Ontem, dia 8 de março, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, data que sempre rende muitas homenagens e celebrações. Mas, além de oferecer presentes e parabéns a todas as mulheres, muitas pessoas, empresas e instituições também lembram da data como uma forma de conscientizar a sociedade sobre todas as dificuldades sofridas por elas. Machismo, assédio, violência e desigualdade de gênero estão entre os pontos mais discutidos.
Diversas reportagens destacaram que as mulheres que trabalham dedicam mais tempo em relação aos afazeres domésticos (além do tempo dedicado às suas carreiras), ganham menos em relação aos homens em seus trabalhos – segundo a Folha a cada 10% de aumento na diferença de salários o país poderia crescer até 1,5% no PIB -, além de sofrerem com assédio moral e sexual no próprio ambiente de trabalho. Inclusive, uma pesquisa realizada entre as agências de comunicação reforçou que esse cenário é muito mais assustador do que imaginávamos. Confira o estudo aqui.
Há também empresas que realizaram ações muito interessantes, como uma agência que presentou todos os homens e mulheres com um bombom e colocou os homens no lugar das mulheres por um dia. Eles receberam mensagens sexistas pelo whatsapp para que entendessem o que elas passam todos os dias. Outras empresas também reforçaram a importância de denunciar todo tipo de assédio e estão buscando igualar a participação de homens e mulheres nos cargos de chefia, além de promover a equiparação salarial.
Esse cenário também tem provocado manifestações em todo o mundo por parte de mulheres. O Dia Internacional da Mulher vai muito além da comemoração ou de um simples presente, mas serve sim como uma maneira de conscientizar a sociedade. Serve para ensinar que todos devem deixar de lado atitudes e pensamentos preconceituosos e machistas e enxergar que as mulheres podem sim fazer o que elas quiserem e em condições iguais aos homens. Não apenas nesse dia, como durante todo o ano. Basta que as atitudes sejam diferentes.
Renan Araújo