9
set

Comunicação e Mobilização

A mobilização do mundo pelo caso da iraniana Sakineh Ashtiani, acusada de traição e morte do marido, aparentemente deu certo. A sentença de morte por apedrejamento foi revogada.  A comoção global nas redes sociais foi grande, os órgãos de defesa dos Direitos Humanos se pronunciaram amplamente, a mídia emplacou uma campanha mundial.  Sakineh ainda tem muitas acusações a responder, mas por hora sua sentença de morte está suspensa.  Há quem questione o respeito aos princípios de autonomia dos países de fazerem suas próprias leis conforme credo e entendimento, mas o mundo tem assistido a uma série de desrespeitos aos Direitos Humanos vindo pelo Irã já há algum tempo.
A comunicação, junto com a pressão popular que foi gerada no mundo em torno desse caso, fez o serviço da ONU, em um momento em que sua influência está muito em baixa. Até o presidente Lula, que anteriormente declarou que não ia se pronunciar sobre o caso, pressionado pela opinião pública por manter boas relações com o presidente Armadinejad, acabou oferecendo asilo à cidadã iraniana. Utilizada dessa forma a comunicação entre os povos provou que é mesmo um quarto poder. Poder de discussão e de entendimento entre povos. Ainda que algumas nações sustentem objetivos nem tão nobres assim por trás do símbolo que se tornou Sakineh a comunicação provou que pode, sim, ser instrumento de paz.
Cristiane Tada

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