Alguns amigos comentaram seu mal-estar diante da exposição física dos atletas paralímpicos, meninos e meninas, homens e mulheres marcados pela ausência de membros, por deformidades variadas, pela dificuldade de se locomover e até de falar.
E diante desses comentários, fiquei surpresa com minha própria reação. O que mais me chocou não foram as cruezas da deficiência física ou mental mais radical.
Ao contrário. Meu maior estranhamento apareceu diante de atletas que aparentavam não ter deficiência alguma.
E por uma razão: a coragem que eles demonstram de assumir em escala global circunstâncias limitadoras pessoais que poderiam ficar circunscritas à família e ao círculo de amigos mais próximo.
Isso também é destemor e me ensina tanto quanto o espírito guerreiro dos que se movem apesar das mutilações.
Marisa