15
jun

Inferno e telefonia, tudo a ver

SAC-telefone

Dizem por aí que mudar é sempre bom e a gente se esforça para enxergar assim mesmo as mudanças indesejadas. Quando a mudança é planejada, a expectativa sobre as alegrias que virão supera o cansaço e a correria. E aqui acaba minha vã e barata filosofia, atingida no estômago por aquilo que se convencionou chamar de “operadoras de telefonia”.

Telefonia – e outros serviços por assinatura, como tv, internet e até, descobrimos agora, água filtrada – é a porta de entrada do inferno.

Ao pedir a mudança de endereço das linhas da Talk para o novo escritório, no dia 28 de maio, nos enfiamos até os joelhos no tapete de lama com que a Oi recebe seus clientes.

Ganhamos o pacote vip, topzera, superultra, macanudo, que inclui:

– ficar sem telefone e sem ligações de clientes e potenciais clientes;

– colecionar protocolos que desaparecem do “sistema” sem mais delongas;

– ser solenemente desprezados pelo “sistema”;

– conhecer sotaques de norte a sul de dezenas de teleatendentes;

– aprender a dedurar a operadora na Anatel;

– receber diferentes instaladores que não sabem nos dar resposta;

– conhecer um instalador, o José, que genuinamente se interessa pelo nosso drama e só não consegue nos ajudar porque o “sistema” não deixa;

– desenvolver o nível Jó Blaster de paciência e resignação.

Posso ficar aqui por várias horas descrevendo o cenário de trevas, enxofre e chamas do inferno telefônico. Mas acho que todo mundo, em algum momento, já espiou por essa janela.

Por isso, aproveito esse momento de ampla solidariedade que se instala no coração de cada leitor para pedir que liguem nos nossos celulares, enquanto tentamos resgatar o 3018-5828 e suas linhas companheiras dos braços do “demôniOI”.

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