Arquivo mensais:junho 2015

25
jun

Ops, casei!

Quando a cantora Pitty casou com o marido dela, o baterista Daniel Weskler, ninguém soube. Até que ela simplesmente postou a frase “Ops, casei” no twitter. Uma festa para poucos convidados, um recadinho singelo nas redes sociais. Fiquei com isso na cabeça. Não precisa ser mais complicado que isso, pensei. Anos depois, foi a minha vez. E foi como um “ops”, mesmo. Estávamos morando juntos e achamos que já era hora de ir ao cartório e oficializar a relação. Lá fomos nós, entregamos nossos documentos ao escrivão, assinamos uns papeis e então, lá estava escrito: somos um casal de verdade, com deveres morais e para com a sociedade. Me senti até importante.

bouquet

Saímos do cartório, fomos a uma padaria, tomamos um café colonial e então caiu a ficha: nossa, casamos! Só nós dois. Então fiz questão de colocar no Facebook a tal frase: “Ops, casei”. As reações foram as mais diversas: gente que acha que é brincadeira, gente que dá parabéns, gente que fica sentida por não ter sido convidada… mas calma, ninguém foi. Nem as nossas mães. Por que? Simplesmente porque foi algo corriqueiro para nós, natural e já morávamos juntos. Não que eu não quisesse uma festança, mas acho que é muito dinheiro para uma noite só. Dinheiro que estamos guardando, aos pouquinhos, para usar em uma viagem de Kombi pela América Latina.

Hoje, tenho um blog justamente com esse nome, para o qual adoro escrever nas horas vagas. Está sendo uma terapia e tanto. Posso desabafar, contar experiências, dar receitas e dicas que a gente só aprende depois de casada. Quer dar uma olhada? Só entrar no opscasei.com.br. A casa é de vocês, sejam bem-vindos.

Luciana Penante

18
jun

Verdades Secretas

Acompanhei alguns capítulos da novela das 23h da Globo, Verdades Secretas, que anda causando polêmica no mundo da moda. A trama aborda o tal “book rosa”, que seria um catálogo da agência de modelos com tops que também são garotas de programa. A novela retrata ainda profissionais da moda drogados e homossexuais.

desfile

Confesso que fiquei com muita preguiça de continuar assistindo. Não sou ingênua de acreditar que não exista prostituição e drogas no mundo da moda, assim como em tantos outros. Mas mesmo assim não gostei de como o folhetim retrata isso, estereotipando a categoria.

Como jornalista já estive em muitas semanas de moda. Trabalhei na cobertura de algumas delas, conheci modelos, agentes, estilistas, e diversos outros profissionais do meio. Estive inúmeras vezes nos backstages e pude perceber o quanto todos trabalham para fazer um desfile que dura em média 15 minutos. São horas de produção, maquiagem, provas de roupas, treinos, isso sem contar os cuidados com alimentação e o corpo. A maioria é formada por meninas e meninos muito jovens, que sonham com uma carreira promissora e visibilidade internacional.

Conheci exemplos bem sucedidos, que conquistaram seu lugar ao sol no mundo da moda por meio de muita dedicação. Por isso, acho a trama da Globo ofensiva. E, como a mídia, especialmente a Rede Globo, tem o poder de formar opiniões, logo vamos ver as mães de jovens modelos desesperadas e inseguras com o tão sonhado universo das passarelas. Espero que agências sérias consigam provar o contrário.

11
jun

A calça

Recebi antes de viajar pra este último feriadão do meu querido amigo Luan Valloto uma mensagem com a foto deste post e o recadinho: Hoje fui na crocheteira. O crochê já está sendo feito.

E assim tem sido. Cocriação sustentável ou algum outro termo que alguém queira usar. O Luan é o todo. Ele descobre desenhos, seda de casulo refutado, artesãs que não sabiam que tinham esta profissão, cores que saem do espinafre, tingimento na grande panela da Loja do Pedro.

A calça

Eu sou a parte. Planta preferida? Trepadeira! (esta rendeu meia hora de papo ao telefone sobre as folhas que crescem sobre o concreto; papo viagem-lindo-zen) Justa ou larga? Saruel! Cru ou colorida? Espinafre! Com cintura ou confortável? Cordão!

A calça está quase pronta. O trabalho de conclusão do curso da especialização do Luan, também. Se for metade de legal quanto o durante, já vou achar incrível esta fase final do processo, que será a de usar – ou melhor, desfilar.

Beijos,

Karin Villatore