Arquivo mensais:maio 2012

29
mai

Greve dos jornalistas na Grécia

A Grécia passou por um blecaute de informação nesta segunda-feira (28/05), após uma greve de jornalista no país. A paralisação atingiu, além dos profissionais de imprensa, os setores administrativos e técnicos da comunicação. O país, que atualmente passa por uma grande crise, já teve paralisações em vários setores e agora foi a vez dos profissionais de imprensas reivindicarem melhores salários.

Acho muito justo que a classe faça exigências, ainda mais nas condições em que está a Grécia. Sempre comentamos aqui na Talk e entre colegas da área como aqui no Brasil a nossa categoria é pouca reivindicadora com relação às questões trabalhistas, apesar de os profissionais serem bem engajados e terem um grande poder na mão: o da comunicação. Porém, no que diz respeito a nós mesmo, deixamos as coisas como estão, talvez por comodismo ou pelo fato de ser mais fácil deixar para lá.

Mas voltando ao assunto da Grécia, ontem, escutando um comentário do apresentador Ricardo Boechat, na rádio Band News, achei interessante o ponto de vista dele. O apresentador dizia que, apesar de a causa ser nobre, não conseguia perceber até que ponto uma reivindicação de jornalistas pode afetar a rotina da população, ao passo de ter o apoio da massa. Infelizmente é uma verdade o que ele disse. As pessoas podem até se incomodar com a falta de informação atualizada, porém, não afeta a rotina da sociedade da mesma forma que uma greve de ônibus, por exemplo.

Então, acho que esse não é o caminho ideal para o profissional de comunicação, independentemente da área de atuação, seguir e lutar pelos seus direitos. Talvez devêssemos começar a participar mais das reivindicações sindicais e fazer com que o tema seja mais discutido, Afinal, o setor de comunicação é um dos que mais lucra anualmente.

Luanda Fernandes

25
mai

O melhor media training do mundo

Não é brincadeira o quanto a gente se empenha pra ensinar os porta-vozes sobre como se relacionar com os jornalistas. Faz manual com dicas práticas, dá curso de media training, sua no bigode pra formatar o Q&A e, mesmo assim, volta e meia aparece alguém perguntando se tem que olhar pra câmera ou pro repórter.

Quase uma década atrás comecei a atender uma empresa bem antigona e famosa da área de saúde que nunca tinha tido assessoria de imprensa. E mais, eles praticamente nunca tinham dado entrevista. Os representantes escolhidos pra enfrentar as feras da redação foram dois senhorzinhos respeitadíssimos na área médica. E a primeira pauta era pro caderno de economia, pra falar sobre o crescimento da empresa e coisa e tal.

Sim, fiz os dois velhinhos fofos treinarem e retreinarem os números que eles teriam que falar. Escrevi um texto-base pra editora do jornal, que escolheu pra entrevista uma das mais renomadas jornalistas de finanças daquele veículo. A entrevista foi feita pessoalmente, numa salinha minúscula da redação. Quando chegamos os meus queridos porta-vozes foram logo anunciando pra entrevistadora: Trouxemos uma “colinha” aqui com os números todos pra gente não se perder, sabe? A colinha era um papel pequeno, que eles consultavam a cada nova pergunta que ela fazia. Quanto vocês lucraram no ano passado? E a previsão pra este ano? E quanto investiram? E quantos funcionários? E quanto isso? E quanto aquilo? E o papel da cola ficando cada vez mais amassado de tanta consulta. Até que ela falou: Pra mim, tá bom. Querem falar mais alguma coisa?

Um deles disse, assim meio acanhado, que aquela coisa de números era ótima, que dinheiro é sempre bom. Mas que o que vale mesmo é salvar vidas. Saber que, por meio do trabalho que eles fazem, conseguem fazer com que uma criança sobreviva. Um complementava a fala do outro. Deram vários exemplos médicos. Um exemplo mais lindo que o outro. A jornalista ficou absolutamente encantada. Perguntou bem baixinho pra mim se eu já tinha dado aquele texto-base pra mais algum jornalista. E foi aquela espécie de release que ela publicou quase na íntegra, coisa que ela jamais fazia. E eles, já na rua fora da redação, com a mais sincera das humildades, perguntaram pra mim: E aí, você acha que falamos direitinho? Não disse, mas eu deveria ter dito: Vocês acabaram de me dar o melhor media training do mundo.

Karin Villatore

21
mai

Eu sou feliz

Hoje resolvi escrever um texto mais pessoal. Talvez porque vi um filme neste domingo bem despretensioso, mas que me tocou de uma maneira muito comovente. O filme em questão é o “Compramos um Zoológico” (We Bought a Zoo). Surpreendi-me com a delicadeza da história, que narra a vida real de um pai de família aventureiro que, ao perder a esposa, resolve comprar um zoológico para ajudar os seus filhos a serem felizes novamente.

