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7
dez

O tempo é uma beira de estrada

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Desde que me entendo por gente tenho uma imagem mental do calendário, da passagem do tempo. Enquanto o ano avança, é como se estivesse subindo uma ladeira suave e sempre em curva para a direita, de modo que quando chego em dezembro estou de novo no começo do mesmo caminho.

Em julho há uma ponte, e ainda que o mês pertença ao segundo semestre pra mim esse período só começa em agosto. Isso já me criou problemas. Nos tempos de editora executiva em redação de jornal – com mais funções de planejamento do que de jornalismo-raiz – quase perdia a hora para as pautas de balanço e de projeções.

Os feriados são portões de jardim, com portinhas arredondadas ornadas de flores. Uma visão romântica que nem combina comigo, mas foi o subconsciente quem criou, então devo ter uma alminha sentimental perdida aqui por dentro.

Os dias de aniversário das pessoas da família ficam nas margens desse caminho, como se fossem  serzinhos felizes, quase emoticons, embora não amarelos, mas azulados, como um céu com nuvens claras.

Se você chegou até aqui e quer me passar o telefone do psiquiatra, espere mais um pouquinho, só para eu terminar de explicar. Essas imagens me acompanham desde sempre, mas só recentemente tive consciência delas. Foi quando percebi que à medida que o tempo passa vão entrando novos elementos nesse mundo vida loka da minha cabeça.

O tempo é uma beira de estrada e, agora, deram de aparecer umas esquinas e uns atalhos que nunca havia “visto”. Em setembro deste ano, por exemplo, houve uma curva acentuada, em 90 graus, e quando vi estava em outubro. Nem vi direito os portõezinhos dos feriados.

Olho para o calendário de papel e ele segue firme, em branco e marrom, sem se abalar com minhas ideias próprias de como se conta o tempo. Acho que é porque ele conta o tempo que passa e eu vou contando o tempo que falta.

Marisa.

27
jul

Gastar com viagens nunca será um desperdício

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Toda vez que você viaja sempre há aquela preocupação com os gastos. Quanto será investido em passagens, acomodação, alimentação, transporte, passeios, presentes, entre muitos outros. E ao final da viagem você para e percebe que o montante gasto foi considerável. Pode até bater aquele pensamento: “eu não deveria ter gasto tudo isso”. Mas a verdade é que vale a pena sim por um simples fator: os ganhos com essa viagem são infinitamente maiores.

Você pode ir para um estado vizinho, para outro país próximo ou mesmo do outro lado do mundo. Mas todo novo lugar vai te proporcionar uma experiência única. Algo que você não esperava encontrar ou que você aprendeu sobre um determinado povo. Conhecemos culturas, costumes, hábitos e maneiras de enxergar o mundo totalmente diferentes. Isso faz com que a sua maneira de enxergar o mundo também seja completamente modificada. Quando você fica aberto a conhecer o novo, de fato os horizontes se ampliam e qualquer pessoa pode ser modificada.

O blog de viagens Esse Mundo É Nosso fez há algum tempo um texto excelente sobre a importância das viagens que você fez. Nele, a lição mais importante que o autor nos dá é que todos os nossos bens materiais podem se perder algum dia, mas o que sempre vai restar são as experiências de vida que você conquistou e que ninguém nunca vai tirá-las de você. E as viagens estão entre as experiências mais enriquecedoras para quem quer que seja.

É claro que existem muitas prioridades e necessidades na vida. Mas com um pouco de planejamento e organização é possível economizar uma quantia e ir para um lugar diferente para viver uma nova experiência. Tenho certeza que o dinheiro não terá sido gasto em vão.

Renan Araújo.

10
nov

Série é coisa séria

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Quem me conhece bem sabe que um assunto predomina nas minhas conversas: séries. Ou seriados. Ou minisséries. Tem diferença, sabia? Para mim, estas produções já deixaram de ser apenas um passatempo, embora elas sejam, essencialmente, um entretenimento maravilhoso.

Não me entenda mal. As séries não viraram algo pesado e chato para mim, mas depois de anos vendo tanta televisão boa – e ruim também – acompanhar este modelo de narrativa virou um hábito. Eu não assisto porque estou entediado ou porque está todo mundo falando de determinada produção, mas porque já incorporei na minha rotina. É um prazer e um trabalho gratificante.

Para quem não sabe, eu assino uma coluna semanal sobre séries no site A Escotilha, cujo objetivo é oferecer uma visão mais crítica de diversas formas de arte. Também colaboro com o site Minha Série.

