19
jan

Eu amo a minha caneta

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Você não leu errado. Eu amo a minha caneta. Sou apegado a ela. Cuido dela como um cão cuida do seu lar. E agora, digitando, eu me dou por conta desse – vamos chamar assim – carinho todo (e entendo o bullying que sofro no trabalho).

Mas não tenho frescura não, viu? Comigo, caneta não tem marca. O meu amor mais recente foi por uma Bic. Essas de bodegueiro, atrás da orelha. Sumiu, coitada. Quer dizer, alguém raptou. Vocês não têm ideia do número de “sequestradores” de canetas espalhados por aí. Hoje ela rabisca outras folhas quaisquer.

Nesse momento estou usando uma caneta que ganhei de um dos clientes que atendo. Adorei  também. Com o tempo, os dedos vão se adaptando. Aí o ame para sempre até que a tinta acabe está confirmado. Essa nova já está mais que adaptada.

O engraçado é entender a origem desse gosto. Eu não consigo remeter ao momento em que começou ou ao motivo. Talvez por ter conquistado a primeira caneta apenas na época em que estava iniciando a 5.ª série, lá pelos meus 12 anos. Quando eu era mais jovem, o colégio proibia o uso de caneta em sala de aula. Velhos tempos.

Enfim, faço aniversário em junho e uma caneta de pena seria um belo presente. Ou apenas uma Bic. Prometo amar e usar até o fim da tinta. Ou até um sequestrador levá-la sem pedir resgate. Essas pessoas que somem com a caneta alheia…

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