Claro que a situação é difícil, vários problemas se apresentam ao longo da história mas, no fim, de uma forma comovente, o filme mostra que o que de verdade importa na vida é fazer aquilo que deixa feliz, mesmo quando todo mundo diz que o caminho é errado. Por fim, a família vive no zoológico até hoje e está satisfeita com a escolha feita. Este filme também me fez lembrar de um livro que acabei de ler chamado “Antes que eu vá”. A narrativa mostra uma menina que sabe que vai morrer e tenta reviver os últimos minutos de uma forma mais preocupada em como as próprias atitudes afetam as pessoas. A frase mais linda do livro e que me fez lembrar dele durante o filme é: “algumas coisas se tornam lindas quando você realmente olha”.

Tá, tudo bem que estou de TPM, mas daí chorei no fim do filme e fiquei pensando na frase, na mensagem do filme, na minha vida. Parece piegas, mas eu sou feliz. Sabe aquelas pessoas bregas que no facebook só postam fotos delas felizes, estão sempre sorrindo e compartilhando sua alegria? Esta pessoa sou eu. Se algumas coisas se tornam lindas ao realmente olhar para elas, ontem repassei parte da minha vida (a atual, basicamente) e vi como sou abençoada.

Tenho um maridão que cuida de mim, tem toda a paciência comigo (principalmente quando estou de TPM) e é um supercompanheiro de todos os momentos. Tenho uma família maravilhosa (a minha e a dele), que me dá uma satisfação enorme por fazer parte dela. Tenho amigos que são família, onde cada uma com sua personalidade única contribui de uma forma inexplicável para a felicidade em minha vida. Tenho um trabalho, chefe e colegas de trabalho que poucos têm, uma vez que também encontro a felicidade aqui e sei que nem todos possuem esta alegria no trabalho.

Enfim, é brega, mas eu sou feliz!

Thalita Guimarães

15
mai

A internet já é o meio de comunicação mais consumido

Na semana passada a IAB Brasil (Associação de Mídia Interativa) divulgou uma pesquisa que analisou o comportamento do brasileiro em relação aos meios de comunicação e o envolvimento com as variadas plataformas de tecnologia. De acordo com a pesquisa, a internet já é o meio de comunicação mais importante como fonte de informação, batendo o rádio, a TV e o jornal impresso.

Segundo a análise a internet foi a atividade apontada como principal em todas as faixas etárias, de renda, gênero e região. Isso demonstra a importância que a web passou a ter na rotina do cidadão e, principalmente, na dos comunicadores que já começam a avaliar essa expansão. Além disso, com a ampliação da banda larga e com as venda de smartphones, a tendência é que o acesso seja ainda maior.

 

No estudo ficou comprovado que a internet é a mídia mais consumida em casa, no trabalho, na escola e em locais públicos como restaurantes e shoppings. Um em cada três brasileiros utiliza pelo menos duas horas de internet por dia e dentre esses apenas 25% gastam o mesmo tempo assistindo à televisão, por exemplo. Em casa a internet é a mídia mais utilizada em todos os períodos do dia.

De acordo com o estudo 66% dos consumidores acessam a rede por mais de dois aparelhos diferentes. Isso demonstra também outra tendência: a facilidade de acesso à rede. Muito por conta do lançamento de diversos tipos de dispositivos móveis no mercado.

Plataformas de acesso:

Desktop 77%

Notebook/Laptop 59%

Smartphone 40%

Tablets 16%

iPad 15%

Console de game 12%

iPod 10%

 

Outros dados:

62% acessam via dois ou mais canais

23% acessam por quatro ou mais canais

61% dos brasileiros usam o computador enquanto veem TV

92% prestam igual ou mais atenção na internet

 

Luanda Fernandes

11
mai

Desabafo de uma fumante

Já dizia o Mário Quintana que o cigarro é uma maneira sutil e disfarçada de suspirar. Mas desde que foi criada a tal lei antifumo minhas baforadas têm criado reações nada sutis ou disfarçadas.

Tenho poucas ressalvas contra a legislação em si. Concordo que era pra lá de desagradável até pra mim, fumante inveterada, comer ao lado de um fedido cinzeiro cheio, viajar na ala dos pitadores (sim, houve uma época ainda na minha vida em que pude fumar durante voos e viagens de ônibus), chegar de um bar com perfume de chaminé. Mas não concordo com a proibição do fumo em locais parcialmente fechados (tipo a frente de um bar com um telhadinho pra chuva) ou, agora em algumas cidades, em praças públicas. Se o espaço é aberto e o ar é ventilado, deixem de frescura e de exagero.

