Vale para todo mundo e em qualquer momento: nem tudo o que se pensa é para ser compartilhado. A sentença não é para soar como conselho. Na verdade, deveria fazer parte do senso crítico comum, principalmente para aquelas pessoas que gostam de escrever horrores nas redes sociais. Muitas ainda não sabem lidar com toda a exposição que a internet proporciona. Às vezes, é um comentário ou post inocente, que a pessoa nem esperava ter repercussão, mas de repente toma dimensões incontroláveis. Por isso a máxima da primeira frase vale, e muito. É uma questão de autopreservação.
Vejam o que aconteceu com a professora da PUC-RJ que fez comentários bem maldosos sobre um rapaz que estava no aeroporto. A começar que esse tipo de julgamento não deveria nem passar pela cabeça de uma pessoa, ainda mais de uma professora. Criticar o outro pela maneira como se veste em um aeroporto, há tempo esse tipo de ambiente não é exclusivo de poucos e nunca deveria ter sido. Pensamento um tanto ultrapassado da professora. Parece coisa da classe burguesa do século XVIII.
Não demorou muito e o comentário começou a ser replicado e repudiado por milhares de pessoas. O tal rapaz da foto se manifestou, disse que é advogado e pediu uma retratação. Alguns sites publicaram que ele vai processar a professora pelo ato de preconceito.
Esse não é o primeiro e não será o último caso de exposição nas redes sociais. Algumas pessoas enxergam o Facebook e o Twitter quase que como um diário, no qual podem falar o que bem entendem. Esquecem que aquilo que está na rede é público e perde o controle facilmente. Assim como acontece com as relações pessoais, na rede também é preciso ter bom senso.
Luanda Fernandes