Neste final de semana estava conversando com um amigo sobre que tipo de notícia gera mais compartilhamentos, curtidas e comentários de leitores no jornal que ele edita. Matéria sobre bichinhos, ele respondeu. E o exemplo comparativo foi de arrepiar. Se uma criança é espancada pela mãe, 8 mil leituras. Se um cachorrinho é espancado pelo dono, 20 mil leituras, comentários sobre a maldade que assola esse Brasil, gente se disponibilizando a adotar o bichano, e por aí vai.
Sou da época que animal dormia em canil e comia ração. Talvez daí venha o meu assombro. Longe de mim uma apologia à violência contra os pets. Mas me parece uma completa inversão de valores essa doideira que virou o “amor” que algumas pessoas têm aos cães e aos gatos, se comparado ao descaso que essas mesmas pessoas têm pelos humanos. E, não sei se é impressão minha, mas me parece que esta é uma tendência liderada pelo mesmo pessoal das “sustentabilidades” sem nenhum fundamento científico.
Mas acho que esta onda nem é tão recente assim. Afinal de contas, o Rock da Cachorra fez sucesso na voz do Eduardo Dusek nos anos 80, certo? Não se lembra? Começava assim: Troque seu cachorro por uma criança pobre.
Beijos,
Karin Villatore