As séries acabaram sendo a grande revolução artística dos últimos tempos. Pense bem. Falando apenas de Brasil, se antes os seriados ficavam relegados às madrugadas da Globo ou do SBT ou eram apenas um nicho para quem tinha TV a cabo, hoje as produções viraram objetos de estudo, fora a mudança que houve na televisão mundial. É um crime dizer que a televisão, hoje, é sinônimo de burrice. Existem produções por aí tão incríveis que nem o cinema nem a literatura podem contestar (assista Família Soprano, Six Feet Under, Breaking Bad ou The Handmaid’s Tale).

É claro que isso me tornou um pouquinho chato (só um pouco). Tem gente que acha incrível determinadas séries e eu enxergo um monte de detalhes que não me impressionam, mas não é por arrogância. Eu simplesmente já assisti a coisas demais e li livros demais sobre. Houve uma época em que eu assistia 30 séries ao mesmo tempo e tinha toda a programação do que passava nos EUA. E eu assistia tudo sem me perder. Eu disse que era coisa séria.

Então, se eu disser que 13 Reasons Why me deu vergonha alheia, que Friends envelheceu mal e ficou datado, que a Netflix é ótima, mas anda acabando com o formato seriado e que Game of Thrones nem é tão boa assim, mas supervalorizada, não me leve a mal. Não estou ofendendo ninguém. Não me xingue.

Esse texto é só para falar mais um pouco sobre o assunto que eu mais consumo, leio e escrevo. Quem ainda não gosta é porque não descobriu uma série para chamar de sua. Se quiser algumas dicas, é só falar comigo.

Beijos

Rodrigo, o louco das séries

18
set

Fim de namoro

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Durou pouco. Foto: Divulgação.

Que namoro bem curto esse da Uber com os usuários, hein? Alguém guardou os bilhetinhos apaixonados, as rosas entre folhas de um livro, o papel do Sonho de Valsa? Nem deu tempo de a gente se sentir amada e paparicada. As balas, copos de água e revistas desapareceram dos carros com a velocidade de um namorico que se desfaz. A boa educação, então, nem se fala…

Não era amor verdadeiro, creio eu. Desses de palpitar o coração na garganta e correr um arrepio pelas costas. Ok, nem era pra ser assim, tão intenso e adolescente. Mas parecia que ia durar mais do que um carnaval, né não?

E agora cá estamos. Sem nenhuma garantia de que o carro que vai chegar será pelo menos limpinho e cheiroso. Ou inodoro, já tava bom. Outro dia, Rodrigo (de Lorenzi, meu estimado colega de Talk) e eu embarcamos em um que parecia ter transportado três cachorros molhados dentro de uma caixa de gorgonzola.

Nem vamos falar de motoristas inconvenientes e, pior ainda, abusadores. Esses são raridade, ainda bem.

Não usei ainda a Cabify e o 99 Pop. E faz tempo que não ando de táxi. Por isso, e contra as boas regras do jornalismo, que mandam ouvir todo mundo antes de sair atirando, posso estar sendo injusta. Talvez não seja a Uber monopolista do mau serviço. Pode ser que estejam todos – aplicativos e táxis – em igual situação de desprezo ao cliente. Ou eu dei um bruta azar nas últimas dez viagens.

Ainda bem que ajeitei minha vida para morar e trabalhar a uma distância que pode ser cumprida a pé. E só preciso do transporte de vez em quando. Mas estou disponível para apoiar algum protesto de usuários hard. Só chamar, galera!

Beijos

22
jun

Inspiração

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As pessoas pensam que o simples fato de ser um jornalista é um passe livre de capacidade infinita para a escrita. Escrever não é assim tão simples não. Quer dizer, na maioria das vezes até pode ser. Eu, por exemplo, estou buscando ajuda no Olimpo da inspiração nesse exato momento. O cursor teima em ficar piscando na tela em branco e o bloqueio criativo só cresce. Parece até o trânsito congestionado no fim da tarde. Não há para onde fugir. Quase choro.

Por sinal, mó sacanagem do “bródi” Gates quando criou o Word. Ele deve ter pensado: vou criar um software que azucrine as pessoas quando estas estiverem sem ideias. Amigo, nada mais aterrorizante que abrir o Word e ficar ali, olhando aquela tela branca e o risquinho piscando. Um minuto parece uma hora. E abrimos o Word dezenas de vezes a cada novo dia.

