Na época dos nossos avós muitas pessoas costumavam trabalhar a vida toda em uma mesma empresa. Hoje, a dinâmica das organizações exige, mais do que nunca, flexibilidade e capacidade de adaptação. Difícil conhecer alguém que deseje passar a vida toda no mesmo emprego. E, menos ainda, alguém que não tenha enfrentado uma mudança radical nos processos da empresa.
Na área da comunicação, isso não é diferente. O rádio, a televisão, o jornal, o livro e a revista detiveram, por muito tempo, a função de detentores do poder de formadores de opinião. E continuam com força inquestionável desenvolvendo esse papel. Mas já não são os únicos.
Além dessas mídias, ditas tradicionais, o surgimento de novas mídias, nos últimos anos, tem trazido modificações no pensamento e na prática da comunicação em todos os setores da vida cotidiana. O jornalismo on line ganhou espaço e investimentos e sua importância vem conquistando cada vez mais reconhecimento e destaque. As agências de notícias produzem a notícia em tempo real, repassando as informações de imediato ao terminal do usuário. E entram também nesta esfera da mídia digital o recente e debatido Twitter, os blogs, as comunidades virtuais e os portais. Mas o que muda na comunicação com essas novas mídias?
O jornalismo instantâneo exige redobrada atenção dos executivos, pois as informações, dadas geralmente por telefone, vão ao ar de imediato e circulam em meio privilegiado: mercado financeiro, outros veículos de comunicação, órgãos do governo e meio empresarial. Nas agências, o repórter e editor são a mesma pessoa. Recebem a notícia por telefone que, no ato, já é editada e, de imediato, colocada no ar.
A informação navega livremente na Internet. O número de usuários conectados à rede cresce a cada dia e, embora sejam milhões de pessoas, em termos estatísticos esse volume ainda representa uma parcela seleta da população brasileira, o que aponta para um crescimento irrefreável.
Tudo isso é muito importante porque nos mostra que os meios eletrônicos e digitais estão exigindo novas posições dos meios tradicionais. Os conteúdos e papéis dos diversos produtos da mídia estão se transformando e sendo desafiados a descobrir a linguagem adequada para a comunicação na era digital. E nós, usuários destas mídias, a se adaptar com a rotina da mudança.
Karin Villatore