e do da Lílian, amiga-irmã que me motivou a abrir a agência. Como a letra k praticamente só existe no nosso alfabeto para nomes próprios, tive que partir para algo estrangeiro.
No começo pensei em Klaxon, que significa buzina em Francês. Testei o nome com algumas pessoas e surgiram retornos do tipo: KLAxon (dando erroneamente a tônica na primeira sílaba)? como escreve esse troço? o que quer dizer isso? Mensagem captada, Klaxon descartada.
Daí veio a ideia da Talk. Confesso que não sou muito chegada a americanizações, e até cheguei a receber críticas por usar um nome em Inglês. Mas, no geral, o nome pegou e agradou. Tanto que tive que registrar a marca porque uma agência de outra região do Brasil quis plagiar.
Acho bonitinho quando alguém diz Talk com a pronúncia caprichada da terra do Tio Sam, e igualmente bacana quando a pessoa aportuguesa a fala. Quando temos que soletrar nosso endereço de site ou de email, às vezes usamos o recurso de explicar que nosso nome é igual a “falar em Inglês”. Se, mesmo assim, não funciona, vai o T de tatu, A de amor, L de laranja e K de Karin. Ah, tá.
Beijos,
Karin Villatore