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11
out

O Trabalho de um Assessor de Imprensa

Infelizmente, algumas pessoas simplesmente não conseguem entender o propósito ou o trabalho de uma Assessoria de Imprensa. Lendo sobre esta área de trabalho importante da comunicação, percebi que alguns autores defendem que a ascensão das Assessorias de Imprensa está relacionada com o fato de elas influenciarem a agenda dos meios de comunicação e a dependência, pelas redações, das informações fornecidas por essa rede de divulgação jornalística.

O próprio manual de Assessoria de Imprensa adotado pela Federação Nacional de Jornalistas profissionais mostra a importância desta profissão para atingir uma melhor comunicação com o público–alvo. Neste manual os profissionais de AI contribuem para o aperfeiçoamento da comunicação entre instituição e a opinião pública. E, bem resumidamente, é isso mesmo. Fora que atualmente temos que monitorar a imagem do cliente nas mídias sociais, dar um treinamento de como melhorar a comunicação entre empresa e comunidade, além de estar sempre alerta para tudo o que envolve o cliente.

A atividade de Assessoria de Imprensa é vista como a ponte entre as informações corporativas (sejam elas de empresas, entidades ou até mesmo pessoas) e a mídia. Devido uma crescente preocupação em se aproximar do público-alvo, esta atividade vem sido cada vez mais procurada para se atingir este fim. Não é um trabalho fácil como muitos pensam. Longe disso. Mas é maravilhoso ser a ponte de informações.

 Thalita Guimarães

25
mai

O melhor media training do mundo

Não é brincadeira o quanto a gente se empenha pra ensinar os porta-vozes sobre como se relacionar com os jornalistas. Faz manual com dicas práticas, dá curso de media training, sua no bigode pra formatar o Q&A e, mesmo assim, volta e meia aparece alguém perguntando se tem que olhar pra câmera ou pro repórter.

Quase uma década atrás comecei a atender uma empresa bem antigona e famosa da área de saúde que nunca tinha tido assessoria de imprensa. E mais, eles praticamente nunca tinham dado entrevista. Os representantes escolhidos pra enfrentar as feras da redação foram dois senhorzinhos respeitadíssimos na área médica. E a primeira pauta era pro caderno de economia, pra falar sobre o crescimento da empresa e coisa e tal.

Sim, fiz os dois velhinhos fofos treinarem e retreinarem os números que eles teriam que falar. Escrevi um texto-base pra editora do jornal, que escolheu pra entrevista uma das mais renomadas jornalistas de finanças daquele veículo. A entrevista foi feita pessoalmente, numa salinha minúscula da redação. Quando chegamos os meus queridos porta-vozes foram logo anunciando pra entrevistadora: Trouxemos uma “colinha” aqui com os números todos pra gente não se perder, sabe? A colinha era um papel pequeno, que eles consultavam a cada nova pergunta que ela fazia. Quanto vocês lucraram no ano passado? E a previsão pra este ano? E quanto investiram? E quantos funcionários? E quanto isso? E quanto aquilo? E o papel da cola ficando cada vez mais amassado de tanta consulta. Até que ela falou: Pra mim, tá bom. Querem falar mais alguma coisa?

Um deles disse, assim meio acanhado, que aquela coisa de números era ótima, que dinheiro é sempre bom. Mas que o que vale mesmo é salvar vidas. Saber que, por meio do trabalho que eles fazem, conseguem fazer com que uma criança sobreviva. Um complementava a fala do outro. Deram vários exemplos médicos. Um exemplo mais lindo que o outro. A jornalista ficou absolutamente encantada. Perguntou bem baixinho pra mim se eu já tinha dado aquele texto-base pra mais algum jornalista. E foi aquela espécie de release que ela publicou quase na íntegra, coisa que ela jamais fazia. E eles, já na rua fora da redação, com a mais sincera das humildades, perguntaram pra mim: E aí, você acha que falamos direitinho? Não disse, mas eu deveria ter dito: Vocês acabaram de me dar o melhor media training do mundo.

Karin Villatore