Arquivos da categoria: bicicleta

30
mar

Eu tenho uma tia confeiteira

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Eu venho de uma família muito doce. Minha avó fazia aqueles bolos artísticos e gigantescos que enfeitam casamentos pomposos. Meus aniversários eram sempre temáticos e viviam cheios de amiguinhos da escola – hoje suspeito que eles compareciam menos por causa de mim e mais por causa das guloseimas, mas divago.

Minha tia Dorotéia, filha da minha avó, herdou o talento e trabalha com confeitaria. Desde pequeno eu a vejo cozinhar. Quando passei a morar com ela, há 12 anos, convivi com chocolates no mármore, bolos de todos os sabores, docinhos, salgadinhos e tudo o mais que vocês possam invejar.

Ter uma tia confeiteira é realmente bacana, mas engana-se quem pensa que eu chegava em casa e me deparava com a fantástica fábrica de chocolates ou era herdeiro do Willy Wonka. Muito sábia, tia Dorotéia faz os quitutes contadinhos sob encomenda. Até sobram alguns uns brigadeirinhos, mas nada para se lambuzar tanto. É uma ilusão.

Mas é engraçado ver a reação das pessoas. “Como você não engorda? Você deve comer isso todo dia! Uau, que sorte. Que delícia.”

Os docinhos da festa de 10 anos da Talk foram feitos pelas mãos da Dorotéia e foram um sucesso, mas lá em casa não sobrou muita coisa, não.

Aqui na Talk nós devoramos os docinhos remanescentes. A Marisa ficou obcecada pelo espelhado de damasco. A Aline ficou fascinada pela trufa. O Wellingtou gostou mais do coco queimado. A Stphnny adorou o camafeu. E eu fiquei todo orgulhoso da titia.

Ah, e não passem vontade. Se quiserem encomendas e amostras, o telefone da Dorotéia é (41) 99920-5411. As encomendas de Páscoa já estão aí.

Beijos

Rodrigo

31
jul

A Massa Crítica

“A massa crítica de um material fissionável é a quantidade necessária para manter uma reação nuclear em cadeia autossustentada. A massa crítica de um material fissionável depende das suas propriedades nucleares, das suas propriedades físicas (a densidade, em particular), a sua forma, e a sua pureza”, segundo a Wikipédia. A pouco tempo descobri, no entanto – e para você pode não ser novidade –, que existe um movimento chamado “Massa Crítica”, que se apropria desse conceito para tentar aplicá-lo à sociedade. Também li na internet um estudo recente de física quântica que indica que “um  único quantum de uma onda de alta frequência, de alta vibração, numa linguagem mais acessível, pode carregar, sozinho, mais energia do que muitos quanta de outra vibração mais baixa”.

massa criticaOu seja: aplicando isso ao dia a dia, é possível acreditar que pensamentos positivos se propagam muito mais que pensamentos negativos. Baseado nesse conceito, existe a ideia de que é possível que a humanidade dê um “salto evolucional” se um determinado número de pessoas evoluir – e não todos. Assim é mais fácil acreditar que a humanidade tenha um futuro, não?!

Aqui no Brasil existe um movimento inspirado na Massa Crítica, a Bicicletada (bicicletada.org). É um coletivo, mas você não precisa fazer parte dele para ajudar o mundo a ser um lugar melhor para se viver, ou pode, se quiser. Mas já ajuda ter pensamentos bons. Se não der certo para o mundo, vai, pelo menos, melhorar a sua vida. 

Luciana Penante

15
jul

Mobilidade Urbana

Muito se fala sobre mobilidade urbana, que é uma das soluções para melhorar as condições do trânsito das cidades e integrar maneiras de poluir menos o meio ambiente. Para esclarecer a expressão significa que uma pessoa tem a capacidade de se deslocar no espaço urbano para a realização das atividades cotidianas em tempo ideal, de maneira confortável e segura. Olhando dessa maneira isso é um paradigma na nossa realidade, pois nos grandes centros nenhum dos três requisitos sequer chega perto de acontecer. Então, questiono a falta de políticas públicas que realmente façam algum efeito em nossa rotina – infelizmente não recordo de nenhuma.

De fato, o que acontece na prática está muito longe do discurso afamado que recebemos dos nossos representantes de governo. Até o momento não consigo visualizar nenhum projeto adotado em nosso país que realmente funcione e incentive as pessoas a procurarem transportes alternativos.

Mas quando se trata de mobilidade a primeira solução que me vem à mente é a bicicleta. Considerando que moro em Curitiba e a cidade de modo geral é plana, o recurso mais simples e viável seria investir em projetos que incentivassem o uso desse meio de transporte. Porém, não é o que acontece aqui e no restante do Brasil. Poucas são as cidades que possuem ciclo faixas exclusivas para ciclistas. E nesse caso não estou fazendo referência às cliclovias, pois também temos outro problema: o do ciclista ter que disputar espaço com o pedestre. Desta forma, acaba optando pela rua mesmo.

Então, como estimular alguém a deixar de usar o carro ou ônibus coletivo, desafogando o transporte público e o trânsito? A questão na realidade não é como e sim o que fazer. A primeira opção seria o desenvolvimento de um projeto consistente de mobilidade urbana, readequando o sistema viário e o de transporte urbano. A segunda solução está na criação de ciclo faixas para incentivar os ciclistas de final de semana a também utilizarem a bicicleta durante a semana, afinal são poucos que se arriscam em meio ao trânsito do dia a dia.

Porém, enquanto isso não acontece continuamos a ver as cidades crescendo demasiadamente e, com isso, o número de carros nas ruas aumentando e a quantidade de pessoas dependendo de ônibus coletivo também. Além disso, os níveis de poluição das grandes capitais continuam altos e tendem a aumentar se nada for feito.

Luanda Fernandes