Mas o problema maior não está aí. Está no impacto que a lei criou na população em geral. Hoje eu me sinto mais perseguida e discriminada que marginal, pedófilo, corrupto. Ai de mim se ousar acender meu cigarrinho em uma rua movimentada (rua; aberta; ar circulando; sem, por enquanto, restrições da lei). Não dá um segundo e vem uma enxurrada de tosse forçada de gente com cara feia. Até o vizinho do carro ao lado me olha com reprovação quando fumo no meu próprio automóvel.

A impressão que tenho é que a reação à lei antifumo é proporcional à ignorância da pessoa. Mais ou menos nos moldes do que aconteceu com o surgimento do código de defesa do consumidor, quando um monte de cliente apareceu nas lojas reivindicando coisas absurdas e até xingando os vendedores porque descobriu que tinha “direitos”.

Ai, que saudade do tempo do Quintana. #prontofalei

Karin Villatore

8
mai

Agradecimento: hoje a Talk ficou rosa

Nesta última quinta-feira (03/05) tive uma surpresa maravilhosa da Talk Assessoria de Comunicação. Quando cheguei para trabalhar fui recebida com uma verdadeira festa, com direito a balões, confetes, palmas e gritos, além de amigos queridos presentes e comes e bebes. Não posso deixar de mencionar que tudo, absolutamente tudo estava rosa. Desde as bexigas, os pratinhos e copinhos, o nosso blog, facebook e twitter.

Sem palavras para expressar meus agradecimentos. É ótimo ser reconhecida e receber esta homenagem carinhosa de todos. Afinal, não é todo mundo que fica tanto tempo em uma empresa, ou recebe uma homenagem superarquitetada pelos amigos, familiares, chefes ou é tão querido que a estagiária vem trabalhar o dia todo apenas para não perder a comemoração. Sim, fiquei e ainda estou emocionada.

Acho que o primeiro passo para conquistar algo assim é gostar do que faz, e isso eu amo. O segundo é respeitar o ambiente de trabalho e gostar dele como um todo. Já o terceiro é se dedicar ao máximo para alcançar bons resultados, além de estar disposto a ajudar em qualquer situação. Claro que, como em todo lugar, temos dias bons e ruins mas, no geral, nos divertimos tanto fazendo o nosso trabalho que estar aqui na Talk é um privilégio.

Conheci grandes amigos aqui que se tornaram muito mais do que colegas (mesmo que alguns eu nem veja com a frequência que queria), aprendi tanta coisa que nem sei como seria hoje sem ter passado por aqui e ensinei aquilo que eu sabia para as novas pessoas que iam chegando com muito prazer. Muitas vezes leio matérias que dizem que hoje é difícil uma pessoa se manter muito tempo no mesmo trabalho. Refletindo sobre isso hoje, dia 8 de maio, dia que oficialmente completo 5 anos de Talk, posso dizer com orgulho que, então, sou uma exceção à regra. E não é que é bom ser diferente dos outros?

Não trabalhei aqui este tempo todo porque sou acomodada (até porque estou sempre trazendo novas ideias e discutindo ações que possam ajudar a empresa a crescer cada vez mais) ou porque não consigo outro emprego, porque já me surgiram várias outras oportunidades. Fico aqui porque gosto, porque acho divertido ter o mesmo número de aniversários do que a própria empresa, porque me sinto feliz quando venho trabalhar. Apesar de alguns perrengues (gente, são quatro mulheres trabalhando todo dia juntas; imagine uma TPM coletiva!) me orgulho daqui. E é por isso que hoje, além de ganhar parabéns, agradeço também por tudo que aprendi com todos que já passaram e estão por aqui.

Thalita Guimarães

4
mai

Férias

Maio está sendo um mês agitado aqui na Talk, a começar pelos preparativos da festa de 5 anos da Thalita e pela festa em si. Mas, no meu caso, o mês também está sendo especial e cheio de atividades, pois completo um ano com essa equipe maravilhosa e que me acolheu de braços abertos.

Além disso, na próxima semana vou tirar férias e esses dias estão sendo uma correria só e, copiando a Thalita em um post antigo, como estou aflita e ansiosa para pegar férias. Primeiro porque acho que deve ser natural ficar pensando se tudo vai dar certo quando estiver fora, se não esqueci de nada importante e também um pouco de receio de voltar e sair do ritmo. Por outro lado, o descanso será bem-vindo e espero voltar com todo pique e com a mente tranquila para não passar pela síndrome pós-férias.

Essa semana, de certa forma, foi tudo meio estranho. O tempo passou rápido e parece quem nem percebi. Então, hoje parei para pensar como tudo passou tão rápido. Já estou completando um ano na Talk, 2012 já está pela metade e, enfim, nós continuamos envelhecendo.

Porém, apesar de tudo isso, estou satisfeita e saio com aquela sensação de dever cumprido. Espero que o trabalho por aqui seja bom e que na próxima semana o tempo melhore para eu aproveitar um pouco, nem que seja para tomar sol em casa!

Luanda Fernandes