Nessas horas dá vontade de ter um botão vermelho para apertar e pedir socorro para alguém. Manja aqueles que podemos ver em filmes? Poderia ser também uma linha direta com o Batman. Se ele salva Gotham City todos os dias, deve conseguir salvar um pobre aprendiz de escritor com o seu bloqueio criativo. A ajuda nem exigirá tanto. As ideias estão ali borbulhando. Só que, às vezes, acho que preciso de alguém corajoso o suficiente para enfrentar a temida tela branca.

Quem nunca?

Mas estou aprendendo e evoluindo. Converso com o computador, coloco uns fones gigantes para ouvir música e cantarolo, levanto para buscar uma água e jogar conversa fora por alguns minutos, olho pela janela para admirar os prédios ao redor e a vida alheia e vou brincar de organizar dados no Excel. Pois é. Parece que um dos remédios disponíveis foi pensado pelo mesmo gênio que criou o Word. Tenho certeza que o aplicativo de planilhas surgiu em um dia onde a tela branca o julgava com o cursor piscando terminantemente. Só pode.

E hoje deu certo. Depois da suposta falta de inspiração, brotaram, sem esforço, 356 palavras em 33 linhas e distribuídas ao som de mais de dois mil caracteres.

Ufa! Mais um dia salvo na Capibara City.

Beijo

Wellington

18
mai

Trintão de 80

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Ôôôôôôô

O buyling voltoooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu

Ôôôôôôô

O buyling voltooooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu, o buyling voltooooouuuuuu

Ôôôôôôô

Pois é, o bullying dos tão queridos – talvez eu deva reavaliar a definição de queridos – colegas de trabalhou ressurge das cinzas. A mais nova teoria é a minha verdadeira idade. O veredito é que sou um trintão – quero deixar claro que tenho apenas 33 anos – com a mentalidade de um ancião na casa dos 80 anos.

Gente, preciso dizer que não é bem assim. A única relação que tenho com a dezena 80 é o ano de nascimento – longínquos 1984.

Tudo começou quando comentei o amor que os jovens estudantes devem ter pela minha rica pessoa no condomínio onde moro. O por quê? Apenas, veja bem, apenas, por causa de uma ideia que foi acatada em reunião de condôminos para limitar as pessoas nas áreas comuns, lista de convidados para churrascos, aniversários e outras festas e horário de uso. Ok que a sugestão foi minha. Mas alguém precisava acabar com a party mucho louca que rolava nas tardes e noites de sábado.

Outra proposta que devo levar na reunião de outubro – alvo de forte oposição e críticas dos work friends – é a proibição do Airbnb onde moro. Pensem comigo e vejam se não estou certo: são aproximadamente 250 apartamentos e mil pessoas morando e dividindo os mesmos espaços comuns. Imagine se 30% dos proprietários adotarem a pratica… será um turnover enlouquecedor para quem – na maioria das vezes – optou por morar em um apartamento pela segurança.

Antes que digam, amo a nova economia, criativa ou colaborativa, como preferirem chamar. Sou um apaixonado por viajar e tenho um lado crazy quando o assunto é leitura sobre finanças pessoais, investimentos e orçamento familiar. Faço tudo que posso pela internet. Até a minha conta no banco é digital. Tenho orgulho cada vez que vejo um novo negócio voando alto.

Enfim, duas ideias não podem me definir como um ancião com o corpinho de 30. Até o meu amor por uma caneta BIC que sempre carrego com o caderno de anotações virou motivo para as teorias da minha idade real.

Gente, era uma BIC!

Assunto para o próximo post…

Beijo

Wellington

27
abr

O.J. Simpson e eu

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Eu já havia ficado obcecado com a série American Crime Story: The People vs. O.J. Simpson. Para quem não conhece (por favor!), o seriado conta a história de um dos julgamentos mais famosos do mundo. O jogador de futebol O.J. Simpson (uma espécie de Pelé dos EUA) foi acusado – e posteriormente inocentado – do assassinato da ex-mulher, Nicole Brown Simpson, e do garçom Ronald Goldman, em junho de 1994. Eu vi a série em poucos dias, indiquei para todo mundo e quase aplaudi de pé quando acabou (talvez tenha aplaudido, vocês nunca saberão).

Mas eu queria mais. Eu comprei o livro em que a série foi baseada. E agora eu sou um especialista no caso. Eu conheço Los Angeles como a palma da minha mão. Sei o nome de ruas. Sei um pouco sobre a legislação norte-americana. Sei sobre a cobertura midiática da época. Sei como estão todos os envolvidos no caso atualmente. Fui atrás das provas, dos depoimentos, das notícias.

