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31
jul

Ponha os clássicos em dia durante o isolamento

Cada um de nós tem sua contagem individual de dias em isolamento social desde o início da pandemia no Brasil, por volta da primeira quinzena de março. Uns pararam antes, outros depois. E alguns nem pararam, dependendo da área de atuação. Fato é que os longos períodos em casa estão fazendo com que os cinéfilos ponham os clássicos em dia, dos mais variados gêneros.

Falando por mim, há quase 140 dias “quarentenado”, já perdi a conta dos filmes que tenho visto desde então, nas horas vagas. Separei algumas dicas que podem ser assistidas hoje mesmo. Para fins de praticidade de streaming, vou indicar apenas dos longas disponíveis na Netflix, ok?godfather

Baccio la mano, Godfather

Existe um levantamento curioso que aponta a trilogia O Poderoso Chefão (1972, 1974 e 1990) como a que mais pessoas “fingem ter assistido”. Ora, se você é fã da série Família Soprano, dos filmes do Scorsese e de tudo que envolve o submundo mafioso que é produzido nas últimas quatro décadas, não dá pra deixar de lado a saga da família Corleone, praticamente pioneira do gênero para o grande público. A dica é assistir um filme de cada vez, até pela duração. Mas não tema: a partir do momento em que você se encantar com o drama humano que envolve cada um dos personagens dirigidos por Francis Ford Coppola, vai devorar com facilidade as três partes da obra de Mario Puzzo.

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Don’t you forget about me

Quem foi adolescente nos anos 1980 e 90 tem uma série de clássicos para matar a saudade dos tempos de colégio. Tudo bem, o antigo colegial brasileiro não é como o equivalente norte-americano, mas as influências da cultura pop (principalmente as musicais) estão todas lá. As dicas são Clube dos Cinco (1985), Gatinhas e Gatões (1984) e Curtindo a Vida Adoidado (1986), a “trilogia” de John Hughes. Para o pessoal dos anos 90, não perca As Patricinhas de Beverlly Hills (1995) e Dez Coisas que Odeio em Você (1999).

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Night fever

Já para os nostálgicos da década de 1970, a Netflix atualizou dois clássicos imperdíveis, estrelados por John Travolta: Grease (1978), com Olivia Newton John, que dispensa apresentações – com o detalhe de ser ambientado nos anos 50; e Os Embalos de Sábado à Noite (1977), cuja trilha sonora antológica do Bee Gees ainda “embala” a maioria das festas de casamento e 15 anos até hoje. O canto dos clássicos do serviço de streaming incluem ainda Tubarão (1975), Top Gun (1986) e Ghost (1990).

André Nunes

15
ago

As saudades e ciladas da nostalgia

Nostalgia

O cinema, a TV, a música e até mesmo a política têm investido bastante em produções e estratégias nostálgicas nos últimos anos, em especial desde 2015. É perceptível no aumento de remakes, revivals, turnês saudosistas e candidatos que tentam disfarçar a naftalina, tudo ao gosto do público que, depois de praticamente esgotar as opções de consumo “oitentista”, agora volta sua nostalgia à década de 1990.

Vamos aos exemplos: a série “Stranger Things”, a turnê de Sandy & Júnior, a novela global “Verão 90”, o novo “O Rei Leão”, a volta do especial “Amigos” sertanejos, e até o “Xou da Xuxa” estão entre nós às vésperas da chegada de 2020 – com força total e bilheterias esgotadas. Se, por um lado, é bacana curtir a saudade das décadas passadas e rever/revisitar ídolos e sucessos, é preciso cuidado para não cair nas ciladas da nostalgia excessiva.

Quem assistiu “Meia Noite em Paris”, de Woody Allen, sabe bem o que estou falando: um escritor infeliz, em crise de identidade em sua realidade dos anos 2010, magicamente se vê transportado para a Paris da década de 1920, repleta de artistas, boêmia e efervescência cultural. O autor não quer mais sair de lá, tamanha sua realização.

Eis que, no desenrolar da narrativa (sem dar spoilers), ele se dá conta que os parisienses daquela época consideravam a Belle Époque um período histórico muito superior, ao passo que aqueles artistas da virada do século 19 comentam que a Renascença, sim, devia ser excelente… Percebem a ironia?

O ser humano tem a estranha mania de se apegar ao passado e, mesmo que no fundo saiba que enfrentou muitos perrengues, acaba por idealizar apenas os bons momentos vividos: a infância (sua ou dos filhos), o antigo emprego, o governo daquele político de sua preferência, a música da adolescência e assim por diante.

Quer prova maior do que a década de 1980, marcada pela abertura democrática no Brasil, pelos últimos anos da Guerra Fria e pelas dificuldades da hiperinflação que a consideram a “década perdida”, e ainda assim cultuada como tempos gloriosos pela cultura pop?

É bom rememorar as coisas boas do passado, mas nunca se esqueça de (bem) viver o presente, tornando o momento atual uma boa lembrança em alguns anos.

André Nunes

4
nov

Virada Cultural

A segunda edição da Virada Cultural de Curitiba acontece neste final de semana (05 e 06/11). O evento está com programação em 84 pontos da cidade, o que promete atrair muitos expectadores, assim como na edição passada, que aconteceu em abril deste ano.  As principais atrações acontecem na Praça da Espanha, nas Ruínas do São Francisco e no Paço da Liberdade, com shows gratuitos de Almir Sater, Jair Rodrigues, o Teatro Mágico, Ultraje a Rigor, A Banda Mais Bonita da Cidade, entre outros.

Na Praça da Espanha, além do palco, será montada uma praça de alimentação ao ar livre com música e gastronomia. Serão 28 estabelecimentos reunidos, que ofereceram cardápios variados e com preços bem atrativos.

Além disso, na Virada também terão apresentações teatrais, mostras de cinema e exposições em museus. Para quem vai estar na cidade e não tem nada programado para o final de semana, essa é uma boa oportunidade para conferir o evento que recebeu muitos elogios na edição passada. Então fica a dica. Quem quiser conferir a programação e saber mais sobre o evento, basta acessar o site http://correntecultural.com.br  

Luanda Fernandes