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out

Ser criança

criançasChegamos ao Dia das Crianças. Essas datas são diferentes hoje! Na minha época, não lembro exatamente o que a gente fazia, acho que todos os primos se reuniam para aprontar algumas. Nossas brincadeiras favoritas eram jogar Stop (para quem não sabe, era uma brincadeira com bola e cada um gritava o nome de uma fruta), Bets e Caçador, andar de bicicleta e de roller, além de subir na árvore do vizinho, coisa de que ele sempre reclamava. Mas o maior desafio era pular valetas que, sim, naquela época existiam, e muitas, e sempre tinha um desafortunado que não conseguia pular e acabava dentro da valeta – a farra acabava naquele instante.

Claro, os tempos mudaram e hoje as crianças preferem outras atividades, estão muito mais interessadas em apetrechos eletrônicos. Além disso, o apelo comercial é muito mais forte do que quando eu era criança, e os pais têm que “se virar nos trinta” com a quantidade de brinquedo novo que surge a cada ano.

Isso me fez lembrar o diálogo de uma amiga minha com a filha dela nesta semana: a menina queria uma boneca chamada Baby Alive e fez dos sonhos uma artimanha para convencer os pais a comprarem o brinquedo. Ela dizia que gostava de dormir porque podia sonhar com a boneca, que brincava e dava banho na boneca. Então, minha amiga, muito inocente, perguntou se ela não sonhava com outra coisa – é nesse momento que você percebe que as crianças são muito mais espertas do que você imagina – e a filha respondeu: “eu também sonho com Deus ajudando o papai e a mamãe a comprar a minha Baby Alive”. Não preciso dizer mais nada não é?

Bom Dia das Crianças!

Luanda Fernandes

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