Eu também fui ver o documentário ganhador do Oscar deste ano, O.J.: Made in America, que conta com ainda mais detalhes o que ocorreu. Vi os vídeos originais. Fiquei novamente revoltado. Entendi todo o contexto da época e por que transformaram a causa em uma questão racial. Me senti a própria promotoria. A história é tão surreal que é impossível desgrudar os olhos de tudo o que acontece.

Fiquei tão obcecado que eu indiquei a série para a Stphnny, minha colega aqui da Talk. Ela chegou dizendo que não conseguiu dormir até terminar. E agora pediu o livro emprestado. Eu emprestei. Sinto que estou criando moda ou um monstro.

Atualmente, o ex-jogador está preso por assalto a mão armada e sequestro. Acho que eu preciso dar um tempo na história do O.J. Entretanto, vocês sabem que ele sai da prisão esse ano, né? Ai, meu Deus.

Beijo

Rodrigo

20
abr

O maníaco das finanças

Tio-Patinhas

Sou um cara preocupado com dinheiro. Admito. Talvez por ter passado por algumas dificuldades financeiras ou por numa ter dinheiro sobrando eu levo a coisa ainda mais a sério.

Até pouco tempo eu pensava que não era algo que eu deveria me preocupar. Afinal, faço coisas bem simples e normais. Tento forçar as compras para o pagamento no débito – crédito apenas para parcelar algo que seja o mesmo valor à vista – e anoto todos os gastos diariamente. Abro o app da conta todos os dias para saber se está tudo em ordem, sigo portais sobre investimentos e leio notícias sobre o assunto todos os dias, aplico o pouco que consigo reservar assim que o salário entra na conta – quase que com a voracidade do leão retido na fonte – e atualizo ao final do mês uma planilha no Excel com gráficos de receitas, despesas e previsão para o ano.

Sou daqueles que se metem nas conversas alheias sobre finanças e investimentos, prontofalei.

Então, tudo normal, não é mesmo?

Também acho. Todos fazem isso e até mais. Não?

Comecei a me dar conta com duas frases que abalaram a minha fortaleza. “Wellington, você sempre foi assim rígido com dinheiro?” e “O Wellington não conta pois é mão de vaca”. Logo eu, aprendiz de Gustavo Cerbasi.

Admito, fiquei bem abalado. Vou ali ler um artigo sobre tesouro direito para acalmar o coração. O maníaco das finanças.

Beijo

Wellington

2
mar

10 anos de Talk

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A Talk Assessoria de Comunicação está aniversariando no dia 5 de março. São 10 anos de atuação e mais de 80 empresas atendidas. O sucesso dessa trajetória está diretamente ligado aos princípios que norteiam os valores da empresa desde o início. Ética, profissionalismo, criatividade, estratégia, organização e atendimento personalizado são alguns deles.

Nesses 10 anos, a Talk conquistou o mercado. Mais do que isso, conquistou e encantou clientes. Ganhou a confiança da imprensa. Gerou conteúdo relevante para muitas empresas. Foi notícia.

Nossa missão é continuar esse trabalho que foi iniciado pela jornalista Karin Villatore. E é com muito carinho e profissionalismo que estamos trabalhando para que os próximos 10 anos sejam igualmente incríveis.

Beijos,

Aline Cambuy e Marisa Valério

23
fev

Recomeçar é viver

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Acredito que uma das nossas missões nesta vida seja apreender a recomeçar. Eu amo aprender e ter a oportunidade de reaprender me encanta. Vejo como a oportunidade de nos reinventarmos. O exercício de nos conhecermos e nos reconhecermos.

Recomeçar nem sempre é fácil. Às vezes precisamos sair da nossa zona de conforto e procurar novos ares. Mudar de cidade, estado ou país. Em alguns momentos a continuidade da nossa estrada está centenas ou milhares de quilômetros distantes do ponto atual.

O recomeço pode ser encontrar novos significados para ideias e pensamentos. Repensar um momento da vida. Ou vários momentos. Rebobinar a fita para reconhecer novos caminhos. Avançar o filme para iniciar o novo e o desconhecido.

Faço questão de falar para o mundo que a minha felicidade hoje passa exatamente por dar adeus aos velhos hábitos e ideias. Deixar o novo entrar. Abraçar o desconhecido. Reconhecer as limitações.

Mas e você, que tal aproveitar o agora para dar adeus às velhas amarras e ideias que lhe prendem ou, pelo menos, tornam a caminhada muito mais pesada e cansativa? Amar sem julgar. Ouvir sem falar. Ser humano e se entregar. Viver sem pré-conceitos ou preconceitos. Faça isso. O mundo fica mais delicioso assim, confie em mim.

Wellington Johann